Por Edenisia Fraga – Especial para o Blog do Rodrigo Ferraz
Vivemos no auge da globalização da economia e das comunicações. Época marcada pelas contradições, individualismo e mudanças de paradigmas. É, portanto, dentro deste cenário pós-moderno que a escola deve atuar. Cenário este, que impõe vários desafios para nós professores.
Cientes desta realidade sentimos impelidos em qualificar o nosso papel de agentes transformadores. Abraçar a dimensão educacional refere-se aos múltiplos processos de ensino e aprendizagem, que trata de qualquer sociedade e ou cultura. A educação perpassa pelos diversos e variados grupos de convivência social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou do grupo à sociedade. É muito claro o papel que esse processo desempenha na formação do ser humano e da sociedade.
A educação escolar deve estar voltada para a democratização e a transformação do ser humano, proporcionando-lhe, além do acesso, a apropriação do conhecimento e da tecnologia, o avanço do grau de consciência pela instrumentalização científica e técnica, reforçando as capacidades cognitivas, as atitudes e a conduta crítica em relação à sociedade em que está inserida, possibilitando ao aluno interpretar a realidade e interagir com ela de forma consciente, analítica e produtiva.
O papel da educação é essencial para a formação do cidadão e evolução do mundo. É necessário enfrentar as dificuldades, buscando novos caminhos para uma educação mais eficaz, mais humana, mais solidária, pois, a educação se confronta com essa gratificante tarefa de formar seres humanos para os quais a criatividade, a ternura e a solidariedade sejam, ao mesmo tempo, desejo e necessidade.
O professor tem que saber fazer a diferença. Diante das exigências da busca do conhecimento, no seguimento da carreira acadêmica, é convocado por excelência a alfabetizar a humanidade na linguagem da fraternidade, companheirismo, confiança e respeito à dignidade humana. Esta linguagem, hoje, está sendo anulada pelos contra valores e tomando proporção expressiva e preocupante.
Convicta de nossa missão nobre, porém desafiadora, comemoramos esta nobre vocação de ser Professor/a.
Queridos colegas, diante de tantas complexidades, diante da cultura do descartável que nossa sociedade implanta – não o descartável de objetos, mas da pessoa humana – de uma sociedade de valores inversos, pessoas que valorizam o ter e não o ser, que valoriza a aparência e não a essência, o professor jamais pode se curvar a aderir a esta vitrine que a sociedade impõe. A nossa atribuição não se limita em coordenação e planejamento de conteúdos, mas vai muito mais além. O nosso papel é de oferecer uma formação integral dos nossos educandos. Educar para amar!
Precisamos formar gente antes que gente se forme. Nossa missão é nobre, nossa missão é o pilar para todas as demais profissões e demandas da nossa sociedade e do mundo. Abracemos e exercemos com amor, pois o amor é o fundamento de toda educação!
Um carinhoso abraço a todos os professores!
Muito louvável comemorarmos o dia do professor, sem contudo esquecermos que somos trabalhadores (recebemos salários, pagamos aluguel, dependemos do dinheiro para sobreviver) portanto estamos vivendo exatamente no contexto moderno da sociedade. Ou seja, vivemos sob as determinações de um projeto histórico chamado capitalista. Então professores/ras, nobres colegas trabalhadores da educação, nos equivocamos imensamente quando afirmamos que estamos numa sociedade pós-moderna… afinal as diferenças de classe estão vivas e cada vez mais fortes nesta sociedade que ainda não foi superada por outro projeto. Que projeto de educação seria necessário para rompermos com este que depende da produção da exclusão? que se diz democrático, mas rouba nossa autonomia de pensar e agir? Será que estamos nessa contexto pós-moderno? Mas o que é mesmo o pós-moderno?