Do site Avoador
Projeto experimental dos estudantes de jornalismo da Uesb
Nilza Maria Santos Souza, cabelos pretos cacheados, 47 anos, mãe de dois. Nasceu e cresceu na zona rural de Vitória da Conquista, no povoado de Batalha, até se mudar para a cidade há seis anos. Ela não foi à escola, se casou aos 14 anos e nunca soube fazer outra coisa a não ser trabalhar. Da roça, para o Centro de Conquista, onde trabalha atualmente.
Até a adolescência, ela vivia com os pais e os 13 irmãos e passava os dias capinando para ajudar a família. “A escola nossa era meu pai levantar de manhã e falar: “meninas, eu marquei um ‘eito’ lá pra vocês capinar”. Na hora que eu chegar da cidade é pra estar pronto”, relembrou Nilza.
Depois de se casar, quando ainda morava na zona rural, Nilza saía todos os dias em direção a Conquista para fazer faxinas, lavar e passar roupas e vender filhotes de cachorro, enquanto o marido trabalhava na roça. O percurso era cansativo e a fazia ficar muito tempo distante dos filhos, por isso, ela e o marido resolveram abrir uma ‘vendinha’ no povoado em que moravam. Só que o negócio não deu certo.
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