Sétima Arte em Destaque: Te Amarei para Sempre


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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Na trama, Henry (Eric Bana) descobre, aos seis anos, que possui uma estranha capacidade de viajar no tempo. A modificação genética faz com que tais viagens sejam incontroláveis, criando um verdadeiro transtorno na vida do viajante, que é colocado em situações constrangedoras. Em uma dessas viagens, Henry conhece Clare Abshire (Rachel McAdams), uma artista plástica que se torna sua musa. Com o tempo, os dois passam por provas de amor e conflitos para manter o sentimento que existe entre eles sempre vivo.

Baseado no livro de Audrey Niffenegger, “The Time Traveler’s Wife”, título original que faz referência à esposa do viajante do tempo, a película traz a direção do alemão Robert Schwentke, responsável por “Plano de Vôo”, comandando a história roteirizada por Bruce Joel Rubin. “Te Amarei Para Sempre” exalta a temática do tempo e suas constantes mudanças, bem como a espera, o arrependimento e a vontade de voltar e recuperar algo perdido, o desgaste e, acima de tudo, o ciclo da vida. Quem nunca quis corrigir algo do passado ou saber o que acontecerá no futuro?

A interessantíssima história original de Niffenegger possui uma carga dramática forte, que muitas vezes é perdida na telona por transitar em momentos bastante inspirados e outros um tanto quanto desagradáveis. Um dos maiores acertos está em tornar a história aceitável e não lúdica ao ponto de perder a credibilidade. O problema genético de Henry nunca é tão exposto, mostrando que o personagem aprendeu a aceitar o que lhe foi destinado. Em contrapartida, todos os dramas que Henry vive com a família ou com a amada Clare nem sempre alcançam o ideal. Isso é perceptível pela intensidade com que a trilha sonora aparece praticamente em todas seqüências, como quem precisa forçar uma emoção do espectador para corrigir a falha do diretor por não ter sido tão eficiente com os atores para que, pelo talento do elenco, ele trouxesse tal emoção.


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Sétima Arte em Destaque: O Discurso do Rei

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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É espantoso ver o resultado final de um projeto de filme cujo argumento central gira em torno de um fato prosaico da realeza britânica. Passando longe das sequências épicas de “Elizabeth” e dos momentos que voltaram a atenção do mundo para o Palácio de Buckingham, como em “A Rainha”, a trivialidade da temática de “O Discurso do Rei” não parecia suficiente para a realização de um filme completo. Contudo, não seria precipitado dizer que a família real está diante do mais admirável representante de sua linhagem.

Não se anime para acompanhar cenas surpreendentes dos bastidores reais.  O diretor também não revela aquele diálogo, capaz de abalar as estruturas inglesas, travado na intimidade dos aposentos da família. Também não espere por um tratado sobre a Europa entre guerras. O mote do filme é inteiramente desvendado em seu título, direto e sem rodeios, simples como a sua proposta.

As dificuldades de expressão vocal de Albert Frederick Arthur George, pai da atual Elizabeth II, prejudicavam suas aspirações ao trono mais poderoso da Inglaterra e eram motivo de chacota entre familiares. Após assumir o lugar deixado por seu pai e renunciado por seu irmão mais velho, George precisa enfrentar um inimigo mais poderoso e sorrateiro que a Alemanha nazista: sua gagueira crônica. Desacreditado da medicina tradicional e cedendo às insistências de sua esposa, o novo rei decide se submeter aos métodos pouco ortodoxos de um médico desconhecido. Entre erros e acertos, disputa de egos e hierarquia mandada às favas, o resultado do tratamento é totalmente previsível, e nem por isso menos interessante.


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Sétima Arte em Destaque: A Malvada

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Do que uma pessoa é capaz para atingir seus objetivos? O que ela diria? O que esconderia? Mentiria? Fingiria ser outra pessoa? Para Eve Harrington (Anne Baxter), dona de um rostinho angelical e de uma voz doce, todas as respostas servem. Sonhando com o sucesso nos palcos londrinos, a moça simples, de passado obscuro, consegue aproximar-se de seu grande ídolo, a estrela da Broadway Margo Channing (Bette Davis), a fim de atingir seus objetivos, mesmo que para isso tenha que se transformar em alguém que não é.

Desde o primeiro filme falado do cinema, em 1927, nunca uma história sobre ambição, jogo de interesses, inveja, obsessão e intrigas foi contada de forma tão definitiva. Talvez, o grande trunfo de “A Malvada” seja a sensação de dejavú, a de que você conhece ou conheceu alguém como Eve, a sensação de que você conhece essa história e sabe como ela termina. E por falar de temas tão próximos à realidade e às relações sociais que estabelecemos, esse clássico da década de 50 continua tão atual e ainda tão elogiado.

Dissimulada tal qual uma Capitu de Machado de Assis, Eve infiltra-se lentamente, entre sorrisos e gentilezas infindáveis, na intimidade e no dia-a-dia da atriz, compartilhando detalhes íntimos de sua vida e de sua rede de relacionamentos. Aos poucos, a mascarada devoção de Eve começa a incomodar Margo, que é incompreendida pelos amigos, dando início a uma sucessão de fatos meticulosamente arquitetados que culminam em sua ascensão meteórica como atriz.


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Sétima Arte em Destaque: A Hora mais Escura

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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A Hora Mais Escura (Zero DarkThirty, 2012) é um filme longo, que se faz sentir as suas duas horas e quarenta minutos de duração (o máximo suportável pelo circuito exibidor hoje em dia, ao que parece). O problema é a primeira hora, um infindável apanhado da escalada do terror propagado por Osama Bin Laben, com a reconstituição de um atentado em Londres e vários, inúmeros outros, com bombas explodindo a cada cinco minutos – dos grandes, só deve ter ficado de fora o de Madri, apenas citado. Parece que a diretora, KathrynBigelow, e o roteirista, Mark Boal (ambos são também os produtores do filme), quiseram lembrar ao público o quanto o terrorista Bin Laden foi “importante” e assim dar um peso extra ao trabalho. Tudo bem, mas excederam-se.É nessa famigerada primeira hora que estão também as duas cenas de tortura, sendo que a primeira, que abre o filme, tem inaceitáveis, redundantes e desnecessários 22 minutos.

Se os criadores quiseram mostrar o horror que foram as prisões americanas no Afeganistão na sua luta implacável e desmesurada a Bin Laden, erraram mais uma vez, pois a cena demora tanto que notamos um certo fascínio naquilo tudo. Mostra-se o preso sendo torturado defecando na roupa e, depois, mostra-se suas nádegas sujas de excremento. Passeiam com ele acorrentado como se fosse um cachorro. Há certas justificativas por parte do torturador: “Vou te tratar da maneira que você decidir: dê-me os nomes e você está livre”, como se fosse o torturador estivesse sendo obrigado a fazer aquilo.


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Sétima Arte em Destaque: Malévola

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

malevolaÉ sempre complicado repaginar clássicos, já que as referências estão enraizadas na cultura visual e qualquer deslize pode ser fatal, principalmente para os mais apegados. Assim, os estúdios ficam entre a cruz e a espada: contar o mais do mesmo para satisfazer os xiitas ou  oferecer uma nova proposta. Ao reviver seus contos para novas audiências, a Disney segue por um caminho delicado para mostrar que as suas histórias fazem parte de um universo mágico superior e aberto a mudança.

“Malévola” talvez não encontre o seu lugar de imediato, pois as mudanças radicais certamente aparentarão incoerência se relacionarmos com o que sabemos sobre a Bela Adormecida. Ainda assim, vale lembrar que a proposta não é contar mais uma história sobre princesas e príncipes vivendo felizes para sempre, mas fazer uma releitura poderosa de uma vilã que até então nunca teve voz para contar o seu lado. Linda Woolverton (“O Rei Leão”) foi a responsável por expandir esse universo, criando possibilidades que se comunicam com a história clássica e se adaptam a uma nova realidade fílmica.


