Conquista: ‘Fora Temer’ do Baiana System ganha destaque na 2ª noite do Festival de Inverno; confira as nossas impressões

Por Mariana Kaoos

Alô alô queridões de todo esse vasto e fértil Brasil Varonil. Mais um dia se inicia no matriarcado de Pindorama com notícias quentes, quentíssimas sobre os badalos culturais que andam acontecendo nos quatro cantos do país. Aqui, nessas terras sertanejas do estado da Bahia, mais precisamente em Vitória da Conquista, os burburinhos não podiam ser outros que não o Festival de Inverno Bahia. Oh, resumidamente o que dá para dizer é: “Pé dentro, pé fora, quem tiver pé pequeno vai embora”. Ou, num português mais didático: O Fib está sendo delícia cremosa nesse inverno arredio e quem não foi perdeu! Sim, sim, sim, esqueçam o disse me disse e cheguem mais para acompanhar alguns segredinhos orgásticos sobre o Festival:

. Torno a repetir, meu amor: ai ai ai. O Barracão Universitário É o espaço mais gostoso do Festival. As bandas que andam se apresentando por lá garantem qualidade no som e não deixam ninguém ficar parado. Na noite de sábado mesmo, além do xaxado, forró pé de serra e baião, rolou uma super mistureba sonora que arrancou gargalhadas, coreografias e muito suor do público. Metralhadora, Malandramente e Bumbum Granada, os hits mais queridinhos da galera, foram algumas das músicas apresentadas. E olha, o lugar se destaca não apenas por conta do som contagiante, e sim pela abertura e possibilidade de que todas as tribos possam convergir harmoniosamente. Se o Barracão Universitário é um local, prioritariamente, heterossexual, isso não é impeditivo para que outras orientações sexuais, gênero, etnia, credo, linha política, costumes e tudo o mais possam circular por ali. Pelo contrário, foi exatamente lá em que a diversidade mais se estampou. Hoje a noite tem Fulor do Cangaço e Tierry. Ou seja?! Isso mesmo, não dá para ficar de fora;

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. Outra coisa bem bacana que rolou na noite do sabadão de Festival foi a apresentação na Arena Eletro Rock da banda The Cadillacs. Formada por nomes como Tales Dourado, Fernando e Daíse Bernardino e Diego Andrade, o grupo apresenta releituras de músicas clássicas do rock a billy, bem como de algumas coisas do jazz e blues norte americano. Passei por lá e assisti um pedacinho do show e olha, meu Deus, foi pura crocancia. O local estava lotadíssimo e todo mundo parecia se divertir.

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Também pudera, ao som de Hit The Road Jack e Pretty Woman, nem dá para ficar parado. Bom, não ando acompanhando absolutamente tudo que vem rolando pela Arena. Sei que outras bandas de rock estão se apresentando, bem como djs de música eletrônica. Notadamente o espaço sempre anda cheio, hora de um público mais jovem, de cigarro na mão e pirulito na boca, hora de um público aparentemente mais maduro, apreciador de bandas de qualidade, como é o caso da The Caddilacs;

. Ah, quase ia me esquecendo de falar do preço, muitas vezes exorbitante, das coisas dentro do Fib. Uma lata de cerveja está cinco reais. A dose de vodca fica por doze, assim como o coquetel de frutas, caipirosca e adjacentes. O energético varia entre doze e catorze reais, a água mineral fica por quatro reais, isso mesmo que vocês acabaram de ler: A ÁGUA MINERAL FICA POR QUATRO REAIS. As comidas também andam caríssimas. Um espetinho de frango com bacon (com farinha opcional) fica por dez reais. Já a porção de carne do sol com aipim frito pode ser adquirida por trinta reais. Um pacotinho de pipoca custa cinco reais e um pirulito, um, um, um pirulito é um real. Sou só eu ou vocês também acham um absurdo o preço das coisas lá dentro? Com os ingressos para a entrada no Festival a um alto valor e as coisas lá dentro da mesma maneira, o público já passa por uma peneirada econômica e social. Ora, contando com passaporte, locomoção e gastos durante o Fib, quem tem mais de 300 reais para gastar em apenas um fim de semana? Está cada vez mais elitizado e restrito o Festival de Inverno Bahia?

