Grito de alerta: Uma das coisas mais bacanas que tenho aprendido na militância do feminismo popular é que acreditar numa coisa e se apropriar dela, toma-la para si e em todos os lugares de sua vida, requer cuidado e comprometimento. Responsabilidade sabe como é que é? Não adianta fazer apenas análise de conjuntura, questionamentos ou até mesmo apontar as possíveis soluções. Quando nos apropriamos de determinada questão se faz urgente ocuparmos as instâncias e os espaços de fala e de disputa.
Digo isso não só em relação ao feminismo, mas a absolutamente todas as coisas acionadas na nossa existência, no nosso cotidiano que se incorporam como elementos no que viemos a chamar de identidade. A cultura, por exemplo, é uma delas. Digo, a cultura, na minha vida, é uma bandeira de produção, consumo e luta. E olha que posso afirmar com certa precisão que não só na minha. Trabalhar com jornalismo cultural me permite transitar aqui e ali, conversar, dialogar, debater, trocar conhecimento, aprender, praticar e ouvir inúmeros discursos apaixonados de produtores e artistas culturais locais.
Grande parte desses mesmos produtores e artistas tem movimentado a cidade de Vitória da Conquista. Nós, consumidores, não podemos nos queixar da qualidade de produtos culturais que temos consumido nos últimos tempos. Espetáculos conceituadíssimos no Teatro Municipal Carlos Jehovah, festas com um forte apelo popular voltada para o público lgbt, comunicação (textual, visual e cinematográfica) bem pensada, ocupação de lugares com uma proposta estética muito bacana como o Café Society e o Canto do Sabiá, festivais na Concha Acústica do Centro de Cultura, enfim, uma profusão de opções para todos os gostos e para todos os bolsos tem se descortinado nas noites conquistenses.
Por Gilmar Dantas – Especial para o Blog do Rodrigo Ferraz
Quase cinquenta eventos neste final de semana. Conquista bomba! Nossa agenda sempre tem novidades e desta vez a inauguração da semana fica por conta do MP Ranch. Confira a agenda da semana:
Dia 25/02 – quinta
Evento: Som da Mata
Atrações: Fernando Bernardino
Local:Cervejaria Mata Branca – Rua Oscar Silva, 07 – Candeias
Horário: 19h
Classificação: ★★★
Evento: Show ao vivo
Atrações: Uillian Vasconcellos
Local: Viniew Espetos – Av Olívia Flores – Candeias
Horário: 20h
Classificação: ★★
Evento: Show ao vivo
Atrações: Isack Lima e Andréa Christian
Local: Lyndhus Bar – Av Serrinha – Bairro Brasil
Horário: 20h
Classificação: ★
Evento: Show ao vivo
Atrações: Dalto Camargo
Local: Lila’s Bar – Av Guanambi, Bairro Brasil
Horário: 20h
Classificação: ★
Evento: Show ao vivo
Atrações: Diglett Joes
Local: Boca de Forno – Av Ivo Freire Aguiar, 526
Horário: 20h
Classificação: ★★
Evento: Show ao vivo
Atrações: Jam Session
Local: Café Society -Rua João Abuchidid, 276 A – Candeias
Horário: 21h
Classificação: ★★★
Evento: Clube da Viola
Atrações: Isack Lima & Chris Honoratto
Local: Fuso Horário – Av dos Expedicionários, 616
Horário: 23h
Classificação: ★
Dia 26/02 – sexta
Evento: Som da Mata
Atrações: Chorinho
Local:Cervejaria Mata Branca – Rua Oscar Silva, 07 – Candeias
Horário: 19h
Classificação: ★★
Evento: Praça Musical
Atrações: Adriano Souza
Local: Shopping Conquista Sul
Horário: 19:30h
Classificação: ★
Evento: Expofeira MP Ranch
Atrações: Cacau com Leite, Bruno Magalhães, Fulor do Cangaço
Local: MP Ranch – BA 263, KM 10
Horário: 20h
Classificação: ★★★★
Evento: Show ao vivo
Atrações: Caetano Bomfim
Local: Lila’s Bar – Av Guanambi, Bairro Brasil
Horário: 20h
Classificação: ★
Evento: Show ao vivo
Atrações: Adriano Souza
Local: Conveniência Bar – Av Itabuna, Bairro Ibirapuera
Horário: 21h
Classificação: ★
Evento: Feliz aniversário, Mr. Cash – Tributo a Johnny Cash
Atrações: The Outsiders
Local: Café Society -Rua João Abuchidid, 276 A – Candeias
Horário: 21h
Classificação: ★★★
Evento: Show ao vivo
Atrações: Finalizador
Local: Copacabana Beer – Av Frei Bejamim – Bairro Brasil
Um dos momentos mais marcantes do The Voice Kids Brasil neste domingo não foi a voz especial de uma criança não, foi a confusão que a pequena Larissa Carvalho de 11 anos, que após ser escolhida por Ivete Sangalo, ao agradecer a técnica, chamou ela de Claudinha: “Obrigada, Claudinha”.
