Mochilas escolares: os perigos do sobrepeso e modelos errados para as crianças

iben conquista

mochilas

Uma das preocupações de pais – deveria ser, pelo menos – nesta época do ano é em relação à escolha mochila escolar para os filhos. O Instituto Nacional de Tráumato-Ortopedia (Into), órgão ligado ao Ministério da Saúde, alerta: crianças que carregam mochilas muito pesadas correm o risco de sentir dores nas costas, desenvolver postura incorreta e apresentar desvios na coluna vertebral. Segundo o ortopedista Carlos Eduardo Ferreira, há um limite máximo de peso, além de outras questões que podem fazer com que problemas na criança não apareçam no futuro. “Nós, médicos, preconizamos que no máximo de 10% do peso corporal dessa criança: numa criança de 30 quilos, no máximo três quilos – de peso na mochila; numa criança de 40 quilos, no máximo quatro quilos”, afirmou o especialista.

Ainda de acordo com o ortopedista, é fundamental que o peso seja distribuído, ou seja, não fique apenas em uma região das costas, no caso das mochilas de alças. O ideal, segundo ele, é que os pais optem por aquelas mochilas com duas alças, e não daquelas com uma, apenas. “Com a mochila com apenas uma alça pode ocorrer desvio postural da coluna vertebral. E isso pode evitar escoliose, cifose e hiperlordose que leva a dor, e quando chega à fase adulta com esse peso unilateral vai tornar o problema permanente”, disse Ferreira.

“A criança tem um osso muito cartilaginoso, está crescendo. Com muito peso, ocorre uma deformidade, mas também leva a outras lesões como hérnia de disco e outras lesões que podem incapacitar qualquer pessoa a executar uma atividade futura”, disse o especialista.

Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica, as alças das mochilas ainda devem ser acolchoadas, reguláveis e com largura mínima de quatro centímetros na altura dos ombros. Tiras estreitas podem causar compressão nos ombros e restringir a circulação. É interessante também concentrar os objetos mais pesados no centro da mochila e mais próximos das costas.

Outra solução encontrada por muita gente são as mochilas com rodinhas e puxadores. A escolha é correta, segundo o ortopedista Carlos Eduardo Ferreira, porém não deve haver uma carga excessiva de peso. “Ela (a criança) roda o tronco para puxar mochila, e outra coisa: nem sempre as escolas têm plantas baixas. Então, deve-se tomar cuidado com obstáculos, rampas e tudo que possa surgir no caminho”, completa Ferreira.

Para saber se a criança está com problemas na coluna é preciso que os pais observem a postura de seu filho: “Primeiro, observar sempre a postura da criança”. E essa criança vai queixar de dores, então é um indicativo. “Se os pais observarem um desvio da coluna, o ideal é procurar um especialista”.



Educação, Saúde, Vitória da Conquista

Comentário(s)