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Opinião: Reflexões sobre a noite de sexta-feira do Festival de Inverno Bahia

Por Mariana Kaoos

Fotos: Amanda Nascto
Fotos: Amanda Nascto

Decididamente, ano após ano, é fato comprovado, registrado em cartório que quem faz o Festival de Inverno Bahia angariar sucesso e qualidade é o público consumidor. O frio e a garoa não foram impeditivos para o alto contingente de pessoas que ocuparam absolutamente todos os espaços do Fib, desde os restaurantes e barraquinhas de bebida, até os palcos alternativos e principal. Tudo muito bonito e bem estruturado, pronto para receber um público a altura. Foi possível observar muitos sorrisos e expressões de satisfação no rosto dos presentes que, em tons efusivos, gritavam, corriam, se abraçavam, bebiam e se divertiam uns com os outros;

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Ao que tudo indica, o sistema de segurança que se encontra na entrada do Fib é falho e seletivo. Alguns passam por ele, outros não. Digo isso porque na noite dessa sexta feira, houve um incidente em uma das praças do evento, onde uma mulher foi agredida por um suposto companheiro e este, após se exaltar com a situação, puxou uma arma de fogo e atirou para cima. Decorrido certo tempo, a policia chegou ao local e deteu os envolvidos, bem como algumas testemunhas presentes. Ou seja, qual a real garantia de segurança que o Festival de Inverno Bahia oferece ao público frequentador? E em um incidente maior acontecendo, quem se responsabiliza por isso?

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Ponto positivo para os profissionais que estavam trabalhando no Festival de Inverno Bahia. Digo, as senhoras responsáveis pela manutenção e limpeza dos banheiros, os vendedores de bebidas e comidas, os seguranças, os jornalistas da assessoria de comunicação do evento, enfim, todos muitíssimos educados e gentis, jogando duro em suas demandas ali dentro. Se é o público quem faz o sucesso do Festival, são esses trabalhadores que promovem, de maneira muito integra, as condições para que isso aconteça;

Queridos e queridas, em verdade eu vos digo que sim, está cada vez mais down no high society. O camarote, patrocinado pelo wisky Ballantines tem uma estrutura fina e requintada: maquiadores profissionais prontos para atender ao público sedento por beleza, chocolate quente na casquinha gourmet, restaurantes exclusivos da melhor catiguria e, claro, espaço privilegiado na frente do palco para conferir os shows de perto pertinho. Serviço de primeira para os frequentadores do camarote que, escancaradamente, possuem um perfil identitário muito específico: médicos, políticos, advogados, empresários, acompanhados de suas respectivas (e loiríssimas) esposas, digo, pessoas mais velhas estabilizadas financeiramente ou em ascensão social. Para quem sente aquela pontinha de inveja de quem possui o status camarote, revelo-lhes que não há nada a temer: O camarote é chato, entediante, sem graça. Generalizando um pouco, todos ali parecem estar muitos mais interessados em sorrir para as selfies tiradas em iphones do que, realmente, assistir aos shows e aproveitar, de fato, a proposta de entretenimento do Festival de Inverno Bahia. Quem quer curtir de verdade, melhor que fique na pista;

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Tome Nota: Juventude em Vitória da Conquista

Por Mariana Kaoos

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“O Pacto pela Juventude é uma proposição das organizações da sociedade civil, que compõem o Conselho Nacional de Juventude, para que os governos federal, estaduais e municipais se comprometam com as políticas públicas de juventude, em suas ações e programas, e aos candidatos/as a prefeitos/as e vereadores/as, para que incorporem, em suas plataformas eleitorais, as demandas da juventude brasileira.

Assim, indicou que a consolidação de políticas públicas como políticas de Estado, seria uma resposta efetiva aos desafios de desenvolvimento de nosso país. Tal desenvolvimento deveria propiciar condições de ascensão social e garantir direitos específicos que tornassem a vivência juvenil uma trajetória de emancipação. Para isso, indicou a necessidade de reconhecimento dos avanços da sociedade, articulando desenvolvimento e sustentabilidade com a ampliação e consolidação de direitos”.

