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Por Mozart Tanajura Júnior

Mestrando em Letras e torcedor do Vitória da Conquista

 Tarde de domingo! Um brilho intenso na cidade dos poetas. O Cristo do alto da Serra do Periperi envia suas bênçãos copiosas ao coração de nossa terra. Onde estará teu coração neste domingo, Conquista? Fui percorrendo lugares e perfazendo itinerários em busca do local exato onde se encontraria o coração de nossa terra. Por um instante contemplei-o a distância. Sim, lá estava ele, também caminheiro, percorrendo toda a cidade. O coração de nossa terra não fica parado, está onde o povo está. Num impulso pueril, corri atrás dele e quase consegui alcançá-lo, não fosse a movimentação intensa de veículos e transeuntes que passavam agitados num corre-corre frenético pelas vias da linda “Capital do Sudoeste”. Fui então por outro caminho e eis que me deparei com o coração de nossa gente. Sentei-me ao seu lado e, numa conversa até inusitada, perguntei o que o havia tocado ultimamente. Assim, balbuciou-me aos ouvidos: a alegria do povo de nossa terra!

Num ímpeto de curiosidade, perguntei-lhe novamente algo: O que há de belo em nossa cidade, além das belezas naturais que o poeta Bruno Bacelar tão bem descreveu? Ele, num leve tom de entusiasmo, levantou-se e convidou-me a percorrer o caminho de seu destino nesta tarde de domingo. Andamos juntos e surpreendentemente chegamos ao local onde o povo estava: Estádio Lomanto Júnior. Como estava belo aquele estádio. A natureza exuberante transfigurava-se toda de verde aos nossos olhos. O Lomanto Júnior mesclado de verde de seus belos eucaliptos e do verde que vinha das arquibancadas; verdes e mais verdes, era intenso o cenário! Não me contive, emocionei-me e, do alto, percebi quão vibrante estava o coração de nossa cidade que, disfarçadamente, deslocou-se das arquibancadas para o campo de jogo. Sim, o coração de nossa cidade parecia que estava todo dentro de campo. Bola dividida! Lance de gol!

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