Foi divulgado na última semana, pelo Conselho Penal, o relatório da inspeção realizada, mediante solicitação do próprio Conselho, da Vigilância Sanitária à unidade prisional Nilton Gonçalves. A inspeção aconteceu no dia 9 de setembro deste ano foram constatados os seguintes problemas:

No geral: Piso, paredes e teto apresentam integridades comprometida, com infiltrações e rachaduras;
– Diversas áreas com fiação elétrica exposta;
– Mobiliário e equipamentos apresentam-se quebrados e oxidados
Área externa e corredores:
– Entulhos, restos de construção e lixo acumulados;
– Nos pátios existem esgosto a céu aberto, tubulação danificada e caixas de esgoto sem tampa;
– Ausência de abrigos temporários de resíduos;
Cozinha:
– Área de cocção improvisada com tubulação de gás sem laudo técnico de segurança do Corpo de Bombeiros;
– Pertences de funcionários espalhados pelo ambiente;
– Ausência de DML( Depósito de Material de Limpeza) específico para o setor;
– Presença de restos de material de construção;
– Apresenta guarda provisória de lixo inadequada e em número insuficiente;
– Piso, teto e paredes danificados;
Área de Produção:
– Apresenta infiltração e umidade excessiva;
– Mobiliário e equipamentos depreciados e oxidados;
– Carro utilizado para transporte do alimento encontra-se oxidado e com sujidade aparente;
– Paredes e pisos com revestimento inadequados para área de produção;
– Fiação e terminais elétricos apresentavam-se expostos;
– Ausência de equipamentos de produção individual para os manipuladores de alimento;
– Ausência de pias específicas para lavagem das mãos;
-Portas quebradas
Açougue:
– Revestimento de piso e paredes inadequados;
– Umidade excessiva;
– Pontos de infiltração;
– Fiação elétrica exposta;
– Ausência de pia específica para lavagem das mãos;
– Abertura(buraco) na parede;
– Refrigeradores oxidados;
Sanitários Funcionários:
– Ausência de dispensadores de papel toalha e sabonete líquido;
– Azulejos quebrados;
-Armários para guarda de pertences oxidados;
Módulo Prisional:
– As celas apresentam condições insalubres, com umidade excessiva, iluminação insuficiente, fiação elétrica exposta, dimensão desproporcional para a quantidade de presos;
– As unidades não possuem água encanada, a mesma é disponibilizada em baldes para os mais variados fins;
– Presença de odor fétido em todo módulo;
– Presença de animais domésticos nos pátios e corredores;
Consultório Médico e Odontológico:
– Ausência de pia específica para lavagem das mãos;
– Ausência de suporte para caixa de perfuro cortante;
– Ausência de DML específico para o setor;
– Revestimento inadequado do mobiliário, os mesmos devem ser de fácil higienização.

Diante do que foi exposto, o presidente do Conselho Marcos Rocha, afirma que não fica surpreso, mas que está indignado com a situação da unidade: “O que nós viemos sempre lutando era pra que essa situação fosse logo resolvida. Agora esperamos que o novo presídio seja inaugurado o mais rápido possível”, diz o presidente.