Sétima Arte em Destaque: Mogli – O Menino Lobo

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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“Mogli – O Menino Lobo” (1967) é o décimo nono filme de animação bidimensional do Walt Disney AnimationStudios, Marcado por ter sido o último filme supervisionado pessoalmente por Walt Disney, “Mogli – O Menino Lobo” é baseado no livro “The Jungle Book” de RudyardKipling e, assim como “Branca de Neve e os Sete Anões” (1937), “A Bela Adormecida” (1959), “Pinóquio” (1940) e entre outros clássicos da Disney, sua primeira cena é a apresentação do título do filme gravado em um livro que se abre, dando início à trilha sonora. O filme conta a história de um garoto encontrado dentro de uma cesta de palha, no meio de uma floresta na Índia, por uma sábia pantera chamada Baguera. Ao perceber que a criança logo menos ficaria com fome, o animal levou a cesta para uma família de lobos que acabara de ter filhotes, para que a fêmea pudesse alimentar e cuidar da criança. Claro que a família acolheu o pequeno bebê, mas após alguns anos o tigre Shere Khan havia voltado para aquela área da floresta e o líder da matilha de lobos, Akela, decretou que Rama deveria tirar Mogli da floresta o mais rápido possível senão a matilha estaria correndo grande perigo caso protegessem o garoto. Sem saber o que fazer, Rama não sabia para onde levá-lo e aí Baguera, que está sempre de ouvidos quando o assunto é referente ao Mogli entra em cena novamente para dizer que levaria o filhote de homem de volta a aldeia de homens mais próxima. Alguns minutos depois, Mogli ouve um barulho da floresta e é surpreendido por um grande e simpático urso pardo chamado Baloo.


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Sétima Arte em Destaque: Sobre Meninos e Lobos

parque logistico

Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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A pior parte, para mim, ao escrever sobre qualquer filme, é a sinopse. Não gosto de escrevê-la, mas há uma boa parte dos leitores que precisam dela para saber do que se trata o filme. Já para os que leem as matérias após verem o filme, são palavras desperdiçadas. Finalmente, há sempre a possibilidade de se estragar, mesmo que involuntariamente, uma surpresa importante do roteiro.  .

O filme possui duas linhas de tempo. Numa delas, que é mostrada assim que o filme começa, temos os três amigos até então inseparáveis vivendo num belo lugar, nos subúrbios de Boston: Jimmy (no futuro, quando adulto, interpretado por Sean Penn), Dave (quando adulto Tim Robbins) e Sean (quando adulto, Kevin Bacon). Após uma cena ótima, tensa, Dave acaba sequestrado por dois homens pedófilos e fica em cativeiro, sofrendo abusos sexuais por quatro dias, quando escapa. Inicia-se a linha de tempo atual. Os três amigos continuam morando na mesma cidade, mas não são mais amigos: apenas cumprimentam-se cordialmente, quando eventualmente se encontram. Sean agora é detetive do FBI (seu parceiro é WhiteyPowers, interpretado por Laurence Fishburne); Jimmy é dono de um pequeno negócio, e é chefe também uma espécie de máfia local, com capangas que investigam e fazem serviços sujos para ele, quando necessário (ainda assim, Jimmy é primeiramente um homem respeitado e vive sob a lei). Finalmente, temos Dave, o menino abusado sexualmente na infância. Dave virou adulto, mas aquela horrível experiência vem acompanhando ele dia-a-dia. É um homem quieto, triste e muito provavelmente infeliz.


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Sétima Arte em Destaque: Sin City – A Dama Fatal

Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Quando “Sin City – A Cidade do Pecado” foi lançado nos cinemas, em 2005, pegou boa parte dos cinéfilos de surpresa, não só por conta de sua estética inovadora, com planos e cenários digitais impossíveis e quase cartunescos, fotografados em um esquema de três cores em alto contraste, onde cada frame do longa parecia ter sido arrancado dos dinâmicos quadrinhos homônimos de Frank Miller e alguns quadros remetiam a um teatro de sombras, mas também por exacerbar todos os clichês de filmes noir de uma maneira que não ultrapassava a perigosa fronteira da paródia, mantendo uma narrativa séria e, ao mesmo tempo, estilizada e absurda.

