Olhar sobre a serra do Piripiri, por Ruy Medeiros

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Por Ruy Medeiros (Para Valter Rocha, que ama e conhece a serra)

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 O nome é tupi, embora a terra tenha sido Kamakã-Mongoyó: Piripiri significa junco. Na região há alguns juncos: Tabúa, taquara, taquarinha, criciúma. Piripiri é como se fosse muito junco, juncal, ou muita taquara, taquaral. Em língua tupi a repetição do substantivo dá-lhe o significado de aumentativo, multiplicação, maior frequência. Uma extensão de piri é piripiri. A palavra piripiri foi incorporada à língua portuguesa com os dois significados: o de junco, taquara, tabúa ou o de brejo. Em alguns lugares persiste apenas o significado de brejo com vegetação de um dos tipos de junco ( tabúa, principalmente), para a palavra piripiri. Ocorreu, assim, u’a  metonímia ( no sentido diacrônico, como o termo é aplicado para indicar mudança de significado da palavra pela semântica histórica) (1).

Em nossa região há vários sítios com o nome de piripiri. O sítio da cidade de Planalto chamava-se Piripiri Grande; há o Piripirizinho ou Piripiri Pequeno na encosta noroeste da serra do Piripiri; há outro Piripiri em Iguá, e outros mais. Enfim, há muitos sítios que derivaram seu nome de um piripiri, isto é, de um brejo, com tabúa geralmente.

A serra do Piripiri é, no dizer de Alfredo José Porto Domingues, um monadnock alongado, que é remanescente ( “testemunho”) de uma superfície mais antiga (2). É que todo o planalto da Conquista representa uma superfície de erosão e seus monadnocks  “testemunham” de certa forma como era a superfície anterior (3).

A vegetação ora é simplesmente uma vegetação rasteira (gramas, Sianinha, Palito-de-doutor, musgos, etc), ora de pequeno porte (Cambui,  Araça-mirim, Azedinha, etc), arbustiva, ou composta de espécies presentes em Mata-de-Cipó ou em  “Carrasco”.  A parte de Mata de Cipó ou a de carrasco é vegetação decídua ou parcialmente decídua. A principal formação está no  “Poço Escuro”, próximo da  crista da serra, nascente do rio Verruga até parte do vale. Aí está a vegetação de maior porte da serra.


Artigos, Cultura, Vitória da Conquista

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Região Sudoeste: História da onça que devorou um homem divide opiniões

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O relato de que um homem teria sido devorado por uma onça parda (suçuarana) na cidade de Macaúbas, a 345 km de Vitória da Conquista, tem dividido a população local. Alguns afirmam que é verdade, mas a maioria diz que não passa de uma invenção. Tudo começou quando um homem da zona rural disse ter matado uma onça que estava devorando uma pessoa na região conhecida pro Canatiba. O suposto caçador afirmou que matou a onça após vê-la comendo um homem. Entretanto, o tal matador de onça diz que não quer ter o seu nome revelado para não responder por crime ambiental. Por outro lado, nenhum familiar reclamou oficialmente o desaparecimento da tal vítima e restos de um corpo não foram encontrados na região. Nas serras da região não é incomum encontrar suçuaranas, porém, ela raramente ataca o homem e tem tanto medo de cães que sobe em árvores para escapar deles quando acuada. Fonte: Blitz Conquista


Polícia, Vitória da Conquista

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Luís Fernandes: O homem que contava a história de Vitória da Conquista

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Foi com muito pesar que divulgamos em primeira mão neste sábado (04) o falecimento do historiador conquistense Luís Fernandes.

Luís era uma pessoa que conhecida profundamente a história da capital do Sudoeste baiano.

Na reportagem que exibimos abaixo, da TV Sudoeste, Luís é um dos entrevistados e fala sobre uma das principais figuras políticas de Conquista; Padre Palmeira.

Assista a reportagem abaixo:


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TV Sudoeste comemora 25 anos! Confira entrevista com Judson Almeida, apresentador do Bahia Meio Dia

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A TV Sudoeste, afiliada da Rede Bahia em Conquista e região, comemorou ontem (terça-feira) 25 anos de existência. Para celebrar a data, o Blog do Rodrigo Ferraz reproduz abaixo uma entrevista do comunicador Wilson Novaes, do Blog Jequié Repórter, com o jornalista Judson Almeida, apresentador do Bahia Meio Dia e natural de Jequié.