Numa visível situação de desconforto para todos, os técnicos imediatamente interviram e tentaram transformar a situação constrangedora em um momento de descontração. Mesmo aparentemente desconfortável, Ivete não deixou a peteca cair e disse que ainda assim estava valendo e que tudo não passava de um nervosismo da criança, completou os outros jurados. Confira no vídeo abaixo o momento do mico.
Para quem ainda não se inscreveu no Projeto Capacita ainda há tempo, pois até o dia 28 de janeiro serão realizados cursos nas áreas de Decoração, Marketing, Empreendedorismo, Finanças, Empregabilidade e Saúde. Ao todo são 23 cursos sendo oferecidos pela Faculdade Maurício de Nassau e desde o dia 18 de janeiro estão sendo realizados. Segundo o diretor acadêmico, Ernandes Rodrigues, a Faculdade Mauricio de Nassau entende que ela tem um papel social importante não só na formação do cidadão por ser aluno da faculdade, mas principalmente por devolver para sociedade esse conhecimento que é construído aqui dentro: “O principal objetivo é dar a sociedade um conhecimento, uma informação rápida e especifica para sua rotina diária e seu cotidiano”, complementa. As inscrições poderão ser feitas na secretaria do curso com apenas 1Kg (um quilo) de alimento não perecível. As aulas serão aplicadas na própria Instituição localizada na Av. Otávio Santos, n 158, Centro. Telefone para contato: 77 3429 6450. Confira a lista dos cursos e seus respectivos ministrantes:
Curso
Data
Ministrante
Sou empreendedor, mas ninguém sabe, o que faço?
25.01.2016
Profa. Gilza Marques
Cores: harmonizando os ambientes
25.01.2016
Profa. Thaísa Inforçatti Carelli
Impermeabilização x Problemas de infiltração em casa
25.01.2016
Profa. Larissa Santos
Finanças Pessoais em época de crise
25.01.2016
Prof. Romarco Coelho
Marketing em época de crise
26.01.2016
Profa. Gilza Marques
Decoração verde
26.01.2016
Profa. Regina Célia Inforçatti
O bem estar do indivíduo para melhor desempenho no ambiente de trabalho
Entre os dias 18 e 29 de janeiro serão oferecidos 23 cursos de capacitação para os alunos da Faculdade Maurício de Nassau e para a comunidade. O projeto, intitulado Capacita é fruto de ações de responsabilidade social, compromisso que o Grupo Ser Educacional vem construindo ao longo dos anos em suas unidades, que visa contribuir com a sociedade oferecendo capacitação gratuita aos interessados.
Segundo o Diretor Acadêmico da Faculdade, Ernandes Rodrigues, a Faculdade Mauricio de Nassau entende que ela tem um papel social importante não só na formação do cidadão por ser aluno da faculdade, mas principalmente devolver para sociedade esse conhecimento que é construído aqui dentro: “O principal objetivo é dar a sociedade um conhecimento, uma informação rápida e especifica para sua rotina diária e seu cotidiano”, complementa.
Na unidade de Vitória da Conquista serão abordados assuntos nas áreas de Administração, Psicologia, Saúde, Comportamento Pessoal, Decoração, Engenharia e Línguas com 23 cursos, ministrados entre os dias duração. As inscrições poderão ser feitas na secretaria do curso com apenas 1Kg (um quilo) de alimento não perecível. As aulas serão aplicadas na própria Instituição localizada na Av. Otávio Santos, n 158, Centro. Telefone para contato: 77 3429 6450.
Confira a lista dos cursos e seus respectivos ministrantes:
Queridos, tudo certo por aí? Como é que foi o dia? Malharam? Se alimentaram direitinho? Ficaram de bobeira em casa? Ou foram para o bar tomar aquela gelada? Me contem, me contem que eu quero saber de tudo e mais um pouco. O verão de vocês está sendo cheio de surpresas? Pintou aquela paixão derradeira por alguma sereia encantada? Ou a paixão foi por um surfista prateado? E os sorrisos faceiros, já ofertaram para o universo? Sobre a lista de livros para ler nesse mês não vou nem perguntar, porque tenho certeza de que ela já está em andamento. É ou não é?
Em relação aos filmes a mesma coisa. Proponho, inclusive, que façamos uma subversão: ao invés de irmos ao cinema assistir aos blockbusters, porque não fazemos uma imersão cinematográfica por diretores consagrados? Pode ser Almodóvar, Woddy Allen, Tarantino, Kubrick, o que vocês quiserem. Vamos ver aqui em casa? Aliás, tenho uma ideia ainda melhor: O que vocês acham de agendarmos umas tardes lá no Teatro Carlos Jehovah e assistirmos todo mundo junto e misturado? A entrada pode ser um quilo de alimento e, posteriormente, a gente doa todos eles para alguma instituição de caridade daqui da cidade. Se todo mundo topar, já podemos fazer uma primeira sessão semana que vem, o que acham?