Nove anos depois, reencontramos os diretores Robert Rodriguez e Frank Miller na corrupta cidade de Basin neste “Sin City – A Dama Fatal”, nova compilação de contos passados no pesadelo urbano imaginado por Miller. Além de adaptar a trama-título para a telona e uma aventura curta estrelada pelo brutamontesMarv (Mickey Rourke), o quadrinista/cineasta trouxe ainda duas histórias inéditas na nona arte para apimentar o roteiro desta nova empreitada, que é, simultaneamente, continuação e prelúdio de seu antecessor.

Tanto Miller quanto Rodriguez vinham de projetos que não vingaram. Rodriguez amargou um fracasso de público e crítica com “MacheteKills” e Miller, longe das câmeras desde o teratológico “The Spirit – O Filme”, ainda lançou nos quadrinhos a péssima (e incompleta) “Grandes Astros – Batman & Robin” e a indefensávelgraphic novel “Holy Terror – Terror Sagrado”, que não vale o papel no qual fora impresso. Apostar em algo que já havia dado certo parecia o melhor modo dos dois fazerem as pazes com o sucesso.


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Sétima Arte em Destaque: Garota Exemplar

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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O agendamento da mídia determina as pautas que são noticiadas na imprensa, destacando temas que devem ser discutidos e acompanhados pela opinião pública. Grandes escândalos estão sempre em alta e a imprensa provoca a reação e a curiosidade do leitor, que passa a acompanhar essas histórias diariamente, quase como quem vê uma novela ou um reality show. O público vai formando o seu ponto de vista a partir do que é mostrado e, algumas vezes, tem a consciência de que nem tudo é como realmente foi dito. Em certos casos, a abordagem é superestimada, principalmente pelos veículos sensacionalistas, que fazem de tudo pela audiência, inclusive especular ou mentir demais. Os jornais e emissoras insistem no assunto até que uma nova pauta substitua a anterior e cause o mesmo estardalhaço.

Em 2002, quando Suzane Von Richthofen foi acusada de ter ajudado o namorado a matar os próprios pais, a pauta virou comoção não só pelo absurdo que fere a base familiar, mas por tudo que poderia render na imprensa. O público é curioso e justiceiro. Por muito tempo, só se falou sobre o assunto e até hoje a história é repescada quando convém (como estou fazendo agora). Dito isso, dois pontos antes de falar sobre “Garota Exemplar”: a mídia está interessada em cliques e em espectadores conectados no turbilhão de notícias e os conflitos familiares, políticos e sociais serão sempre um prato cheio para alimentar a imprensa. Resta saber como a recepção da informação pode ou não ter caído no absurdo. Manter a criticidade, mesmo sabendo que tudo é possível, aparenta ser a melhor saída.


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Sétima Arte em Destaque: Anabelle

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Transformar brinquedos aparentemente inocentes em vilões de filmes de terror se tornou um clássico do gênero. As criaturas são capazes de, literalmente, tirar o sono não apenas no mundo ficcional, mas também da plateia, com suas maldades e poderes paranormais. O exemplo mais familiar até hoje é o Chucky, da franquia “Brinquedo Assassino”. Mais recentemente, “Jogos Mortais”apresentou o macabro Jigsaw, que lançava jogos sangrentos para as suas vítimas. Agora é a vez de Annabelle, a perigosa boneca de“Invocação do Mal”, contar um pouco sobre a sua história.

A trama acompanha um casal que está esperando a primeira filha. Certo dia, John (Ward Horton) presenteia a esposa Mia (Annabelle Wallis) com uma boneca rara, que logo vira enfeite no quarto da criança. A vida pacata do casal é abalada após o ataque de membros de uma misteriosa seita. Traumatizados, John e Mia resolvem mudar de casa para esquecer o passado, mas uma onda de eventos malignos acompanha o casal. Como desvendar o desconhecido e combater as forças demoníacas causadas por uma simples boneca? É o que eles tentam descobrir neste tenso spin-off.

