Por Mariana Kaoos
Na segunda feira, 29 de agosto de 2016, este veículo de comunicação postou uma matéria, assinada por mim, intitulada Tome Nota: Erros e Acertos do Festival de Inverno Bahia. Para minha grande e profunda surpresa, a matéria rendeu alguns bons comentários de leitores, públicos do Fib, apontando as SUAS impressões acerca do evento. Devo dizer que, acima de qualquer opinião contrária ao que eu penso ou escrevo, fico muitíssimo, muitissíssimo feliz quando as pessoas no geral se sentem confortáveis e estimuladas a tecer comentários (bons ou ruins) sobre determinado tema cultural. Acredito que a tão falada democratização da comunicação perpassa também por aí, pela abertura da possibilidade de manifestação popular em matérias (independente do gênero) jornalísticas.
No entanto, contudo, entretanto, porém, todavia, o teor dos comentários dos leitores me chamou a atenção. Me chamou a atenção a ponto de render mais essa matéria opinativa. Digo, ao longo do Tome Nota eu argumentei que a curadoria musical do Fib bebe em nomes de artistas, surgidos e consagrados na década de 1980, em sua grande maioria, que pouco produzem coisas novas atualmente. Seus repertórios, totalmente centrados nos hits, nos grandes sucessos de outrora. Suas posturas, performances em palco, voltadas na mesma linha.
Ou seja, o que eu quis levantar questionamento foi se o Festival de Inverno Bahia se acomodou em nomes “aprovados” pelo público e estancou, pouco inovou nesses últimos anos? Se sim, isso é um verdadeiro perigo porque se a fórmula ainda não está gasta (para alguns), muito em breve ela ficará, e, bem sabemos, não há como uma mega produção como Fib sobreviver apenas do público já conquistado que, adivinhem só, está envelhecendo.