E me digam, o que mais que podemos fazer para apimentar esse verão gostoso nas nossas terras do sertão? Alguém sugere algo? Eu sim! Lembrei aqui agora que alguns dos nossos artistas estão se movimentando como quê só para o nosso deleite cultural. Oxe, vocês não ficaram sabendo de nada? Então prepara, senta essa bundinha na cadeira, que agora é o momento da fofoca cremosa:
– Um passarinho verde me contou que quem está a mil, cheia de planos e ideias é a nossa poderosíssima Luiza Audaz. Ao que tudo indica, ela está se movimentando, conversando aqui e ali e já pensou em dois projetos musicais ainda para esse primeiro semestre. Não posso falar muita coisa, mas sei que tem músicos de qualidade envolvidos: Kayque Donato, Eric Lopo e o dj Rodrigo Freire. Em 2015 Luiza lançou seu ep Menino Blue e realizou algumas boas apresentações sempre com um repertório mesclando a questão autoral com bossa nova e mpb. Acredito que agora mais uma vertente musical será incorporada ao seu som: a música eletrônica. Já pensou no que vai dar? FA-TAL!
– Tem mais. Outra cantora, poetisa, comunicóloga e agora mestranda que anda cheia de planos é Larissa Caldeira. Primeiramente vale dar aqui um parabéns mais que especial pela aprovação no mestrado de Comunicação e Cultura Contemporânea na UFBA. Larissa vai estudar Tom Zé, aliás, me deixe explicar melhor. O seu tema de mestrado é Estudando o Samba e seus horizontes estéticos e o Pagode “segrega mulher” na opereta social crítica de Tom Zé. De pirar o cabeção, né? Certamente que sim. Mas imagine aí o que esse estudo não irá acrescentar em conteúdo para a sua obra musical? Um monte de coisas, agora, inclusive, inimagináveis. Mas não é só isso não. Seu projeto intitulado Rádio Canção, que assistimos e nos deliciamos ano passado, será levado para Praia do Forte ainda nesse verão. Já no fim desse mês de janeiro, Larissa preparou um show só com marchinhas de carnaval e vai leva-lo para Jequié. Mais especificamente no dia 30. Ela vai dividir o palco com ninguém mais ninguém menos que Armandinho Macedo, o nosso gênio da guitarra baiana. É de anotar na agendinha e já preparar essa viagem, não é não?
-Outro projeto que Larissa vem encabeçando é em parceria com o músico Mateus Soares e o preciosíssimo Fillipe Sampaio. Intitulado Geometria, a ideia tem como objetivo propor uma mistura antropofágica sonora. Fillipe compõe as letras e Larissa e Mateus ficam encarregados da música. Se tudo der certo, ainda nesse mês eles pretendem gravar um demo e lançar tudo na web para o nosso glorioso prazer. E olha, eu já ouvi duas músicas aí e posso dizer que é de ajoelhar e agradecer ao universo por um som tão gostoso assim. Vamos ficar na espreita?
Por Gilmar Dantas – Especial para o Blog do Rodrigo Ferraz
Encerrando os Top 10 de 2015, trazemos um apanhado com as melhores músicas lançadas por artistas conquistenses (ou radicados em Conquista) no ano. São dez faixas que representam bem o que é nossa cena musical.
10º lugar – Gloria – Old Stove
Música que integra o álbum #1 da Old Stove. Stoner rock puro.
Música produzida por Davi Brandão que integra o EP Menino Blue e que já vem sendo interpretada por outros artistas da cidade, como Filipe Sampaio e Vanessa Oliveira.
Não tem jeito, tudo que Achiles Neto lançar certamente estará na ponta de qualquer lista, seja com trabalho solo ou integrando o duo CAIM, tamanha a sua eficiência e qualidade.
O público já conhecia dos shows, mas só no finalzinho do ano que o CAIM lançou mais um clássico, mostrando o porquê de ser a maior revelação da cidade nos últimos anos.
O clima ameno e a proximidade com o norte de Minas Gerais talvez tenham contribuído para que, na noite de sábado, 19, a primeira da 19ª edição do Natal da Cidade, Vitória da Conquista tenha vivido uma espécie de revival do Clube da Esquina, o revolucionário movimento musical surgido em terras mineiras, que se desdobrou em dois LP’s antológicos nos anos 70.
Assim, fica fácil entender o que levou o médico Marcelo Silva e a estudante de Direito Larissa Fujimoto a viajarem mais de 1.700 quilômetros, de Londrina-PR, onde moram, até Vitória da Conquista. O objetivo da viagem foi comparecer à primeira noite do Natal da Cidade, que teve, entre as atrações convidadas, artistas mineiros da melhor estirpe: Nelson Angelo e a banda 14 Bis – o primeiro, um dos participantes do Clube da Esquina; a segunda, uma herdeira diretamente influenciada pelo movimento.