Mais experiente como diretor de fotografia, John R. Leonetti assume a direção de “Annabelle” com segurança após as péssimas experiências anteriores com “Efeito Borboleta 2”(2006) e “Mortal Kombat – A Aniquilação” (1997). James Wan, responsável por “Invocação do Mal”, ficou com o cargo de produtor, já que estava envolvido com “Velozes e Furiosos 7” e com (mais) um último episódio da franquia “Jogos Mortais”.


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Sétima Arte em Destaque: A Bela Adormecida

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

belHá alguns meses atrás , comentei aqui Malévola (2014)  Adaptação da Bruxa malvada de A bela Adormecida interpretada magistralmente nesta   versão por Angelina Jolie, deixei bem claro meu descontentamento em  humanizar a personagem comparando –a com o personagem original de 1959. E hoje venho falar dessa obra clássica A  Bela Adormecida de 1959, que no meu conceito  é mais pesasdo em sentido da vilã que a nova versão.

Das animações lançadas pela Disney até hoje, A Bela Adormecida é, possivelmente, a que reúne mais elementos comuns às fábulas da empresa. Narrada classicamente a partir de um livro aberto logo nos primeiros segundos de filme, conta a história de uma jovem de berço real, Aurora, que é amaldiçoada por uma poderosa bruxa (Malévola), depois que a mesma não foi convidada para a festa de nascimento da menina. Com medo de que a maldição se concretize, o rei manda a filha ainda bebê para a floresta, para viver como camponesa, até que complete dezesseis anos – idade que a magia deixará de ter efeito.

Cuidada pelas três fadas que a abençoaram quando era bebê, a princesa Aurora é obrigada a viver uma vida que não é a sua apenas para esconder a real identidade: com nome falso e obrigações como uma jovem qualquer, a intenção das três fadas que zelam pela sua segurança é manter as aparências para que Malévola não descubra seu paradeiro e, assim, não conclua sua maldição. Porém, um descuido a beira do fim do prazo leva a bela Aurora ao destino que todos conhecemos: dormir como um cadáver até que alguém que a ame de verdade venha e a liberte de seu mártir com um sincero beijo.


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Sétima Arte em Destaque: Planeta dos Macacos – O Confronto

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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“O mal é sempre lembrado, o bem é tão facilmente esquecido“. Essa frase foi proferida no episódio final de “Spectreman” pelo vilão do seriado, o (vejam só) símio Dr. Gori. Essa visão pessimista faz parte do DNA deste “Planeta dos Macacos – O Confronto”, novo filme da franquia iniciada pelo livro de Pierre Boulle, lançado em 1963.

Assim como no original literário, a arte de imitação dos nossos primos evolutivos é parte importantíssima da trama, escrita por Mark Bomback, Rick Jaffa e Amanda Silver. Mas tal importância não está explícita no filme, mas pode ser lida nas entrelinhas da obra. O diretor Matt Reeves fez um belo trabalho na composição visual da produção e na imposição de um clima crescente de tensão que nos acompanha durante toda a projeção.

Para aqueles já familiarizados com a franquia, irraízada na cultura pop mundial há mais de cinco décadas, não há grande surpresa sobre o desenrolar dos acontecimentos. Já é sabido qual será o destino final da humanidade ao final da história maior que está nova série iniciada por“Planeta dos Macacos – A Origem“ está por contar. A atração aqui é no desenrolar trágico desta narrativa.

Uma década após a humanidade ser dizimada pelo vírus que deu a faísca de sapiência aos símios (o “espírito”, como insistia Boulle em seu livro), o líder dos macacos, César (Andy Serkis) guia seu povo em paz, até que um agrupamento humano cruza o seu caminho, buscando reativar uma usina hidroelétrica que necessitam para recuperar ao menos parte de sua destroçada civilização.


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Sétima Arte em Destaque: O Candidato Honesto

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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O período de campanha eleitoral no Brasil é sempre um momento controverso. Surgem candidatos de toda espécie, em todos os rincões do País. Muitos apenas querendo aparecer, outros até são bem intencionados. Infelizmente, o problema reside naqueles que ganham as eleições e se aproveitam de sua posição privilegiada para benefício próprio, virando as costas àqueles que os elegeram. Por conta de mais uma “festa da democracia” que se aproxima, o diretor Roberto Santucci traz às telas uma sátira ao sistema eleitoral brasileiro.

O filme conta a história de João Ernesto (LenadroHassum), candidato à presidência da República pelo partido PEDN (Partido da Ética Democrática Nacional), que chegou ao dia da votação com ampla vantagem sobre seu adversário mais próximo, o Tio Tonho (Nilton Bicudo), do partido FECO (Força Ecológica). Seu grande apelo popular se deve à sua origem humilde, como filho de imigrantes nordestinos até a bem sucedida carreira política, baseada em seu carisma e honestidade. No entanto, como muitos políticos brasileiros, Ernesto guarda segredos que não chegam ao conhecimento do público: ele é na verdade um dos mais corruptos do parlamento, envolvido em dezenas de casos de corrupção. Porém, todo o seu plano (e do seu partido) de se tornar presidente pode ir por água abaixo por conta de um evento inusitado: em seu leito de morte, a avó do candidato pede para que ele passe a ser alguém honesto.


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Sétima Arte em Destaque: Lucy

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

lucy

Luc Besson é um aficionado por ficção científica e anime. Mesmo que sua filmografia não se volte especificamente para o sci-fi, as referências de mestres do gênero e da animação japonesa são notáveis em suas obras. Quase duas décadas após o divertido “O Quinto Elemento”, o cineasta francês volta a escrever e dirigir umaobra na qual pôde dar vazão a essas paixões de maneira mais explícita neste “Lucy”, cujo título remete ao apelido dado à ossada da Australopithecusafarensis descoberta em 1974.

Ignore completamente a tecnobaboseira. Boa parte da ciência do filme é completamente errada e é ótimo que o próprio Besson (e o longa em si) admita isso. O mito do ser humano utilizar apenas 10% do seu potencial cerebral é equivocado, mas a fita faz dela um ótimo pontapé inicial para sua premissa, que mistura as partes maiscerebrais de “2001 – Uma Odisséia no Espaço”, “A Origem”, um certo episódio de “Jornada nas Estrelas – A Nova Geração”, “Serial ExperimentsLain” e “Akira” com a brutalidade graciosa de “O Profissional”.

Lucy (Scarlett Johansson) é uma jovem modelo/atriz em Taiwan que é forçada por seu namorado a fazer uma entrega para um perigoso chefe do submundo coreano (Min-SikChoi). Obrigada a trabalhar como “mula” transportando uma droga experimental, a substância acaba vazando para o seu organismo, permitindo o acesso a áreas antes desconhecidas de seu cérebro. Com a ajuda de um neurocientista (Morgan Freeman) e de um policial francês (AmrWaked), Lucy corre contra o tempo para entender e realizar seu destino.


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Tem estreia na programação da semana do Moviecom do Conquista Sul; confira

atlanta

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A programação da semana do Moviecom do Shopping Conquista Sul conta com uma estreia. Trata-se do filme ‘O Candidato Honesto’. Confira a sinopse:

João Ernesto (Leandro Hassum) é um político muito popular e desonesto, acostumado a mentir para pessoas a sua volta e eleitores. O deputado tem grandes chances na disputa como candidato à presidência da República nas próximas eleições. Porém, na véspera de um grande comício, acontece algo totalmente inesperado: ele não consegue mais mentir. E agora vive o dilema: como disputar as eleições sem mentir?

Para ver a programação completa do Moviecom, clique aqui.


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Sétima Arte em Destaque: As Pontes de Madison

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Muitos anos após viver Dirty Harry e protagonizar os faroestes antológicos de Sergio Leone, Clint Eastwood viria a dirigir um filme para comover 10 entre 10 corações apaixonados. As Pontes de Madison é uma obra que mescla um belo romance e um drama bem estruturado, mesmo inserindo em sua narrativa alguns recursos um tanto óbvios para o gênero. Richard LaGravenese adapta o romance de Robert James Waller, onde durante menos de uma semana se acompanha a história de Francesca, imigrante italiana casada, com dois filhos, que possui uma fazenda no interior do estado, vivendo em concessão com sua pacata existência. Quando seu marido e filhos viajam, deixando Francesca sozinha, um fotógrafo de Washington aparece e pede ajuda a ela, desejando encontrar e então fotografar as pontes cobertas do local, citadas no título do filme.