Assista: 


Bahia, Sudoeste, Vídeos, Vitória da Conquista

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Conquista: Com história duvidosa, homem diz que sofreu tentativa de assalto; polícia diz que bandidos tentaram matá-lo

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Uma quarta-feira de cinzas (18) movimentada nas delegacias de Vitória da Conquista. O destaque fica para uma história, segundo a polícia, ‘duvidosa’ de um homem que informou à corporação que sofreu tentativa de assalto.

Confira as ocorrências policiais das últimas 24 horas com o repórter da Rádio Clube FM, Léo Santos.

Ouça o plantão:


Polícia, Vitória da Conquista

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Pedral por Ruy Medeiros

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Por Ruy Medeiros

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José Fernandes Pedral Sampaio que, ontem, 16.09.2014, faleceu aos 89 anos de idade, é natural de Vitória da Conquista. Filho de Sifredo Pedral Sampaio e Maria Fernandes Pedral Sampaio, neto do Coronel Gugé (que marcou a República Velha em Conquista), José Pedral formou-se engenheiro civil pela Escola Politécnica (Bahia), na turma de 11 de novembro de 1949. Foi casado com Maria Lícia e, enviuvando-se, contraiu matrimônio com sua cunhada, Maria Zilda, que deixa viúva. José Pedral não teve filhos biológicos, mas o tem afetivo na pessoa de Paulo, médico, seu sobrinho de quem cuidou desde criança.

Pedral prestou serviços públicos na área do SESP e, depois, na condição de engenheiro civil, do Departamento Nacional de Estradas e Rodagem. Mas o que mais marcou sua vida (apesar de orgulhar-se de seu desempenho na profissão, especialmente como engenheiro do DNER, hoje DNIT), foi sua vocação política. Desde cedo, foi atraído pelas lides político-partidárias, pois militou politicamente entre os jovens universitários de seu tempo.

Em Vitória da Conquista, participou de campanhas eleitorais memoráveis. Candidato a Prefeito Municipal em 1958, acenando idéias novas para a administração, perdeu eleições para Gerson Gusmão Sales, que já havia sido Prefeito. Nas eleições de 1962 para Prefeito, consegue vitória urna a urna. No entanto, a brutalidade do Golpe Militar de 01 de abril de 1964 cassou-lhe o mandato e suspendeu-lhe os direitos políticos por dez anos. Apesar disso, continuou referência para seus correligionários e outros, que foram organizando institucionalmente a luta contra o regime militar, em Vitória da Conquista.


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Pedral Sampaio: 89 anos; conheça a história do maior líder político de Conquista do século XX

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Taberna da História

O relacionamento político dominado por interesses apenas particulares e familiares entra em crise. Em 1962, uma coalizão de partidos, com a presença de personalidades situadas tanto da esquerda do processo, em sentido sociológico, quanto do centro e até mesmo da direita, despoja do mando administrativo local um núcleo familiar exclusivista. José Fernandes Pedral Sampaio era o novo líder emergente dessa coalizão.

Pedral em revista à então Guarda Municipal, meses antes de ser preso em 1964

Líder político por mais de 20 anos, era neto do coronel José Fernandes de Oliveira, o poderoso Coronel Gugé, também líder político por quase 20 anos. Nasceu na residência desse coronel, situada na “Praça Barão do Rio Branco”, no dia 12 de setembro de 1925, sendo seu parteiro o médico Régis Pacheco, que futuramente seria seu padrinho político.

Filho do engenheiro Sifredo Pedral Sampaio e de Dona Maria Fernandes Pedral Sampaio, foi ele diplomado engenheiro civil no dia 11 de novembro de 1949 pela Escola Politécnica da Universidade da Bahia. Depois de formado entrou para o SESP, na década de 50. Ao deixar o SESP fixou-se em Vitória da Conquista a partir de 1954, com escritório de engenharia na Empresa “Construtora Prumo”. Como engenheiro deixou suas marcas no Colégio Sacramentinas, no Clube Social Conquista etc.

Casou-se em primeiras núpcias com a professora Maria Lícia, filha de João Francisco Moura Costa, da alta sociedade de Ilhéus, no dia 1º de setembro de 1959 e, viuvando-se, contraiu segundo casamento com sua cunhada, professora Zilda Moura Costa.

Lançou-se na política em 1958, quando perdeu as eleições de prefeito para o líder político da época: Gerson Sales. Teve uma expressiva votação neste pleito e se credenciou como uma alternativa para a oposição nas próximas eleições. Aquelas eleições culminavam um processo de divergências acentuadas entre grupos. Já em 1954, não fora fácil ao grupo de Gerson Sales viabilizar a eleição de Edvaldo Flores. Contra este se insurgiu mesmo uma parcela do PSD, que resolvera apoiar a candidatura de Nilton Gonçalves, candidato com discurso populista. Foi a campanha do “Tostão contra o Milhão”, que tanto marcou a década de 50 em Vitória da Conquista. O “Tostão” era Nilton Gonçalves e o “Milhão” era Edvaldo Flores. Deu “Milhão”.