No ano de 2012, o então candidato a prefeito, Guilherme Menezes, assinou o Pacto Pela Juventude durante sua campanha política, se comprometendo assim a pensar e criar políticas púbicas para o setor. No ano seguinte foi inaugurada a Praça da Juventude, a Estação Juventude e a Coordenação da Juventude, setor pertencente à Secretaria de Trabalho, Renda e Desenvolvimento Econômico. O coordenador nomeado foi Rudival Maturano, advogado e militante do Partido dos Trabalhadores (PT), que, mais adiante (e até os dias atuais) passou a assumir também a presidência municipal do partido.


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Coluna Saúde: Dermatite Atópica

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Por Drª  CRYSTHIANE VALERA – DERMATOLOGISTA MEMBRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA

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Drª Crysthiane Valera é DERMATOLOGISTA e MEMBRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA
Drª Crysthiane Valera é DERMATOLOGISTA e MEMBRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA

A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica da pele que apresenta uma evolução cíclica com períodos de melhora e piora. Há sempre uma tendência a piorar nos meses muito quentes ou frio. A etiologia não é exatamente conhecida, sendo multifatorial. Observa-se um caráter familiar e frequentemente está associada à asma ou bronquite e rinite alérgica.

Não é uma doença contagiosa e a sua freqüência na população vem aumentando gradativamente.

O eczema atópico, termo utilizado como sinônimo da dermatite atópica, é sua manifestação mais comum e caracteriza-se por lesões inflamadas da pele, avermelhadas, que coçam, descamam e, às vezes, ficam úmidas.

Inicia-se no primeiro ano de vida, na maioria dos casos, tem uma evolução crônica e cerca de 60% das crianças apresentam redução ou desaparecimento das lesões antes da adolescência. No bebê as lesões predominam na face e nas superfícies externas dos braços e pernas.


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Tome Nota: Sistema Municipal de Cultura de Vitória da Conquista

Por Mariana Kaoos

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O dia 14 de março é marcado na região de Vitória da Conquista como o Dia Municipal da Cultura. Acredito que a data em questão tenha sido escolhida também pelo fato de ser aniversário de Glauber Rocha, cineasta oriundo da cidade e um dos principais nomes de uma importante corrente cinematográfica nacional, mais conhecida como Cinema Novo.

Geralmente todo dia 14 de março, a Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista solta uma matéria expondo a importância da significação e construção de um eixo cultural na cidade. Exaltam-se os grandes eventos produzidos pelo poder público e o quanto a pauta da cultura é prioridade local.

Há mais ou menos dois, três anos que uma equipe selecionada através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer vem se dispondo a escrever o projeto do Sistema Municipal de Cultura, objetivando estabelecer maiores critérios e investimentos no setor. Nesse ano de 2016 o projeto ficou pronto e foi entregue à Câmara Municipal de Vereadores de Vitória da Conquista no dia 16 de março, onde houve uma sessão solene em homenagem ao Dia Municipal da Cultura.

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Já estamos no mês de julho e, até agora, nada foi dito a respeito. No site da Câmara não há nenhuma notícia sobre o fato. No site da Prefeitura tampouco. Sabemos que a partir de agosto todos ou, ao menos, grande parte das lideranças políticas estarão voltadas para a disputa da campanha eleitoral. Acredito que muitos dos atuais vereadores tentarão uma reeleição, bem como o grupo/partido político da atual gestão da prefeitura. Algumas perguntas já estão no ar:


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Opinião: Homicídios em Vitória da Conquista – quem está matando?

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Por Alexsandro de Oliveira e Silva, mestrando em segurança pública, diretor do Presídio Nilton Gonçalves

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Foram registradas 105 (cento e cinco) homicídios no primeiro semestre deste ano, são números alarmantes, já estamos falando em 30 homicídios por 100 mil habitantes, a previsão é de dobrar esse número até o final do ano, portanto 60 homicídios por 100 mil habitantes, mais uma vez Vitória da Conquista estaria entre as cidades mais violentas do mundo.