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Sétima Arte em Destaque: Sem Limites

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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O que você faria se fosse um escritor fracassado, incapaz de escrever uma frase sequer do livro que está contratado para fazer? Ou se estivesse com o aluguel do seu pequeno apartamento atrasado há meses? Ou se sua namorada a deixasse pelo simples fato de você não ter nenhuma perspectiva agradável para o futuro? É assim a vida de Eddie Morra (Bradley Cooper), um relaxado e nada talentoso morador de Nova York. Até que um pequeno comprimido transparente, oferecido pelo ex-cunhado traficante, resolve tudo para ele, nos introduzindo a uma ousada viagem física e mental que é este “Sem Limites”.

De pé-rapado, ele se torna um homem brilhante, capaz de terminar o seu livro em uma questão de dias. O comprimido ilegal,  informalmente chamado de NZT, ativa todo o potencial de seu cérebro, permitindo-lhe prever fatos e relembrar informações as quais nem sabia que conhecia, os pré-requisitos básicos para se tornar um investidor no mercado de ações. E é o que Morra faz. O sucesso chega, mas acompanhado de um dependência cada vez mais preocupante. Além disso, estranhos perseguidores ameaçam tomar a sua fonte de inteligência e fazê-lo se lamentar por cada pílula ingerida.

Mas não se engane. O filme não está atrás de dar lições de moral, castigando o seu protagonista pela polêmica escolha realizada. O politicamente incorreto é o principal trunfo do roteiro de Leslie Dixon (“Hairspray – Em Busca da Fama“), adaptado de livro homônimo de Alan Glynn. Ele nos apresenta a um mundo onde os mais espertos sempre levam a melhor, seja por medidas “sujas” ou não. A Nova York de Dixon é incrustada de agiotas, traficantes e maníacos disfarçados em meio a uma população viciada em trabalho. Eddie Morra quer ser igual a eles. Mas lhe falta ambição.


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Sétima Arte em Destaque: Eu não quero voltar sozinho

Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Em 2010, o curta “Eu Não Quero Voltar Sozinho” foi destaque em diversos festivais pelo mundo, seguindo uma carreira online exemplar que já marca mais de 3 milhões de visualizações no Youtube. Com o sucesso do filme, que conta a história do primeiro amor de dois garotos, o diretor Daniel Ribeiro decidiu ampliar o universo da trama para mostrar com mais detalhes a sua visão sobre a juventude, o amor e a sexualidade. “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” chega aos cinemas após vencer o prêmio da crítica na mostra Panorama do Festival de Berlim desse ano, embalado por uma grande expectativa que certamente será superada.

A trama acompanha Leonardo (Ghilherme Lobo), um garoto cego que passa seus dias ao lado da amiga Giovana (Tess Amorim). A vida dos dois muda quando Gabriel (Fabio Audi) entra para a turma da escola. Os três começam a conviver juntos, colocando a força da amizade à prova. Enquanto Leo tem o desejo de mudar a rotina e fazer intercâmbio, em busca de um lugar mais seguro da discriminação que sofre por ser cego, Giovana é a sua grande companheira, seus olhos para o mundo. A chegada de Gabriel vai questionar não apenas a relação entre Leo e Giovana, mas despertar no garoto um sentimento que vai muito além do que (não) pode enxergar, mas sente toda vez que o novato está por perto.


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X-Men: Dias de um Futuro Esquecido estreia no Moviecom do Conquista Sul; confira a programação da semana

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Acaba de ser divulgada a programação da cinema na rede de cinemas Moviecom do Shopping Conquista Sul. O destaque fica para a estreia do filme X-Men: Dias de um Futuro Esquecido.

No filme, os mutantes vivem sendo perseguidos e vivem precisando se esconder dos Sentinelas, poderosas máquinas criadas para anquilá-los. Os poucos sobreviventes buscam uma maneira de evitar a destruição total dos mutantes. Wolverine (Hugh Jackman) é, então, viaja no tempo até a década de 1970, onde procura os jovens Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender), para evitar os acontecimentos que resultaram na caça aos mutantes e salvar o futuro.

Para conferir a programação, clique aqui.


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Conquista: cineasta da cidade de Glauber Rocha vendeu bens para produzir filme cristão

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Sim o título  da matéria não está errado, assista a entrevista com o diretor Daniel Silva, produtor do filme Labirintos Internos, uma das produções cristãs mais esperadas pelo público brasileiro que será lançado agora no final de maio. Dia 24 de maio terá a pré-estreia para imprensa, pastores, empresários e convidados no Cine Humberto Mauro no Palácio das Artes em Belo Horizonte, MG, e na mesma data e horário haverá, também, No cine da Moviecom no Shopping Conquista Sul em Vitória da Conquista, cidade natal de Daniel e de cinco atores de Labirintos Internos.

Daniel Silva, além de diretor de filmes, tendo produzido o filme O Valor de Um Sonho, que ganhou o sete estatuetas no Festival de Cinema Cristão de 2013, é missionário da JOCUM e estará lançando o seu filme Labirintos Internos em diversas cidades do país. Veja a comovente e inspiradora entrevista no qual ele conta para a Rede Super de televisão o preço pago pela mensagem cristã contra o tráfico sexual chegar antes da Copa do Mundo no Brasil.

Em breve o CineCristão ira mostrar a agenda de exibição do filme em diversas cidades do País. Fonte: Cine Cristão

Assista a entrevista:


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Sétima Arte em Destaque: Uma Viagem Extraordinária

Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Adaptado do livro de ReifLarsen por GuillaumeLaurant e o próprio Jean PierreJeunet, “Uma Viagem Extraordinária” – primeiro trabalho de Jeunet falado em inglês desde “Alien: A Ressurreição” – conta a história de T.S. Spivet (Kyle Catlett), um garoto prodígio de 10 anos que inventou uma máquina de movimento perpétuo (a invenção serve como uma linda metáfora sobre a vida) e, graças à façanha, ganhou um importante prêmio e é convidado para recebê-lo em uma cerimônia na capital dos EUA. Contudo, Washington D.C fica do outro lado do país e, para não preocupar seus pais, que ainda estão lidando com a morte de seu irmão mais novo, decide sair da fazenda em uma viagem solitária.

Engana-se quem pensa que esse é um pequeno roadmovie sobre um garoto em busca de sua realização pessoal. T.S. não sai de casa por causa do prêmio ou para que a família comece a valorizá-lo, ele foge da recente dor causada pela morte do irmão, sentindo-se responsável pela tragédia. É o estágio da negação e isolamento. A mãe, a Dr. Clair (Helena Bonham Carter), mergulha nos estudos sobre insetos; o pai (Callum Keith Rennie) não consegue demonstrar o mesmo carinho que tinha pelo outro filho; a irmã Gracie (Niamh Wilson) só pensa em se tornar famosa; e T.S. sente-se cada vez mais sozinho e sem ninguém para compartilhar seu sofrimento, e vê na viagem uma oportunidade de deixar tudo para trás.


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Sétima Arte em Destaque: Diário de Uma Paixão

Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Diário de uma Paixão é um verdadeiro romance, aquele que não perde tempo apostando em piadas fracas de pessoas caindo no chão etc. O filme se concentra no romance e no romance somente, e sucede, pois em nenhum momento nós ficamos entediados (o que é muito difícil em um filme de duas horas de duração, especialmente desse gênero), e nunca duvidamos do amor dos protagonistas. Ele se preocupa com o que importa, algo que a maioria das novas comédias-românticas vem esquecendo, que é contar uma história realmente bonita.

Noah Calhoun (Gosling) é um jovem trabalhador de uma cidade do interior, que conhece a bela Allie Hamilton (McAdams), uma menina rica que está na cidade só passando as férias de verão. Os dois se apaixonam, mas nem o pai (Thorton) nem a mãe da garota (Allen) aprovam o relacionamento, afinal eles querem que ela case com alguém da mesma classe social, o que é de certa forma bem sensato, pois a garota poderia jogar fora as oportunidades da sua vida para viver com um homem rural e configurar o que, às vezes, só seria um “Amor de Verão”. Depois de uma briga entre os dois, Allie vai estudar em uma grande cidade, acaba conhecendo um soldado e está prestes a se casar. Porém, quando ela lê sobre Noah no jornal, decide voltar ao interior para revê-lo.

Sob o ponto de vista técnico, o filme quase não falha (com exceção da cena de guerra que eles colocaram no meio do filme com uma montagem paralela horrorosa). A fotografia é muito bem feita. Podemos observar cenas maravilhosas, tais como a primeira, em que Allie olha pela janela, ou a do lago com os patos. No geral, os visuais são belíssimos. Eles conseguiram reconstruir aquele clima da década de quarenta, que mesmo eu não tendo vivido essa época eu posso admirar o trabalho deles. A direção é divertida e até um pouco inovadora com as suas narrações etc.


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Sétima Arte em Destaque: O Homem Duplicado

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Um aviso para quem decidir se aventurar por este O HOMEM DUPLICADO (cujo título nacional nada  tem a ver com o título original ENEMY, ou INIMIGO em português): Não se trata de um suspense,  O Homem Duplicado  é uma espécie de filme de arte, repleto de sequências abstratas que imagino eu, carregam algum significado. Mas confesso que após 20 minutos de filme, eu já nem me importava mais com o significado das mesmas.

O filme é enfadonho, cansativo e feio. Mal fotografado, de aspecto pobre. É como se o diretor Denis Villeneuve (do ótimo OS SUSPEITOS) tivesse tomado um porre, dormido mal à noite, e acordado de ressaca achando de alguma maneira que se transformou em David Cronenberg. Pobre coitado…

Baseado no livro do escritor português ganhador do prêmio Nobel José Saramago (do infinitamente superior ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA), o filme parte de uma ideia intrigante: Um pacato professor universitário (o ótimo Jake Gyllenhaal, que trabalhou com o diretor em OS SUSPEITOS, já comentado aqui por mim), descobre por acaso ao assistir um filme que existe um homem idêntico à ele. Inconformado, ele sai à procura do homem e de um significado para toda a situação.


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Sétima Arte em Destaque: Divergente

Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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A busca pela própria identidade é o primeiro desafio enfrentado pelos adolescentes. Não é incomum ver jovens pulando de tribo em tribo até acharem aquela com a que mais se identificam. A definição que temos de nós mesmos também muda com o passar dos anos e nossas próprias personalidades se regeneram conforme enfrentamos novas experiências.

É isso o que torna o mundo de “Divergente” tão insano e a ideia por trás de sua premissa deveras interessante: o que aconteceria se a sociedade tentasse estratificar o espírito humano? É uma pena que Neil Burger (do eficiente “Sem Limites”) acabe entregando um filme tão raso quanto este, recusando-se a explorar além da mera superfície sugerida pela trama.Não conheço os livros de Veronica Roth, mas o roteiro de Evan Daugherty (“Branca de Neve e o Caçador”) e Vanessa Taylor (da série “Game of Thrones”) explora pouco os relacionamentos entre seus personagens consigo mesmos e entre eles, não conseguindo o básico, que é dar ao público motivo parasse importar com o destino daquelas figuras. Mesmo a premissa inicial da franquia é usada de maneira mínima e acaba sendo quase que deixada de lado em prol de um romance empurrado goela abaixo da audiência.


