Por Ana Paula Marques e Rafael Flores – Revista Gambiarra
Vitória da Conquista viveu um período tenso no último mês de agosto. Foram 10 dias seguidos com registros de casos de estupros na cidade. As ocorrências fizeram com que a polícia criasse uma força-tarefa no intuito de identificar os suspeitos.
Segundo o coordenador da Polícia Civil de Conquista, Marcus Vinícius, ainda faltam dois casos para serem solucionados, apesar de algumas dificuldades específicas. “As investigações estão em curso. Um dos casos está bem adiantado o término, já o outro as dificuldades são grandes em virtude do modo como o autor do estupro atuava”, disse.
Considerado como a mais grave violência depois do assassinato, o estupro vitima milhares de mulheres cotidianamente no país. Esse tipo de violência é fenômeno universal que atinge todas as classes sociais, etnias, religiões e culturas. O crime está tipificado no artigo 213 do Código Penal, no capítulo “Dos Crimes contra a Liberdade Sexual”, e sua pena varia de 8 a 30 anos, dependendo das circunstâncias.
Para a Organização Mundial da Saúde, violência sexual é “qualquer ato ou tentativa de obter ato sexual, investidas ou comentários sexuais indesejáveis, ou tráfico ou qualquer outra forma, contra a sexualidade de uma pessoa usando coerção”. São incontáveis os relatos de discriminação, preconceito, humilhação e abuso de poder em relação às mulheres em situação de violência sexual.