Alguns estudos que fiz durante o mestrado de segurança pública, me levaram a respostas sobre algumas causas desse fenômeno criminológico, o que me levou a concluir que a justiça criminal influencia diretamente no aumento dos indicies de homicídio, isso ocorre principalmente após a prisão ou morte de algum traficante em confronto com a polícia.

O professor Luiz Claudio Lourenço, em seu artigo: O sistema prisional e a dinâmica de homicídios na Bahia (2004-2011): notas para discussão. Diz que: “[…] a prisão de traficantes fomenta a disputa por pontos de venda de drogas que perdem suas lideranças. Esta disputa na maioria das vezes se dá pela ascensão violenta de novos grupos que matam seus adversários. Assim a cada nova prisão de um traficante importante abre-se a possibilidade de uma disputa irrigada de sangue e de homicídios.”


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Pipoca Moderna: Um Lugar Para Dois

Por Mariana Kaoos

É engraçado como às vezes certas percepções, análises, compreensões de vida e sociedade só brotam a partir da sabedoria trazida pelo tempo, não é mesmo? Digo, quantas coisas, quantas perspectivas se davam de determinada maneira e, após uma série de experiências e aprendizados, passaram a assumir outro significado em nós?

Hoje em dia eu, por exemplo, acredito que a cultura esteja intimamente ligada à comunicação. Não que uma necessite da outra para sobreviver. Não é isso. Contudo, um dos suportes que pode auxiliar na manutenção, investimento e permanência da cultura em determinado local é, sem sombra de dúvidas, o falar sobre ela.

Foto: Naiade Bianchi
Foto: Naiade Bianchi

Fazer com que ela reverbere mundo a fora, coloca-la na boca do povo, instigar os poderes públicos e privados, a população, os próprios artistas a questionar, desenvolver e produzir mecanismo que auxiliem num maior desenvolvimento cultural. Porque se para alguns o significado da cultura se limita a questões de entretenimento e diversão, para mim, seu conceito vai mais além, perpassando por expressões como “sistema simbólico”, “representações”, “disputas identitárias”.

Foto: Naiade Bianchi
Foto: Naiade Bianchi

Bom, no último sábado, 21, Lys Alexandrina e Chico Ramalho se apresentaram no Teatro Municipal Carlos Jehovah com um show intitulado Um Lugar Para Dois. O Carlos Jehovah, de 2015 para cá, vem se tornando um dos principais locais da cidade a comportar produções mais elaboradas, pensadas e difundidas pelos nossos artistas. Infelizmente não pude conferir de perto Um Lugar Para Dois, mas, na tentativa de reverenciar a proposta, convidei um outro fazedor de cultura para escrever um pouco sobre as suas impressões acerca do show, Gilmar Dantas.

Foto: Naiade Bianchi
Foto: Naiade Bianchi

Acredito que esse nome dispense apresentações já que ele foi/é um dos maiores contribuintes para a construção de uma cena independente e alternativa em Vitória da Conquista. Sendo assim, sem mais delongas, segue abaixo o texto de Gilmar.

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Recebi o convite de Mariana Kaoos para escrever um pouco sobre o show “Um lugar pra Dois”, projeto de Chico Ramalho e Lys Alexandrina que aconteceu no último sábado – no Teatro Carlos Jehovah. Já que não fui no show com esta intenção, certamente vou deixar de citar aspectos importantes que não observei, mas vou tentar cobrir estes buracos com alguma contextualização do lugar deste show na atual cena independente conquistense.

Foto: Naiade Bianchi
Foto: Naiade Bianchi

Um lugar pra Dois dá continuidade a uma série de projetos autorais (ou parcialmente autorais) que tem acontecido com frequência no Teatro Carlos Jehovah desde o ano passado. Aqui a gente pode incluir os projetos de intérpretes como Ítalo Silva, que, mesmo não sendo autorais, tem uma identidade própria, seguem um roteiro com objetivos específicos e são coerentes. Achiles pode até ter formatado a ideia e transformado em projeto e executado junto com nós do Coletivo Suíça Bahiana, mas o fato é que a ideia do Jehovah como um retiro pras diversas formas de ser autoral já vem acontecendo. Fazendo a transitividade do verbo, lembramos que quem se retira está saindo de algum lugar – e de que lugar estamos falando?


