Pipoca moderna: A antropofagia cultural conquistense

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Por Mariana Kaoos

Queridos, tudo certo por aí? Como é que foi o dia? Malharam? Se alimentaram direitinho? Ficaram de bobeira em casa? Ou foram para o bar tomar aquela gelada? Me contem, me contem que eu quero saber de tudo e mais um pouco. O verão de vocês está sendo cheio de surpresas? Pintou aquela paixão derradeira por alguma sereia encantada? Ou a paixão foi por um surfista prateado? E os sorrisos faceiros, já ofertaram para o universo? Sobre a lista de livros para ler nesse mês não vou nem perguntar, porque tenho certeza de que ela já está em andamento. É ou não é?

Em relação aos filmes a mesma coisa. Proponho, inclusive, que façamos uma subversão: ao invés de irmos ao cinema assistir aos blockbusters, porque não fazemos uma imersão cinematográfica por diretores consagrados? Pode ser Almodóvar, Woddy Allen, Tarantino, Kubrick, o que vocês quiserem. Vamos ver aqui em casa? Aliás, tenho uma ideia ainda melhor: O que vocês acham de agendarmos umas tardes lá no Teatro Carlos Jehovah e assistirmos todo mundo junto e misturado? A entrada pode ser um quilo de alimento e, posteriormente, a gente doa todos eles para alguma instituição de caridade daqui da cidade. Se todo mundo topar, já podemos fazer uma primeira sessão semana que vem, o que acham?

E me digam, o que mais que podemos fazer para apimentar esse verão gostoso nas nossas terras do sertão? Alguém sugere algo? Eu sim! Lembrei aqui agora que alguns dos nossos artistas estão se movimentando como quê só para o nosso deleite cultural. Oxe, vocês não ficaram sabendo de nada? Então prepara, senta essa bundinha na cadeira, que agora é o momento da fofoca cremosa:

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– Um passarinho verde me contou que quem está a mil, cheia de planos e ideias é a nossa poderosíssima Luiza Audaz. Ao que tudo indica, ela está se movimentando, conversando aqui e ali e já pensou em dois projetos musicais ainda para esse primeiro semestre. Não posso falar muita coisa, mas sei que tem músicos de qualidade envolvidos: Kayque Donato, Eric Lopo e o dj Rodrigo Freire. Em 2015 Luiza lançou seu ep Menino Blue e realizou algumas boas apresentações sempre com um repertório mesclando a questão autoral com bossa nova e mpb. Acredito que agora mais uma vertente musical será incorporada ao seu som: a música eletrônica. Já pensou no que vai dar? FA-TAL!

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– Tem mais. Outra cantora, poetisa, comunicóloga e agora mestranda que anda cheia de planos é Larissa Caldeira. Primeiramente vale dar aqui um parabéns mais que especial pela aprovação no mestrado de Comunicação e Cultura Contemporânea na UFBA. Larissa vai estudar Tom Zé, aliás, me deixe explicar melhor. O seu tema de mestrado é Estudando o Samba e seus horizontes estéticos e o Pagode “segrega mulher” na opereta social crítica de Tom Zé. De pirar o cabeção, né? Certamente que sim. Mas imagine aí o que esse estudo não irá acrescentar em conteúdo para a sua obra musical? Um monte de coisas, agora, inclusive, inimagináveis. Mas não é só isso não. Seu projeto intitulado Rádio Canção, que assistimos e nos deliciamos ano passado, será levado para Praia do Forte ainda nesse verão. Já no fim desse mês de janeiro, Larissa preparou um show só com marchinhas de carnaval e vai leva-lo para Jequié. Mais especificamente no dia 30. Ela vai dividir o palco com ninguém mais ninguém menos que Armandinho Macedo, o nosso gênio da guitarra baiana. É de anotar na agendinha e já preparar essa viagem, não é não?

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-Outro projeto que Larissa vem encabeçando é em parceria com o músico Mateus Soares e o preciosíssimo Fillipe Sampaio. Intitulado Geometria, a ideia tem como objetivo propor uma mistura antropofágica sonora. Fillipe compõe as letras e Larissa e Mateus ficam encarregados da música. Se tudo der certo, ainda nesse mês eles pretendem gravar um demo e lançar tudo na web para o nosso glorioso prazer. E olha, eu já ouvi duas músicas aí e posso dizer que é de ajoelhar e agradecer ao universo por um som tão gostoso assim. Vamos ficar na espreita?

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– E ao que tudo indica, 2016 é o ano das mulheres. Quem já está com tudo em cima é Marlua, nossa sabiá do sertão. Agora em janeiro ela começa a gravar seu ep intitulado Passarinhar. Ele irá conter seis faixas, dentre elas, três autorais, uma de Israel Fersant, outra de Evandro Correia e a terceira de Paulinho Gabiru e Dorinho. Em maio dois clipes serão lançados e, em julho, o lançamento oficial do disco. Agora no dia 29 ela vai se apresentar no bar Ice Drink com um tributo a Tim Maia. O nome do projeto é Soul Tim e ele contará com os músicos Ronaldo Costa, Euri Meira, Haeckel França, Fabio Sharel e Yan. E você pensa que acabou? Neca de pitibiribas. Em fevereiro Marlua vai rodar com seu projeto MBTudo, que traz um histórico da música brasileira, desde o axé, até o forro, reggae e bossa nova. A turnê será feita em Ilhéus e Itabuna e, em março, em Salvador. Segura essa marimba, mon amour, que ainda tem mais: em maio, Marlua vai lançar ou ep, Chegança, para dar continuidade ao seu projeto de forró. Hoje ela se apresenta no Copacabana Beer e dia 15 na no Canto do Sabiá. Regalo total, diga aí?!

– Sobre essa próxima novidade, a protagonista dela não me deixou falar muito, mas eu vou dar umas dicas mesmo assim: ela canta bonito que nem bem-te-vi, é linda, leve e solta e, em dezembro, realizou um tributo aos Novos Baianos. Já imagina quem seja? Pois é. Prepara o coração que, ao que tudo indica, agora em janeiro e fevereiro ela entra em estúdio para gravar um ep recheado de criatividade e amor. E, a depender do andar da carruagem, vai rolar “ocupação” no Teatro Carlos Jehovah, lançamento de disco, música, sorrisos, encontros e cultura. Vamos ficar de olho?

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– Por fim, não menos importante, também temos novidades sobre o nosso lindo, amado, doce e maravilhoso Ítalo Silva. Duas, para ser mais precisa. Logo logo vai pintar por aqui um projeto que vislumbra contemplar a obra de Ney Matogrosso. Isso mesmo, pode se emocionar daí. Vai ser lá no Teatro Carlos Jehovah e os músicos envolvidos serão Euri Meira, Jeh Oliveira, Fabio Sharel, Saulo Silva e Ronaldo Costa. A segunda novidade é um show autoral, só com músicas de Ítalo e Igor Murillo, com uma sonoridade mais acústica, com flautas e instrumentos de sopro no geral. Ambos ainda não tem nome, mas já prometem ser de arrebatar o coração. Aliás, se tratando de Ítalo, o que não é, não é verdade?



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