Por Mariana Kaoos
A morte da independência:
A manhã de hoje começou independente. Mais uma vez, em todo o Brasil, relembramos o exato dia em que Dom Pedro I, empunhou sua espada às margens do Rio Ipiranga e questionou aos que estavam presentes: “Independência ou morte?”. Se para muitos, aquele foi o exato instante em que a independência se consagrou em toda Pindorama, para outros ela nunca aconteceu. Porque sim, temos mortes por miséria, temos morte por homofobia, por racismo, por machismo. Temos morte diariamente nas periferias, nas estradas, nos hospitais. Temos morte quando tomamos partido dessa ou daquela bandeira política. Temos morte se também não tomamos. Temos morte quando aceitamos o sistema como ele é. E temos morte quando lutamos contra ele.
O dia da independência em Vitória da Conquista foi igual a todos os anos anteriores. As escolas desfilaram. Os setores municipais desfilaram. O Grito dos Excluídos desfilou. Em cima do palanque, diversas autoridades assistiram ao espetáculo, acenaram para o público e foram embora logo após. Nas ruas, ambulantes vendendo cerveja, água, picolé, espetinho de gato. Crianças, adultos, jovens e idosos transitavam de maneira frenética pela Avenida Integração. Cartazes pedindo paz, justiça e bondade alheia foram exibidos de maneira veemente em todos os lugares.
O saldo final? A descoberta de um novo e apaixonante sorriso e as surpresas etílicas-gastronômicas do Bairro Brasil. Lá a cerveja é gelada, a feijoada é delícia e os papos sempre profundos. Em meio aos 29°C e sensação térmica de ainda mais que isso, a conclusão posta numa mesa de bar é que a independência começa em si mesmo. É preciso saber o que ser quer, se satisfazer com o que se quer e depois ir à luta. Sem essa de que as dificuldades ultrapassam o poder de superação individual e coletivo. Se Dom Pedro I, ao que tudo indica, falhou no seu grito de independência, talvez possa ser nós os protagonistas desse inesperado berro que, com toda certeza, será ecoado através de um megafone. Não entendeu nada? Foucault explica.
É o povo na arte, é arte no povo:
E esse mês já se inicia com novidade das quentes, viu?! Fiquem espertos, que Vitória da Conquista vem produzindo música de qualidade a torto e a direito. Na semana passada o dj mais querido da cidade, Loro Vodoo, lançou duas tracks. Em uma, remixava a música Salão de Beleza, de Zeca Baleiro e, na outra, um também remix de Venha Me Amar, um super clássico do Olodum. Ainda não ouviu? Então saca só: https://soundcloud.com/lorovoodoo2/venha-me-amar-olodum-voodooremix.
Quem também chegou já com novidade foi a cantora Luiza Audaz. Acompanhada dos músicos Davi Brandão, Kayque Donatto e Luciano PP, ela lançou mais uma canção deliciosa, instigadora e sexy. Intitulada Seu Sol, a música faz parte do seu ep Menino Blue. Vem cá ouvir com a gente, vem?! https://soundcloud.com/luiza-audaz/seu-sol?utm_source=soundcloud&utm_campaign=share&utm_medium=facebook
Hoje, exatamente hoje, às 13 horas da tarde, também rolou o lançamento da primeira música do ep solo do TR MC. É, ele mesmo. O Telles MC, do Bonde do Rebento que já falamos aqui nessa coluna, anteriormente. Intitulada A Vida É Pra Viver, a faixa conta com a participação de Luiza Audaz. Já o beat saiu por conta de Daniel Drumond e Renan Rentwo. A captação de voz foi lá no Estúdio Drumond e a fotografia é assinada pela Casa Baixa.
Em primeira mão, acima o vídeo da música pra gente ouvir a semana inteira
E por fim, não podia faltar, primeiramente, darmos um grande parabéns a Achiles Neto, que ganhou em primeiro lugar o Fenac 2015, um dos maiores concurso musicais do país. A música vencedora do prêmio foi a sua mais recente Corte e Costura, que fala de amor e de vida e surpresas e calmaria. No último dia 27 de agosto, Achiles, com seu projeto CAIM, realizou um show gratuito no Teatro Municipal Carlos Jehovah e contou com mais de 300 pessoas presentes no locais. Seu nome já é referência em Vitória da Conquista e vem se tornando sinônimo de qualidade em todo o Brasil. Que bom! Quer ouvir um pouco de Corte e Costura? Veja:
