Por Alexandre Xandó e Cláudio Carvalho*
Começou a Campanha que vai mudar o destino do Brasil.São mais de 1.700 comitês, milhares de ativistas em todos os estados da federação, mais de 450 das principais entidades, movimentos e organizações sociais. É a mais unitária campanha política, desde a luta contra a ALCA e as “Diretas Já”
A Constituição da República Federativa do Brasil de 88 é fruto de uma conjuntura de transição “lenta, gradual e segura”. A Constituição incorpora ideais democráticos e socialmente comprometidos acerca dos direitos ao tempo que intenta uma organização política tradicionalmente vertical que bloqueia o empoderamento popular. A nossa constiuição precisa ser repensada.
É fato incontestável que os parlamentares, seja na câmara dos deputados, sejam no senado, efetivamente não representam o povo. Não se vê trabalhadores (mais de 70% são de fazendeiros e empresários da educação, da saúde, industriais, etc), negros (somente 8,5% de Negros, sendo que 51% dos brasileiros se auto-declaram negros), jovens (Menos de 3% de Jovens, sendo que os Jovens (de 16 a 35 anos) representam 40% do eleitorado do Brasil), mulheres (somente 9% de Mulheres, sendo que as mulheres são mais da metade da população brasileira).
A mudança nas regras do jogo é o primeiro passo para as reformas que o Brasil precisa. Queremos um Brasil mais democrático e justo com sua sociedade. E para mudar é preciso começar com o sistema político.Em junho, milhares de pessoas foram às rua demonstrando, principalmente, não se sentirem representadas pelo atual sistema político.