LaGravanese, que dirigiu e roteirizou P.S. Eu Te Amo, é o responsável por parte da depreciação justificável que se pode ter em relação a As Pontes de Madison. Seu roteiro dá grande ênfase em um segundo núcleo que é centrado nos filhos de Francesca, já adultos, que retornam à casa da mãe para resolverem assuntos relativos ao falecimento da mesma. O filme se inicia, termina e é pontuado por constantes intervenções deste núcleo, composto por personagens fracos que nada acrescentam à trama, interpretados por atores pouco competentes. O filme ainda possui algumas cenas belíssimas interrompidas pela narração desnecessária de Francesca, que mesmo acontecendo poucas vezes, apenas reitera através de palavras o que Eastwood evidencia com sua detalhista direção. A narração dificilmente acrescenta algo que é imperceptível aos olhos, fazendo assim com que a profundidade atingida por algumas sequências se perca em superficialidades proporcionadas pela “explicação” desses momentos.


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Sétima Arte em Destaque: Os Infiéis

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Como novo amante do cinema francês, descobri que pode-se esperar qualquer coisa de um filme do berço da Sétima Arte. E quando digo isto, é qualquer coisa mesmo, capaz de surpreender até o mais precavido dos mortais. Em “Os Infiéis”, uma trupe francesa se reuniu para fazer uma grande brincadeira: dirigir diversos curtas que, unidos em um único filme, rendem 109 minutos de situações sobre a traição nos relacionamentos amorosos.

Assim, os cineastas Emmanuelle Bercot, Fred Cavayé, Alexandre Courtès, Jan Kounen, Eric Lartigau, o vencedor do Oscar Michel Hazanavicius (“O Artista”) e os astros Jean Dujardin e Gilles Lellouche, que também atuam como protagonistas, dirigem episódios entrelaçados intertextual mente sobre a infidelidade (majoritariamente) masculina.

Começamos o filme com a dupla de amigos Greg (Giles Lellouche) e Fred (Jean Dujardin, a quem me tornei um fã incondicional.  Casados, eles se divertem à procura de mulheres. O episódio, intitulado “O Prólogo” (dirigido por Fred Cavayé), apresenta os dois protagonistas que encerrarão o longa de forma inesperada, ousada e irônica, e surpreendente.  Machistas e mordazes, eles defendem que a traição é uma espécie de romantismo, em que se busca o verdadeiro amor da sua vida.


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Veja o primeiro trailer do esperado filme “Cinquenta Tons de Cinza”

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A espera acabou! Após meses de muita ansiedade, escalação de atores e até Beyoncé postando prévia no Instagram para tirar as nossas noites de sono, finalmente o primeiro trailer da adaptação cinematográfica de “Cinquenta Tons de Cinza” está entre nós!

O vídeo foi lançado mundialmente em vários programas de TV.

Confira o trailer:


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Sétima Arte em Destaque: Vizinhos

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Uma das principais características que uma boa comédia deve conter é a capacidade máxima de não se levar muito a sério. É algo intrínseco ao próprio gênero; é comédia, não drama. Nos tempos atuais, alcançar tal façanha é um feito extremamente penoso, tendo em vista um público/consumidor cada vez mais ávido por tramas simples, mastigadas e politicamente corretas e menos propenso a se entregar sem medo à piada pela piada.

Evidente que o fato de ter na piada um fim em si mesmo, e não um meio para lições de moral estapafúrdias e clichês, tão típicas do “cinemão” americano (e mundial, eu diria. Basta conferir os enlatados brasileiros, por exemplo, que saem a rodo todo ano), não implica necessariamente em humor escrachado e pastelão. Apesar de difícil e cada vez mais raro de encontrarmos, há sim como equilibrar essa característica com um toque de inteligência que nos leve a uma reflexão crítica do mundo em que vivemos e dos valores que norteiam a sociedade. Chaplin nos ensinou muito sobre isso em várias de suas obras-primas, que, de tão numerosas, torna-se inconveniente citá-las.