Cultura, Política, Vitória da Conquista

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A Produção Literária de Mozart Tanajura

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945191_1374866896078375_1116541425_nHá dez anos (24 de maio) nos despedimos saudosamente do prof. Mozart Tanajura. Compartilho com os leitores um texto de minha autoria sobre a produção literária deste notável escritor e, ao longo da semana, algumas poesias e artigos.

A Produção Literária de Mozart Tanajura

Por Mozart Tanajura Júnior (filho do escritor Mozart Tanajura e atual presidente da Academia Conquistense de Letras)

A produção literária e historiográfica do professor Mozart Tanajura é muito vasta, incluindo poesias, contos, crônicas, ensaios e artigos. Muitos destes escritos, sejam literários ou históricos, foram publicados em coletâneas, cadernos literários, revistas e em jornais. Contudo, é interessante frisar que parte considerável de sua preciosa obra permanece ainda inédita. Dentre estas obras citam-se: “Almanaque de Província, além da História” (em colaboração com o escritor Carlos Jehovah), “Breve História da Literatura Conquistense”, “O Arcaísmo na Zona Rural”; além de ter organizado as obras completas de Camilo de Jesus Lima. Há ainda a obra “Memorial da Prefeitura: paço municipal, quartel e cadeia” que será brevemente publicada.

Desde cedo, Mozart Tanajura dedicou-se à leitura das grandes obras da literatura brasileira e universal, tornando-se um profundo conhecedor das letras e impulsionando-o à construção literária. Segundo consta em sua cronologia da vida e obra, o escritor publicou a sua primeira poesia – nos moldes da poética moderna – por volta do ano de 1962, no jornal “O Lampião”, em Livramento de Nossa Senhora, sua terra natal. A partir daí, Mozart Tanajura, residindo em Vitória da Conquista (1965), passa a colaborar com os jornais locais da época, escrevendo crônicas, ensaios literários e poesias. Logo depois, dedica-se também à escrita de artigos históricos, deixando-nos uma valiosa colaboração histórico-cultural.


Artigos, Cultura, Vitória da Conquista

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Se o dever é de contar, muito mais é de agradecer…

Por Joseval Andrade

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No final do ano passado, encontrei uma amiga, Fabiana, que se assustou ao ver o tamanho da minha barriga. Ela colocou a mão no meu ombro e disse:

– Gatão eu sei quem vai tirar esta sua barriga, e sem cirurgia!

Combinamos o horário e fomos até a Clínica de Estética Ivna Rocha. Ao sairmos de lá, eu, tonto e desorientado, não conseguia assimilar e muito menos acreditar nas palavras da Drª Ivna Rocha. Resumindo, foi mais ou menos isso que ela disse

– Sua barriga está comprimindo os órgãos internos. Fígado, baço, rins, coração e inclusive o pulmão. As consequências podem levá-lo a problemas respiratórios e cardíacos, se é que você já não os tem!, podendo, inclusive, trazer complicações para o sistema circulatório.

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Artigos, Saúde, Vitória da Conquista

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Estudantes de cinema da Uesb produzem documentário sobre a história da TV Sudoeste

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Alunos do 3º semestre do curso de Cinema da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), campus de Vitória da Conquista, estão produzindo um documentário sobre a história da TV Sudoeste.

O produto mostra a trajetória da emissora. O trabalho faz parte da disciplina História da TV no Brasil, ministrada pelo professor Glauber Lacerda.

O objetivo da iniciativa é mostrar a importância da TV para a região. Participaram da produção do documentário os estudantes Gabriel José, Lara Torres, Carlos de Jesus, Priscila Ivo, Anderson Cleiton,Valquíria  Santos e Samylis Araújo.


Cultura, Educação, Vitória da Conquista

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Carnaval de Conquista surgiu em 1927

Por Luís Fernandes – Taberna da História

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Antes de 1927 o Carnaval com os cordões, blocos, pranchas, batucadas e alegorias não era conhecido em Vitória da Conquista, conforme relato de Aníbal Lopes Viana em sua “Revista Histórica de Conquista” (vol. 2, p. 516). Consistia em blocos de cavaleiros, montados, mascarados ou não, em cavalos esquipadores, com as selas enfeitadas, numa disputa para conquistar o primeiro lugar como bom cavaleiro.