E, para que a viagem do casal fosse perfeita, faltou apenas a presença de Beto Guedes, que, por problemas de saúde, não pôde viajar a Vitória da Conquista para se apresentar no Natal da Cidade. Mas esteve presente por meio da homenagem feita pelo 14 Bis, cantando O sal da terra, uma composição de Guedes.
‘Qualidade artística’ – “Lá no sul, nós temos uma visão muito estigmatizada do estado da Bahia. A gente pensa que é só axé music. E, na verdade, o que chamou a nossa atenção, e que fez nós nos deslocarmos para a cidade, para conhecer, foi justamente a repercussão que deu a respeito do evento sobre o Natal. Viemos por conta dos shows e da qualidade artística e cultural, que chamou a nossa atenção”, explicou Silva.
Larissa conta que os dois souberam do evento por meio das redes sociais. “Nós somos fãs do 14 Bis e do Beto Guedes, estamos sempre acompanhando a agenda. Quando a gente descobriu que teria o show, a gente passou a acompanhar pelo Facebook da Prefeitura de Vitória da Conquista. Todo dia estava tendo notificações, e a gente estava bem ansioso para ver o show”, contou a estudante.
Um policial militar do Rio Grande do Sul matou a tiros a namorada e cometeu suicídio em seguida. O crime aconteceu na manhã desta sexta-feira (18) em uma estrada que liga as cidades gaúchas de Alvorada e Viamão.
Segundo informações da Polícia Civil, no momento do crime, Ederson Dala Barba Bastos, 25 anos, e Evellyn Nunes Farias voltavam de uma festa.
A Brigada Militar foi acionada por moradores da região. Quando chegaram ao local, os policiais viram Ederson arrastando o corpo da namorada para dentro do carro.
De acordo com o jornal Extra, os policiais ainda tentaram negociar uma rendição com o homem, que não cedeu e atirou contra a própria cabeça.
A delegada Larissa Fajardo, trabalha com a hipótese de crime passional. “Pessoas que vivem próximas ao local do crime relataram que ouviram muitos gritos de socorro da moça. Ela estava bastante machucada no braço direito, que teria sido quebrado. Possivelmente houve agressão física antes do incidente”, disse Larissa. Os policiais apreenderam duas armas, munição e pertences das vítimas.
Hoje o papo aqui é reto e a mensagem unilateral: Queridos, sejamos coerentes! Sejamos coerentes porque já somos egocêntricos, prepotentes, vaidosos, orgulhosos, egoístas e julgadores. Somos sim. No fundo no fundo a gente bem sabe que na vida tudo possui dois pesos e duas medidas e que isso varia quando as ações ou os discursos febris são praticados por “nós” ou por “eles”. Sejamos coerentes para assumir os nossos erros e as nossas limitações. Sejamos coerentes e saibamos aceitar as críticas e os questionamentos alheios sem acreditarmos na falsa ilusão de que eles, as criticas e os questionamentos alheios, ocorrem pela mais pura e profunda inveja. Sejamos coerentes com o alinhamento do que falamos e fazemos por aí, porque nada, nadinha mesmo passa despercebido, e tem um mundo inteiro que está observando os nossos passos, pronto para nos dar uma rasteira pela nossa hipocrisia cotidiana. Sejamos coerentes e tenhamos muito cuidado para não virarmos opressores, censuradores. Sejamos coerentes e saibamos admitir e respeitar o posicionamento do outro, ainda que ele contradiga o nosso. Sejamos coerentes e honestos para com o nosso trabalho. Os nossos relacionamentos. As nossas amizades. A nossa vida em sociedade. Sejamos coerentes porque estamos passando por uma ruptura, uma quebra de valores, uma nova imposição moral, um entrave ético e politico, um abismo cultural, enfim, estamos num momento delicadissimo em diversas instancias individuais e coletivas. E sendo assim, o mínimo que podemos ser é coerentes. Existe em nós a utopia de mudar as coisas? De uma sociedade mais justa e igualitária? Talvez o passo inicial para a sua construção se dê pela palavra coerência!
Eu quero velhos panos, cores mil, porque pra cima de “moi” só confecções:
A notícia aqui é das boas. Começa amanhã, terça feira, quinze de dezembro de 2015, a programação cultural da Praça Nove Novembro. E quem inicia a jornada é ninguém mais ninguém menos que a linda da Lys Alexandrina. Não sabe quem é ela? Calma aí que eu te situo: Lys é cantora, daquelas que parece passarinho de voz linda que tem. Lys também compõe a Marcha Mundial das Mulheres de Vitória da Conquista, ou seja, é mulher forte, empoderada, que sabe das coisas e tem desejo de mudança. Além disso, ela é baiana, brasileira e se vê como tal. Seu show amanhã fará uma releitura da obra dos Novos Baianos. Intitulado Tinindo, Trincando, a apresentação contará com outros músicos envolvidos, dentre eles Euri Meira, Ronaldo Costa, Jéssica Oliveira e Kayque Donato. Só a galera da pesada, de responsa e de muita qualidade, diga aí? Vai ser a partir das 17 horas e, o melhor, é gratuito. O clima na cidade já vai estar mais fresco e, nessa onda de fim de ano, todo mundo quer se reunir para bater papo, ouvir musica boa e ser feliz. Pela lei natural dos encontros, meio que não existe desculpa para não ir. Eu já sou figurinha garantida na frente do palco. Você também? Vamos cantar em uníssono Brasil Pandeiro? E Acabou Chorare? Sim?! Que maravilha então. Amanhã todos lá, vestidos de lunetas.