Essa verdadeira engenharia em termos conceituais só ratifica o gênero como um dos mais complexos de todo o cinema. Felizmente, ainda temos uma resistência em Hollywood que não foi contaminada desse mal tão predominante na indústria e que sabe equilibrar muito bem um humor altamente non-sense com aquele “algo a mais” necessário a toda obra de arte; uma resistência que tem como um de seus principais expoentes Seth Rogen, ator e, aqui, também produtor deste ótimo “Vizinhos”.


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Sétima Arte em Destaque: A Recompensa

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Se tem uma coisa que o público gosta é de um bom canalha. A princesa Léia e seu Han Solo que não desmentem isso. Há uma fantasia envolvendo a possibilidade do famigerado “pau que nasce torto” vir a eventualmente se endireitar. Desde o primeiro frame deste “A Recompensa”, Jude Law abraça a canalhice de seu Dom Hemingway com gosto. E essa é a melhor e mais sincera parte desta comédia de erros escrita e dirigida por Richard Shepard.

O cineasta, aliás, retorna ao mundo de pilantras criminosos após o interessante “O Matador”, no qual um Pierce Brosnan sem glamourarrastava o pobre Greg Kinnear pelo submundo. Neste seu novo trabalho, já começamos na cadeia, onde Dom nos mostra verborragicamente quão fã de si mesmo (e de certas partes de sua própria anatomia) ele é.

Especialista em arrombar cofres, Dom passou anos preso sem jamais denunciar seu chefe, um perigoso mafioso russo (Demian Bichir). Libertado, ele sai em busca de uma sonhada recompensa pelos anos perdidos. Contando com a ajuda de seu fiel amigo Dickie (Richard E. Grant), o protagonista se vê em uma série de problemas, especialmente ao tentar resgatar seu relacionamento com sua filha, Evelyn (Emilia Clarke).


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Sétima Arte em Destaque: A Culpa é das Estrelas


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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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John Green é um  escritor norte-americano que vem fazendo sucesso absoluto no ramo literário. O romance “A Culpa é das Estrelas” vem alcançando posições de destaque nas livrarias do mundo inteiro e não é raro você ver jovens, especialmente garotas, com o livro nas mãos em qualquer lugar que seja. Algo que não é muito surpreendente quando você lê a sinopse da obra, que obedece o velho padrão comercial (e universal!) boy meets girl (no caso, girl meets boy), adicionando o tempero de que o casal possui limitações físicas e problemas sérios de saúde, dificultando a relação e criando obstáculos que, ainda que assumam uma forma um pouco diferente da usual, já vimos dezenas de vezes anteriormente. A adaptação do best-seller de Green para as telonas ficou a cargo dos roteiristas Scott Neustadter e Michael H. Weber, responsáveis pelo espetacular “500 Dias com Ela”, e do diretor Josh Boone, que já havia dirigido o longa “Ligados Pelo Amor”, de gênero e temática similares. Assim, o mínimo que podíamos esperar como resultado dessa junção era uma condução segura, o que de fato ocorre quando a falta de sutileza de Boone, que parece a todo instante querer forjar artificialmente um envolvimento emocional, não atrapalha.

No enredo, acompanhamos Hazel Grace, uma adolescente de 17 anos que sofre de câncer em estado avançado e que, por um acaso do destino, em uma de suas relutantes idas às reuniões do Grupo de Apoio, conhece Augustus  Waters, um garoto de 18 anos que também possui câncer, só que em remissão, além de parte da perna direita amputada. Ambos são muito diferentes um do outro, com o menino possuindo um senso de humor aguçado e uma sede de viver fora do comum, chegando a afirmar na primeira vez em que se encontram que seu maior medo é o esquecimento, enquanto a garota acredita que este é inevitável, querendo aproveitar os dias que lhe restam apenas de forma pacata e sem preocupações.


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