Opinião: ‘Bode’ cai de quatro diante do ‘porco’

Por Ubaldino Figueiredo

DSC_0156

Às vezes levados pela emoção e vontade, não nos atemos às verdades, e notória capacidade dos nossos antagonistas. Digo isso porque, tanto nos negócios e, especialmente nos esportes, a supremacia, em muitos casos, torna-se evidente que não há contestação, por mais argumentos e justificativas que possamos encontrar. No encontro entre o Vitória da Conquista e Palmeiras, válido pela Copa do Brasil, esperava-se que o time conquistense engrossasse, como se diz na gíria esportiva, para o Palmeiras. No primeiro tempo, até que nos pareceu que o Bode poderia sair de campo com um resultado favorável, dada a maneira como jogou nos primeiros dez minutos, mas em uma jogada de velocidade e entrosamento dos atacantes adversário, o árbitro interpretou como falta dentro da área, uma jogada do zagueiro Fernando Belém no atacante do Palmeiras, e a conseqüente marcação de uma penalidade máxima, que cobrada por Cristaldo, deu origem ao primeiro gol da partida.

Na segunda etapa, o treinador do Bode promoveu a estréia, nesta temporada, do jogador Tatu, que oportunista como sempre, marcou o gol de empate do Bode, mas logo em seguida, em um vacilo da boa defesa do time conquistense, houve o gol de desempate, marcado por Allione, obrigando ao time da casa sair em busca do empate. Em uma dessas investidas, pelo lado esquerdo do ataque do Bode, o jogador Arouca, aplicou um carrinho frontal, no lateral Mateus Leone do Bode, recebendo o cartão vermelho, direto (inclusive alegando que dois de oito anos sem expulsão, aconteceu logo nesse jogo).

 

Dizia minha avó: (morre o cavalo para o bem do urubu), mas não para o urubu, e sim, para o porco, uma vez que jogando com menos um, o time paulista cresceu e aproveitando-se do avanço do Bode e, diga-se de passagem, o cansaço de alguns jogadores do time conquistense, imprimiu mais velocidade e, sempre pela esquerda do Bode, conseguiu ampliar o placar, aos 34 minutos com Robinho, num bate cabeça da defesa do Bode, e aos 38 minutos, Dudu selou o marcador, dando números definitivos ao jogo, e garantindo a eliminação de uma segunda partida. Ficou evidente a maior categoria do time paulista, bem como a estratégia do seu treinador, mesmo jogando com um atleta a menos, soube mudar a maneira de atuar do seu time e, conquistar um triunfo de goleada, resultado que lhe interessava. Poucas vezes vi um time jogando com menos um crescer de produção, parecendo que seus jogadores dobraram as forças, garra e determinação. Fica a lição e o aprendizado para todos; futebol só decide dentro de campo e, após o apito final do árbitro. Agora é voltar os olhares para o campeonato estadual. Domingo tem mais uma barreira a ser transposta.



Artigos, Bahia, Esporte, Vitória da Conquista

Comentário(s)