Literato Cantabile:
Agora não se fala mais
Toda palavra
Guarda uma cilada
E qualquer gesto pode ser o fim
Do seu início
Agora não se fala nada
E tudo é transparente em cada forma
Qualquer palavra é um gesto
E em minha orla
Os pássaros de sempre cantam assim,
Do precipício:
A guerra acabou
Quem perdeu agradeça
A quem ganhou.
Não se fala. Não é permitido.
Mudar de ideia. É proibido.
Não se permite nunca mais olhares
Tensões de cismas crises e outros tempos
Está vetado qualquer movimento
Do corpo ou onde quer que alhures.
Toda palavra envolve o precipício
E os literatos foram todos para o hospício
E não se sabe nunca mais do mim. Agora o nunca.
Agora não se fala nada, sim. Fim. A guerra
Acabou
E quem perdeu agradeça a quem ganhou
(Torquato Neto. 21-10-1971)
Amante da algazarra:
Ah, se tem uma coisa que existe em cidade pequena é um tal de disse-me-disse, um buchicho para lá, uma fofoca para cá, não é não?! E nesse leva e traz diário, fiquei sabendo que você, vocêzinho mesmo, adora um produto cultural debochado e inteligente. É, você admira o trabalho da turma do desbunde que dá risada na cara do perigo através de críticas pontuais engendradas no riso e na criatividade que eu sei. Ficou com vergonha por que joguei seu segredo na roda? Não imagina como eu descobri? Bom, só lhe digo que você não sabe da missa um terço. Mas digo mais: eu também adoro essa galera que mistura perspicácia e sordidez em seus trabalhos. Um deles é o lindo e maravilhoso do Zéu Britto. Você também adora, né? Então, a notícia cremosa é que nessa quinta e sexta-feira, dias 17 e 18 de dezembro, ele se apresentará aqui na nossa cidade. Seu show, intitulado Tobogã, promete agregar antigos e novos sucessos da sua carreira como cantor e vai acontecer no bar Costinhas Prime, a partir das 21 horas. Olha, dá pra reunir a galera e comprar a mesa, num valor de cem reais. Mas se você preferir ir sozinho, também não tem problema. O ingresso individual fica a 25 reais. Quer garantir logo o seu? Então corre, que ele já está sendo vendido na loja Hey Joe, que fica na rua Alziro Prates, bem em frente ao Nakaya. Quinta e sexta, nos vemos lá?
Na madrugada iremos pra casa cantando:
Olha fofetes, essa semana não tá mole não. Na terça tem Lys Alexandrina, na quinta e na sexta Zéu Britto e no sábado, sabe o que vai rolar? Cultura em dose dupla. Sábado será dia de irmos novamente à Praça Nove de Novembro, conferir de perto duas apresentações maravilindas que ocorrerão por lá. A primeira é de Larissa Caldeira com o seu Rádio Canção, às 15 horas. Através desse show, Larissa busca rememorar a época de ouro do rádio, onde grandes artistas como Emilinha Borba, Noel Rosa, Dorival Caymmi, Carmem Miranda e assim por diante se consagraram. Já a segunda apresentação, tem uma pegada mais rock n roll. Será da banda Dost, a partir das 17 horas. Os meninos mandam muito bem no que fazem e tem um repertório vasto que compreende desde músicas autorais até novas roupagens para antigos e clássicos sucessos do rock. Os dois shows serão gratuitos e preciosos, porque trazem em si um pouco da qualidade dos nossos artistas locais. Para quem gosta e consome cultura conquistense, certamente que não dá para ficar de fora.
Pessoal Intransferível:
Escute, meu chapa: um poeta não se faz com versos. É o risco, é estar sempre a perigo sem medo, é inventar o perigo e estar sempre recriando dificuldades pelo menos maiores, é destruir a linguagem e explodir com ela. Nada no bolo e nas mãos. Sabendo: perigoso, divino, maravilhoso.
Poetar é simples, como dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena etc. difícil é não correr com os versos debaixo do braço. Difícil é não cortar o cabelo quando a barra pesa. Difícil, pra quem não é poeta, é não trair a sua poesia, que, pensando bem, não é nada, se você está sempre pronto a temer tudo; menos o ridículo de declamar versinhos sorridentes. E sair por aí, ainda por cima sorridentes mestre de cerimônias, “herdeiro” da poesia dos que levaram a coisa até o fim e continuam levando, graças a Deus.