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Sétima Arte em Destaque: Capitão América 2- O Soldado Invernal

Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Não sei se Capitão América 2 – O Soldado Invernal é o melhor filme da Marvel desde Homem de Ferro ou se é simplesmente o melhor filme da Marvel – deixando de lado, é claro, as franquias X-Men e Homem-Aranha.  , nesse universo Vingadores , prefiro o próprio Filme Os Vingadores . Após experiências pouco empolgantes com Homem de Ferro 3 e Thor: O Mundo Sombrio, o novo longa do Capitão chega para dar um gás no universo da empresa dos quadrinhos.

O filme não é sobre um personagem, não é um show de um homem só, como é Iron Man ou O Incrível Hulk. É sobre o mundo Marvel, apresentando inúmeros personagens e referências. Conta com uma boa dose de humor, mas não se perde em momentos cômicos. E ainda oferece antagonistas realmente perigosos e temidos.

Superando o original Capitão América: O Primeiro Vingador, mas também se aproveitando do tempo que este tomou para construir o personagem principal, a sequência conta com muito mais ação. São várias as cenas de lutas, perseguições, tiroteios e explosões, mas quase sempre investindo no realismo e no combate corpo a corpo. Apenas na batalha final os efeitos especiais roubam a cena, mas nada exagerado.


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Sétima Arte em Destaque: Noé

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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É impossível para qualquer cineasta adaptar de maneira 100% fiel qualquer obra literária para a sétima arte. Por mais próxima que a adaptação seja do original, mudanças são inevitáveis, sejam estas leves ou grandes, o que certamente deixa a obra derivada a mercê de críticas ferrenhas por parte dos puristas.  O Problema é mais grave quando se trata de textos religiosos, de qualquer religião. Isso porque o realizador está a lidar com um material tido literalmente como sagrado por parte do público. No caso deste “Noé”, temos Darren Aronofsky transpondo uma passagem relativamente curta do Antigo Testamento em um épico cinematográfico com elementos de fantasia e drama psicológico.

No caso, Aronofsky (nascido judeu e hoje ateu) expõe na tela com a ajuda de seu elenco e equipe uma visão de um trecho complicadíssimo do livro de Gênesis, uma visão que está em gestação há anos, transformando o que poderia ser um filme-desastre bíblico em um animal completamente diferente e bem mais complexo. Ele entende que algo tirado do Pentateuco não pode ser interpretado de maneira literal, e arrisca-se ao mixar o seu entendimento da parábola do dilúvio com sua própria visão artística, algo raro em uma época na qual as grandes produtoras procuram o lucro em filmes de fácil digestão.

Destarte, o objeto de análise deste texto não é a figura de Noé, parte das crenças de cristãos, judeus e muçulmanos, mas sim o filme homônimo dirigido por Aronofsky e escrito pelo próprio diretor e seu colaborador habitual, Ari Handel.  O que interessa aqui é se essa visão dos realizadores corresponde a uma boa história, ignorando quaisquer preconceitos de ordem religiosa.


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Sétima Arte em Destaque: Sete Dias com Marilyn Monroe

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Quando os deuses gregos desciam do Monte Olímpio para suas aventuras “românticas” com os meros mortais, geralmente a coisa não acabava bem para os pobres humanos. E se o panteão olimpiano hoje em dia tem como avatares as estrelas de Hollywood, é difícil pensar em outra pessoa para representar Afrodite se não Marilyn Monroe.

Em “Sete Dias Com Marilyn”, temos a adaptação cinematográfica do diário de Colin Clark (Eddie Redmayne), um jovem vindo de família rica que, apaixonado por cinema, largou o conforto de seu lar e acabou entrando para a produtora de Sir Laurence Olivier (Kenneth Branagh) como terceiro assistente do diretor justamente durante a feitura de “O Príncipe Encantado”.

Durante as turbulentas filmagens, o rapaz acaba se aproximando da problemática Marilyn (Michelle Williams), que estava no auge de sua fama e fora convidada para estrelar a produção, a pedido de um encantado Olivier. Envolvendo-se no mundo da diva, Colin descobre mais e mais sobre como seus ídolos nem sempre são tão encantadores.


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