Opinião: Disputa pelo Espaço

banco do povo

Por Marcísio Bahia

Marcísio Bahia é colaborador do Blog do Rodrigo Ferraz
Marcísio Bahia é colaborador do Blog do Rodrigo Ferraz

Todos tem o direito sagrado a lutar pelo pão de cada dia, e deve ser respeitada toda forma honesta de consegui-lo. Entretanto, o que acontece no centro comercial de Vitória da Conquista pela disputa de espaço, principalmente nos calçadões, é assunto para dar muito “pano pra manga”; e se torna arriscado ter uma opinião a respeito desse assunto, sem desagradar qualquer uma das partes envolvidas, numa questão que vem se arrastando por décadas.

O Club de Dirigentes Lojistas e a Prefeitura, principalmente após a posse da nova diretoria do CDL, dialogam para encontrar soluções que dinamizem a revitalização das principais artérias e praças onde se aglomera o maior potencial comercial da cidade. Algumas medidas já foram tomadas pelo Poder Público, mas o que os lojistas conquistenses sonham mesmo é que se acabe, de uma vez por todas, com o comércio “informal” à frente de suas lojas, numa concorrência por espaço e clientela nos locais de maior aglomeração de transeuntes, principalmente nas proximidades do terminal de ônibus da Lauro de Freitas.

Os lojistas sentem-se prejudicados, o senso estético também, mas o que fazer com os camelôs que estão instalados há anos, com suas barracas sendo montadas diariamente? Ordenar e revitalizar todos os espaços com maior circulação da clientela não se dará em um “passe de mágica”, onde um simples estalar de dedos desapareceria com um monte de barracas disformes, liberando uma maior visibilidade das vitrines. O processo é lento mesmo, e não adianta retirar as barracas e colocá-las em locais mais afastados, porque a clientela não iria junto, fazendo com que centenas de famílias percam seu sustento, gerando um problema de enorme gravidade social.

Apesar de reconhecer todas as dificuldades para se encontrar uma solução definitiva para o problema, se é que ela existe, faz-se urgente a implantação de outras medidas que reorganizem a calçada de alamedas, ruas e praças do centro comercial conquistense. Pautadas na legalidade, as medidas deverão corrigir os erros gerados pela omissão passada, a que permitiu que vias públicas centrais da terceira maior cidade baiana virassem uma feira livre.



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