E fique sabendo: quem não se arrisca não pode berrar. Citação: leve um homem e um boi ao matadouro. O que berrar mais na hora do perigo é o homem, nem que seja o boi. Adeusão.
A Praça Nove de Novembro talvez seja uma das principais de Vitória da Conquista. Ela fica localizada bem no centro da cidade e aglomera em seu entorno diversas lojas comerciais com seus mais variados produtos. Nela também estão concentradas algumas opções gastronômicas como espetinho de carne, frango e calabresa, pastel frito na hora, cachorro quente e acarajé. É também lá que os hippies da cidade expõem sua arte, seja em brinco, seja em colar, seja em flor. As pessoas transitam pela praça o tempo inteiro. Apesar de conter alguns bancos, na Nove de Novembro os encontros ocorrem de maneira frívola e ligeira, com transeuntes apressados, sempre atrasados para os seus inimagináveis compromissos.
Todo fim de ano, a praça recebe uma série de programações especiais. Tem Papai Noel e sua casinha, tem sorteio de carro, moto e outros brindes pela CDL, tem espaço de saúde e prevenção, enfim, quando chega dezembro e seus festejos, a praça é ocupada por uma gama de iniciativas e produtos culturais. Para mim, o mais importante deles é o concurso Por Isso É Que Eu Canto, promovido pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista.
Esse ano foi a décima primeira edição do evento que contou com 45 participantes, 17 finalistas e três vencedores: Bruno Leone, Gabriela Maia e Chico Ramalho. Diferente dos anteriores, o Por Isso É Que Eu Canto desse ano tomou um novo formato: foi tipo um intensivão. Ele aconteceu todinho em uma só semana. Ou seja, o concurso começou na segunda-feira , 07 de dezembro, e terminou na sexta feira, 11 de dezembro. Não sei se foi algo proposital, pensado anteriormente pela Secretaria de Cultura, ou se por falta de tempo nas programações natalinas, mas o fato é que a jornada foi exaustiva. Exaustiva para os artistas que mal tiveram tempo de respirar e se preparar para a semi final e a final. Exaustiva para o júri que teve que processar muito rápido todas as informações, acredito que pouco parando para pensar sobre os participantes. Exaustiva para o público que se deslocou até lá cinco dias seguidos e teve que ficar em pé para assistir às apresentações.
Agora é o momento exato em que criticas acerca do concurso entram no texto: O público ultrapassa o número de cadeiras disponibilizadas pela organização e, por vezes, fica espremido aqui e ali para tentar assistir os competidores em palco. Tudo bem, não é todo mundo que vai para se sentar. Uma das coisas maravilhosas que espaços como esse proporcionam é o encontro e muita gente vai apenas por e para ele. Contudo, de qualquer maneira, seria bacana se a produção repensasse a estrutura física do concurso e pudesse amplia-la e oferecer mais conforto aos frequentadores.
Outro ponto horroroso é o atraso. Poxa, anunciam que o Por Isso É Que Eu Canto vai começar às 18 horas, certo? Certo! Aí você chega lá nesse horário e o som ainda está sendo montado. Dá 18:30h e neca de pitibiribas. O céu escurece, a praça vai lotando e nada de começar. Você fica em pé, transitando aqui e ali, esperando, esperando, esperando ad infinitum. É só a partir das 19 horas (na final foi a partir das 19h45min) que as coisas começam a acontecer. E nessa de “as coisas começam a acontecer” o que também acontece é o estresse, a impaciência e aquela sensação de inconformismo, sabe? Pelo menos eu enquanto público me sinto assim em ter que esperar mais de uma hora pelo início de determinado produto cultural.
E por fim, o problema mais grave, o piorzinho de todos: NÃO HÁ BANHEIRO NA PRAÇA. Creia nisso! Não há banheiro na praça normalmente e durante o Por Isso É Que Eu Canto muito menos. Agora eu pergunto: como é que num evento como esse, que deve reunir em torno de 150 a 200 pessoas por noite não disponibiliza banheiro para o público? Sabe qual é o resultado disso? É, o resultado é um cheiro de mijo insuportável nas esquinas da Nove de Novembro. Porque se tem uma coisa que ninguém é obrigado é a segurar xixi e, na falta de um lugar propício, o pessoal (e não me tiro fora dessa) vai com tudo atrás dos carros, nos postes, no passeio público. Se expõem, se arriscam, agem da maneira mais mal educada possível, é verdade, mas a produção, em partes não é também responsável por isso?
Coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz:
Veja bem, meu bem: Se tem um tipo de literatura extremamente profunda e reflexiva, são as fábulas infantis. Ao contrário de outros gêneros da ficção, as fábulas apresentam ideologias e valores através de uma escrita sutil, sempre se utilizando de elementos como a magia e o poder da crença. É a maneira mais forte e inteligente de prender o público alvo em questão.
