Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb
Quando o assunto é vicio normalmente já se pensa em alcoolismo, drogas como crack,cocaína , heroína , mas Lars Von Trier nos mostra que o vicio em sexo pode ser o mais destrutivo de todos .Em “Ninfomaníaca – Vol. II”, o diretor dinamarquês se estabelece como um dos melhores artistas da atualidade, sabendo se apropriar de boas histórias e mostrando ao que realmente veio.
Sem necessidade de apresentar novamente os personagens após o coito interrompido entre os dois volumes, a trama começa exatamente onde terminou, sendo totalmente necessário ter visto a parte anterior para retornar à narrativa. Agora, Joe (Charlotte Gainsbourg) conta a Seligman (StellanSkarsgard) uma fase complicada, quando passou pela falta de apetite sexual enquanto tenta constituir família com Jerôme (ShiaLaBeouf).Para tentar “sentir” algo novamente, ela tenta de tudo enquanto o marido está fora a trabalho, desde seduzir seus vizinhos a terapias de sadomasoquismo com K (Jamie Bell). O próprio Jerôme se diz incapaz de alimentar o tesão de Joe, autorizando suas fugas matrimoniais. Enquanto isso, ela também é direcionada a um grupo de ajuda para tratar a abstinência. Seu corpo também começa a reagir após tantos anos de entrega.
Em Termos de histórias a diferença entre os dois filmes é que o Volume I é sobre a ascensão sexual da Joe e o Volume II é sobre a degradação da Joe, e esse é um dos fatores com que o volume II seja mais incomodo que o volume I. Quem fala que a obra Ninfomaníaca, é uma obra pornográfica não sabe o que está falando, lhes digo oporquê: realmente tem muita cena de sexo, muita nudez frontal tanto feminina quanto masculina , mas nada que deixe o espectador em estado de ficar excitado, é um estudo da sexualidade de forma perturbadora.
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