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Opinião: O que esperar do governo Temer na educação?

Por Cláudio Carvalho e Guilherme Ribeiro*

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Iniciamos a segunda semana do governo golpista capitaneado por Michel Temer e os “santinhos”, e agora estamos vivendo a “Nova República Federativa do Brasil Livre de Corrupção”. O golpe foi um duro atentado à democracia e a estabilidade das instituições nacionais. O golpismo esfacelou o pacto Constituinte de 1988 e o novo período que se abre é de intensa incerteza a respeito do futuro do país e dos avanços sociais dos últimos anos.

Antes mesmo da votação no Senado que decidiu pelo afastamento da presidenta Dilma Roussef, Temer já se reunia e discutia deliberadamente com uma série de “notáveis” a fatia que caberia a cada um nos ministérios, tudo em troca, é claro, de apoio parlamentar após a consumação do golpe. Sob as vistas pouco criteriosas da mídia e dos movimentos “contra a corrupção”, os “notáveis” negociavam publicamente. Resultado: diversos ministros nomeados são investigados pela lava-jato; outros não têm histórico nenhum de atuação na área que foram empregados, além do fato mais abominável: um ministério composto exclusivamente de homens brancos, sem qualquer representatividade!


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Opinião: Padrões de comportamento. Impressões sobre Xcania 4

Por *Vilmar Rocha- Colunista do Blog do Rodrigo Ferraz

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Há alguns dias, escrevi sobre os padrões de comportamento, aliás, sobre a diversidade estar cada vez mais individualizada nos sujeitos e a mistura de cores e tons em um mesmo ambiente. Escrevo aqui, então, a vivência de uma noite que comprova essa afirmação.

Foto: Letícia Portela
Foto: Letícia Portela

Pois bem, é digno quando se fala nos eventos culturais de Vitória da Conquista. Quem faz isso muito bem é a minha querida Mariana Kaaos, a quem peço licença mui respeitosamente para opinar acerca do evento que intitula esta coluna.

Começo como a pronúncia da produção cultural: ouço muita gente dizer ‘Xiscania’, mas acredito que, como nos sanduíches, fica sonoramente mais agradável ‘Ekscania’. Obviamente, me apropriei da representação gráfica para transcrever foneticamente, pois a transcrição em si não faria sentido nestes escritos.

Foto: Letícia Portela
Foto: Letícia Portela

A quarta edição aconteceu neste fim de semana, na Janela Cajaíba, local que eu não havia estado ainda e que pude, enfim, conhecer. A escolha do local, creio eu, foi feliz por parte dos organizadores, visto que o evento tem atraído um público maciço, que é levado pelo viés alternativo embebecido de cultura e diversidade. O ambiente da Xcania se faz em acolhedor e propício ao convívio daqueles que um dia fizeram parte dos guetos (novamente, lembro que desconstruí esse conceito de guetos, uma vez que o padrão agora é individual).


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Opinão: Brasil – 180 dias de Pausa Democrática

Por Cláudio Carvalho e Alexandre Xandó*

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Neste momento de “pausa democrática” o significado do que é democracia e do que é estado democrático de direito tem sido vilipendiado em nome de uma sobrevivência apressada. Importa questionar se o impedimento da Presidenta Dilma Rousself representa um avanço ou um retrocesso na caminhada civilizatória do Estado brasileiro.

Trata-se de um cenário, em que se debatem posições e interesses, em que se observa a ocorrência de desvirtuamento dos fins do Estado de Direito e que, portanto, necessita de exame mais acurado. Isso porque, a unificação da consciência do grupo no campo do Estado somente é viabilizado pela submissão ao Direito, que sustenta o poder transcendente e livre de qualquer amarra com as vontades subjetivas de um indivíduo, que seria o chefe em virtude de sua força pessoal.

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O Estado, portanto, surge, e somente existe, na ideia de que a organização política do grupo deixa de ser considerada por seus membros como uma coordenação efêmera de forças instáveis e de interesses divergentes, para ser compreendida como uma ordem duradoura a serviço dos valores que ligam governantes e governados.


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Opinião: A saída de Dilma e o futuro do país

Por Ivan Cordeiro

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A saída da presidente Dilma estava sendo aguardada, com muita expectativa, pela maioria da sociedade brasileira que apoia o impeachment. O legado do governo petista levou o país a um quadro de recessão com mais de 10 milhões de brasileiros desempregados. A política econômica do PT atrelada a um populismo irresponsável gerou uma das maiores crises na história recente do país.

A chegada de Michel Temer na presidência aponta para uma melhora futura. Brasileiros e brasileiras aguardam agora a volta do crescimento econômico e um maior cuidado na condução das contas públicas. Contudo, não se pode esperar um milagre. É preciso ter paciência para o país sair da crise, todavia, não podemos perder a esperança de um novo tempo.


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Mães movidas pela compaixão

Por Ivan Cordeiro – Amigos de Conquista

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A mãe do filho que estava vivo, movida pela compaixão materna, clamou: “Por favor, meu senhor, dê a criança viva a ela! Não a mate!” A outra, porém, disse: “Não será nem minha nem sua. Cortem-na ao meio!”. (1 Reis 3:26)

Vivemos num mundo em que as relações humanas estão marcadas pela vulnerabilidade. Tudo é muito frágil e descartável. A instabilidade nas relações nos impede de construir vínculos duradouros. Relacionamentos são desfeitos numa velocidade inimaginável. Nesse instante, evocamos o coração maternal que não se cansa em cuidar, em se gastar na atenção com o outro. O mundo precisa de homens e mulheres que são movidos pela compaixão, assim como acontece no coração maternal. Precisamos nos identificar com as mães que acolhem os seus filhos e os conduz à vida. Padre Fábio de Melo afirma que “há elos que só um coração materno pode experimentar”. Que essa seja uma experiência de todos nós. Que sejamos afetados por esse coração acolhedor, que se importa com o outro. A passagem citada no início do texto nos revela o modelo de uma mãe movida pela compaixão que tem o seu pedido atendido pelo rei Salomão. Na luta pela vida vence quem tem o coração invadido pelo amor maternal.

Então o rei deu o seu veredicto: “Não matem a criança! Dêem-na à primeira mulher. Ela é a mãe”. (1 Reis 3:27)


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Singular dentro do Plural

Por Pastor Orlando Filho

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Uma pergunta que queremos respostas todos os dias

Uma diferença que decidimos traçar em nossos passos

Um conceito que pouco se tem lido e vivido

Entre bilhões da humanidade existe sua identidade!

 

Não queira ser o que você não precisa ser

Não seja esteja na pluralidade que requer singularidade

Não deixe o que você não pode fazer interferir naquilo que você pode.

Não importa quem você é, há sempre alguém que o considera importante.

 

Estamos num tempo onde o anonimato é desprezado

Onde o pequeno é pouco

Onde o sozinho é vazio

Onde o que os olhos não vêem o coração não valoriza.

 

Existe um grande valor no singular

Existe pelo menos uma pessoa que precisa de você.

Existe um trabalho que nunca será feito se você não o fizer.

Existe um espaço que só você pode preencher.

Isso é singularidade.

 

“ …Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.”Sl 1:3

Muitos pensam que para ser singular, único, é necessário fazer alguma coisa extraordinária, ser grande, conhecido, famoso, que afete centenas ou milhares de pessoas. Mas a grande verdade é que para ser maior é preciso ser o menor primeiro. É mais nobre dedicar-se totalmente a um indivíduo do que doar uma pequena parte de si para a multidão.

Que seja 12, 10, 8 ou mesmo 1 pessoa, mas seja este singular, esta influência, este Amor, este cuidado, estas mãos que refletirá no plural da humanidade que anseia por esta diferença!


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Tome Nota: Frio e rock n roll

Por Mariana Kaoos

Caros amigos: dia vai, dia vem e aqui estamos nós, nos encontrando em mais uma segunda feira da vida. Hoje, especialmente no dia de hoje, acordei com frio e quase que não levantei da cama. Abri minha janela e vi uma cidade tomada de neblina e garoa. Prontamente fiz um café e, animada com a ocasião, comecei a preparar a minha playlist do dia. Não sei vocês, mas com esse tempo cinza e melancólico senti uma vontade violenta de ouvir muito, mas muito rock n roll.