Dentro desse universo mágico, existem duas histórias muito bonitas e extremamente impactantes. A primeira é a de Peter Pan, o menino que nunca crescia e vivia suas mais diversas aventuras na Terra do Nunca. Peter é um personagem que apareceu pela primeira vez numa peça de teatro do dramaturgo J. M. Barrie, em 1911. Isso aconteceu em Londres e foi um sucesso total. Posteriormente, rolaram varias adaptações para o cinema mundial.
Já a segunda fábula é conhecida como A História Sem Fim, do escritor alemão Michal Ende. O livro foi publicado pela primeira vez em 1979 e, na década de 1980, ganhou duas adaptações para o cinema (A História Sem Fim 1 e 2). Colocando aqui uma sinopse bem ligeira, a obra narra a história de Bastian, um menino que rouba um livro de uma pequena livraria e começa a lê-lo. E, ao assim fazê-lo, Bastian descobre que o livro está vivo e precisa dele para salvar o reino de Fantasia e a Imperatriz Menina. A partir daí ele entra na história e vive as mais diversas aventuras ao lado de Atreyu e Fuchur, um dragão branco gigante (para quem assistiu aos filmes, ele parece mais um cachorro voador).
Resolvi falar dessas duas histórias porque ambas possuem em comum um valor muito interessante de ser praticado nessa nossa atual conjuntura política e cultural: a crença. Em Peter Pan, toda vez que alguém diz que fadas não existem, uma fada morre. Em A História Sem Fim, pela falta do habito da leitura e, com isso, da descrença na fé e na imaginação, o Nada vai consumindo toda Fantasia e suas terras, até que tudo se acabe no vazio. Ora bolas, apesar desse conceito estar impresso em obras de ficção, ele pode ser visto como um reflexo desses nossos dias, não pode não?
Ao que tudo indica, o poder público municipal de Vitória da Conquista, parece não ter muita crença na nossa cultura local. Sim, você pode me dizer que ele oferece algumas coisas como o concurso Por Isso É Que Eu Canto (que por sinal começa hoje), o Natal da Cidade, o Festival Da Juventude e o Forró Pé de Serra do Periperi. Mas, tirando esses eventos vitrine, e que objetivam muito mais a presença de grupos (bandas, cantores, artistas em geral) nacionais do que muncipais, nada mais há. Aqui não acontece muito estímulo para a produção de cultura local. Porque olha, sem uma política de editais que contemplem os mais diversos eixos culturais, sem um apoio financeiro aos grupos de teatro, dança, música e cinema e sem a estrutura necessária para a apresentação dos mesmos, fica complicado, fica difícil e, por vezes, até inviável pensar e apresentar ao público qualquer produção que não seja nessas datas específicas dos grandes eventos da cidade. Será que é a ameaça do Nada que anda devastando as nossas terras do sertão? Será que, assim como em Fantasia, o vazio vai tomar conta?
Outro setor que parece já não ter mais fé nem imaginação, tampouco crença, é o da nossa esquerda conquistense. Digo isso porque a militância esquerdista é muito precisa: lutamos contra o patriarcado, o machismo, a homofobia, o racismo e assim por diante. Lutamos pela democracia e abolimos qualquer tentativa de retrocesso aos direitos do cidadão, seja a partir da aprovação de novas leis que ferem diretamente a vida das pessoas, seja através de tentativas de golpes. E assim sendo, sendo assim, eu torno a repetir, meu amor: ai ai ai.
Há pouco mais de duas semanas o Coletivo Orgasmaravalha foi impedido de realizar uma festa numa loja maçônica da cidade por homofobia dos proprietários. Na quarta feira passada, dia dois de dezembro, o deputado federal Eduardo Cunha aprovou o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Diversos veículos de comunicação relataram que isso ocorreu porque o PT anunciou votar contra Cunha, dando continuidade ao processo de cassação do deputado, a partir do Conselho de Ética. Esses dois episódios ferem diretamente os ideais de esquerda. Aqui na cidade temos um bando de organizações políticas de esquerda. Mas cadê elas para se posicionarem sobre esses dois episódios? E olha, eu não estou nem pedindo o famoso beijaço* na porta da maçonaria, muito menos manifestação nas ruas. Uma operação lambe lambe*, uma notinha de repúdio para viralizar nas redes sociais já seria alguma coisa. Já seria uma forma de dizer “oi, estamos presentes e vamos berrar a favor do que acreditamos”. Mas nada disso, absolutamente nada disso foi feito. A esquerda deixou de acreditar? O Nada também vem engolindo seus ideais? Será que o fato de nada estar sendo feito as fadas (que aqui são as ideologias) estão morrendo, assim como na Terra do Nunca?