Havia a brincadeira do “Entrudo”, que consistia em molhar uma pessoa com água perfumada, alguns colocavam até mesmo tinta na água. Com o decorrer do tempo veio a moda das “laranjinhas”, que eram feitas com parafina ou espermacete derretido, usando-se uma forma de madeira. A laranjinha tinham a forma de uma pequena laranja colorida e que se enchia de água perfumada e era atirada em uma pessoa conhecida durante o tríduo do “Entrudo”. Quando uma moça molhava um rapaz com uma laranjinha era um começo de namoro.

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Com o advento do lança-perfume as laranjinhas ficaram fora de moda, sendo substituídas pelo lança-perfume e confetes. Era assim o Carnaval conquistense até a segunda década do século XX. Nesse tempo não havia clubes sociais. Os bailes carnavalescos eram realizados em casas particulares de pessoas amigas, que tinham grandes salas e as vezes nos dois salões do antigo “Paço Municipal”. Os bailes do cordão “Desculpe o Mau Geito” foram realizados nos salões das residências dos senhores Manoel de Andrade Silva e Agrário Silveira, senhores da elite social que deram apoio aos promotores do primeiro carnaval de Conquista.


Cultura, Vitória da Conquista

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Ruy Medeiros escreve: Igreja de Nossa Senhora da Saúde e Glória (Vila de São Felipe, Tremedal)

Por Ruy Medeiros

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O templo dedicado a Nossa Senhora da Saúde e Glória, localizado na sede da Vila de São Felipe, foi completamente restaurado, mantidas as características originais, e reintegre à comunidade no dia de sábado (10.01.2014) com procissão, missa solene oficiada pelo padre Gabriel Fantinati, prestação de contas do dinheiro arrecado para o restauro, e fala de Doutor Ubirajara Brito, filho daquela localidade do município de Tremedal, que enfatizou a importância do prédio para a preservação da memória e para a história.

Trata-se da segunda grande obra de intervenção conservacionista de referido templo, pois em 1948 o Sr. Belizário Ferraz de Oliveira (Zazai), com seus próprios recursos, consertou aquele prédio religioso, onde se encontram sepultados seus pais.

A comissão que coordenou os trabalhos de coleta de recursos, por diversos meios, trabalhou com afinco e muito zelo. Tendo conseguido cerca de 287.000.00, fez o que pouquíssimos conseguiriam fazer com os recursos arrecadados.


Artigos, Cultura, Sudoeste, Vitória da Conquista

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Morre Eusébio, o maior nome da história do futebol português

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O mundo do futebol está de luto. Faleceu na madrugada deste domingo, em Lisboa, o ex-atacante Eusébio, considerado o maior jogador da história do Benfica e de Portugal de todos os tempos. Aos 71 anos, o Pantera Negra, que sofrera um AVC em 2012 na Polônia, teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. Seu corpo será velado no Estádio da Luz, casa do Benfica e palco da próxima final da Liga dos Campeões, onde há uma estátua do ídolo luso.

Nascido em 25 de janeiro de 1942, Eusébio da Silva Ferreira iniciou sua carreira futebolística no Sporting Lourenço Marques, na segunda metade dos anos 1950. O moçambicano chegou a Portugal no fim de 1960, contratado pelos Benfica, onde se tornou o maior artilheiro da história do clube (638 gols) e sua principal referência durante as 15 temporadas em que defendeu a equipe lisboeta.


Esporte, Internacional

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Por onde anda Pena? O conquistense ex-atacante do Palmeiras e Porto

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2ª Confraternização de Posturas e Polícia Civil no BANEB em Vitó 120

Quem não se lembra de Pena? O atacante conquistense  passou pelo Palmeiras, mas que se destacou mesmo do outro lado do Oceano Atlântico, mais precisamente no Porto, de Portugal.

Renivaldo Pereira de Jesus, ou simplesmente Pena, o atleta já atuou no modesto Madre de Deus, caçula do Campeonato Baiano e atual campeão da segunda divisão estadual. Criado em 22 de janeiro de 2002, o Madre de Deus Sport Clube surgiu para o cenário do futebol em maio de 2008, quando se profissionalizou e adquiriu condições de disputar uma competição oficial, pois, antes disputava somente torneios amadores.

Pena foi revelado no Serrano, clube baiano onde começou sua saga em 1993. Depois disso, o jogador atuou pelo Vitória da Conquista-BA, Rio Branco, Paraguaçuense, Ceará, Grasshopers Zurich-SUI até chegar ao Palmeiras. No clube paulista, Pena conquistou dois títulos, quando levantou a taça da Copa dos Campeões e do Torneio-Rio São Paulo, ambos em 2000.


Esporte, Vitória da Conquista

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