Brasil: Homem confessa assassinato de ex-namorada a facadas por ciúmes

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Luanderson confessou o crime em depoimento (Foto: Reprodução)
Luanderson confessou o crime em depoimento (Foto: Reprodução)

O autônomo Luanderson Pereira Teles, de 24 anos, confessou à polícia nesta terça-feira (13) que matou a facadas a ex-namorada, Luana Oliveira, de 21 anos, em Bela Vista de Goiás. Ele afirmou que o crime foi motivado por ciúmes que sentia da jovem. Depois de ser ouvido, Luanderson foi liberado, porque se apresentou espontaneamente e não há mandado de prisão contra ele.

“O suspeito alegou que, no dia do crime, havia usado drogas e ingerido bebida alcoólica. Também admitiu que agrediu a vítima algumas vezes. Ele disse que gostava muito dela e que estava arrependido”, disse a delegada Ilda Helbingen ao jornal Extra, destacando que o rapaz aparentava frieza durante o depoimento.

Luana foi assassinada no último sábado em Bela Vista de Goiás, a cerca de 50 km de Goiânia. Ela estava perto de casa, no centro da cidade, com amigas, quando o ex-namorado chegou já atacando. A vítima foi esfaqueada no peito e nas costas e morreu no local.

Depois do crime, o suspeito fugiu. O enterro de Luana foi realizado na segunda-feira, no cemitério da cidade.

Namoro de infância
O casal namorava há cerca de dez anos – começaram a relação quando Luana ainda tinha 11 anos. Há dois anos, eles foram morar juntos. A jovem no entanto decidiu há dois meses acabar a relação por conta do comportamento agressivo do companheiro. Luanderson passou então a perseguir a ex-namorada, que trabalhava como caixa de supermercado.

“Enquanto estavam juntos, ela tinha esperanças de que ele mudasse de comportamento. Chegou a levá-lo para uma igreja, mas não adiantou. Depois que terminaram, ele começou a vigiar a Luana, e a ameaçava de morte. No dia do crime, ele usou duas facas para matá-la. Ela ainda tentou fugir do ataque, mas não conseguiu. O suspeito ainda deu um chute na vítima após desferir as facadas para que caísse no chão”, acrescenta a delegada. Segundo ela, o suspeito é usuário de drogas.

A irmã de Luana, Wanessa Oliveira, disse que o namoro dos dois sempre foi muito conturbado. “Ele batia muito nela. Quando se casaram, piorou ainda mais. Ela chegava a ficar duas, três semanas fora de casa para fugir das agressões, mas depois voltava. Ela era apaixonada por ele. Ele também a proibia de visitar a família. Minha irmã era muito manipulada por ele”, lamenta.

Luanderson vai ser indiciado por homicídio triplamente qualificado – meio cruel, motivo torpe e impedimento de reação.

Crime
No sábado, a irmã conta que Luana estava com amigas e uma prima na pastelaria quando começou a agressão que culminaria em morte. “Ele chegou de moto perto da minha irmã e perguntou: “não vai conversar comigo não?”. Em seguida, a agrediu. Minha prima reagiu, e ele também bateu nela. Depois disso, disse que iria embora, mas que voltaria com “um presentinho”, diz.

A prima foi procurar a delegacia e as outras garotas, incluindo Luana, começaram a voltar para casa. Na rua da residência, o suspeito apareceu de novo, dessa vez com duas facas. “Todas começaram a gritar por socorro quando ele apareceu. Mas a Luana decidiu conversar com ele. Minha outra irmã tentou impedir, mas ela não acreditava que ele pudesse fazer o que fez. Quando ela se aproximou, desferiu várias facadas contra ela. Uma faca chegou a ficar presa nas costas dela. Foi muita crueldade”.



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