Não que eu seja uma conhecedora nata ou que o gênero musical domine as minhas preferências musicais. Contudo, sempre que escuto algumas bandas, minha percepção de mundo e vida se estendem. E aí eu deixo de ser gente para virar som.  Com vocês também acontece dessa maneira?

Bom, partindo da perspectiva de que eu já olhei a previsão do tempo para o restante da semana e , muito provavelmente, o frio irá nos açoitar esses próximos dias, o que vocês acham de fazermos uma troca de musiquinhas, bandas e referências do rock?  Sim? Maravilha então! Até porque eu estou aqui falando do frio, mas a bem da verdade é que rock n roll se adequa a qualquer clima e estação do ano. Sendo assim e assim sendo, eu vou começar por aqui e vocês podem completar nos comentários, pode ser? Ok, ok. Então vamos lá:

Simple Minds:

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Esses dias eu assisti um filme bacanérrimo da década de 1980 (1985 para ser mais exata) chamado Clube dos Cinco. Dirigido por John Hugues, o filme é norte americano, do gênero drama e se passa numa escola. Digo, Clube dos Cinco conta a história de cinco estudantes (cada qual com sua respectiva personalidade e representação social) que vão para detenção num sábado à tarde e, a partir dai, diversos desdobramentos ocorrem. A última cena do filme é focada em um dos personagens (o encrenqueiro John Bender) em uma quadra de esportes, caminhando e levantando a mão para o alto. Nesse momento exato, uma música começa a tocar: Dont You (Forget About Me), de uma banda escocesa  mais conhecida como Simple Minds.


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Microfinanças, muitas tarefas e vários desafios

Por Hermes Bomfim Filho
Presidente da ABCRED
Diretor Executivo do Banco do Povo de Vitória da Conquista

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Acredito que a ABCRED, criada em 2002 para ser a articuladora dos objetivos e dos projetos das entidades associadas, tem cumprido fielmente o seu papel nestes 14 anos.

Lembro que, no início, as nossas discussões focavam na disseminação do microcrédito, com a apresentação de experiências dos empreendedores nacionais e das entidades operadoras. Os debates eram voltados aos grupos solidários, crédito individual, aos bancos comunitários e cooperativismo.

Ultimamente, temos observado a introdução de metodologias com novos temas, como as tecnologias móveis, os cartões pré-pagos e meios de pagamentos eletrônicos, a educação financeira, as experiências internacionais e os sistemas em geral.

Tivemos avanços significativos, como um marco regulatório mínimo para o setor, que veio aperfeiçoar a operacionalização do sistema e proporcionou condições que permitissem às entidades articularem fontes de recursos financeiros e de apoio para todas as instituições de microcrédito produtivo orientado.


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Conquista: A benção e as algemas – Relato verídico de uma advogada no presídio Nilton Gonçalves

Por Sandra Carla C. Marques Martins

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Há muito tempo que pensava em escrever sobre uma cena que me chocou quando trabalhava como advogada na área criminal, mas a correria do dia a dia, trabalho, casa, filhos, acabaram retardando o presente relato que agora passo a fazê-lo.

Pois bem, passados dois anos que havia me formado em Direito, diga-se de passagem, que sou fascinada pelo direito penal, encontrava-me no presídio da cidade para mais um atendimento a um cliente, na ocasião, enquanto aguardava sentada em um banco na entrada do presídio, observei logo em minha frente, uma senhora e um menino que devia ter em torno de 04 anos de idade.

Logo de cara, notei no olhar daquela mulher, um olhar de gente sofrida da labuta de uma vida voltada para o campo e para os filhos, não sei por que razão me veio isso na mente, era uma tristeza tão grande que parecia não haver força sequer para olhar para cima, a cabeça teimava em fixar os olhos para o chão. O menino, ah o menino… estava lá, junto dela e, de vez em quando, ia na porta, olhava para a rua, depois entrava, ajoelhava no chão como se estivesse brincando com um carrinho, olhava para a mulher e seguia em silêncio pra lá e pra cá.


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