Onde as fadas sobrevivem e a Fantasia é fértil:
Bom, a notícia boa é que existe sempre outro lado das coisas e é fundamental que possamos enxerga-lo também. Esse outro lado, muito bonito, vem se consolidando aqui na cidade muitas vezes por força de uma atitude pessoal. Quem voa e canta que nem passarinho, e transforma em real suas mais diversas ideias que provém da sua imaginação é o fotografo Sabiá. Semana passada, por exemplo, mais especificamente na quinta feira (03) ele propôs uma noite de degustação de um típico produto regional de altíssima qualidade: a cachaça. Na verdade foram três, a Cravinho do Sertão, Adeus às Pernas e Motor de Arranque. Cada uma com suas especificidades e sabores exóticos. Para completar, ele ainda convidou a cantora Jeh Oliveira para fazer um som maneiríssimo. Achou pouco? Ainda tem mais: Em determinado momento da noite, Sabiá e seu amigo e convidado especial, Landro , subiram ao palco e nos deram uma aula sobre como fazer, como guardar, como misturar os ingredientes e como beber cachaça. Foi uma noite embriagante e cheia de aprendizados.
Quem também tem fé e crença e pratica seus sonhos é Rafael Flores e Ana Paula Marques. Nesse fim de semana eles promoveram o Festival Gambiarra de Música Brasileira. A proposta era de realizar um festival independente só com artistas autorais. E foi bem o que rolou. No sábado, 05, Luiza Audaz, Dost, Grão Bordô e Tabuleiro Musiquim passaram por lá e ofertaram muita música de qualidade ao público.
O segundo dia do festival seria ontem, domingo, 6 de dezembro, contudo, devido a chuva, ele foi transferido para o próximo domingo, 13 de dezembro. Isso é de uma importância extrema para a cultura de Vitória da Conquista porque mostra que existem pessoas preocupadas com ela e a fim de remexer, misturar, sacolejar, produzir e apresentar novos formatos e novas ideias.
Politicamente falando, também há quem se movimente. Após o término da Primeira Escola de Formação Feminista Maria Rogaciana, as meninas do núcleo da Marcha Mundial das Mulheres continuaram com todo o gás. Semana passada teve reunião e, dela, diversas demandas para serem construídas e apresentadas na cidade. Rolou oficina de fanzine, confecção de varal-denuncia e até oficina do Teatro do Oprimido. Nesse sábado, algumas representantes da Marcha compareceram ao colégio Adélia Teixeira para um debate sobre o parto humanizado. Iguais a rapadura, as meninas aqui são doces, mas não são moles não. Tudo indica que essa semana haverá mais algumas intervenções em pontos da cidade a fim de sensibilizar as pessoas quanto aos ideais feministas e suas batalhas. São mulheres fortes, empoderadas e cheias de certezas de si mesmas. O trabalho que elas vêm realizando em Vitória da Conquista é fértil e preciso. Certamente que é muito por elas que “as fadas” continuam a existir.
E tem muito mais. Temos guerreiros e guerreiras que lutam diariamente contra o Nada, a fim de entrar em confronto com o vazio e sair da batalha vitoriosos. Temos André Cairo, Euri Meira, a produção da Xcania, Ítalo Silva, Larissa Caldeira, Marlua, Trio Curimã, Rodrigo Freire, George Neri, Maieh Sousa, Luiza Audaz, Fillipe Sampaio, Saulo Silva. Temos Maria Eduarda Carvalho, Eleuza Câmara, Dani Libarino, Igor Barros, banda Crua, Dona Iracema, Dost, Pedro Ivo, Gilmar Dantas, Complexo Ragga. Temos Gilsergio Botelho, Rudival Maturano, Alexandre Xandó, Guilherme Ribeiro, Joice Caires, Bruno Leituga, Arisson Sena, Esmon Primo, Otávio Henrique, Rodrigo Ferraz, Paulo Mascena, Vinicius Gil, Jeanne Marrie, Rogério Luiz, Alberto Marlon e vários outros que “no centro da própria engrenagem inventam a contra-mola que resiste”.
Na História Sem Fim, Bastian nos mostra que o grande segredo de manter as coisas vivas, que o poder de cura está na imaginação e, portanto, é preciso exercita-la, estimula-la para que, através dela, novas percepções, novas ideias possam brotar. Em Peter Pan, o menino que nunca cresce nos ensina do poder que é acreditar em nossos sonhos e em nós mesmos. E, uma vez crendo, é possível voar, é possível transformar tudo ao nosso redor e preencher o vazio, o nada, com ideais, sensações, provocações, questionamentos e valores imprescindíveis para a existência humana. Que os protagonistas e que os consumidores da cultura e da política de Vitória da Conquista possam, cada vez mais, desejar, imaginar, crer no poder de transformação que esses dois aparelhos proporcionam. Que essas mesmas pessoas possam, acima de tudo, lutar por isso, ocupar, revolucionar, trazer a responsabilidade para si, a fim de que o Nada não passe a vigorar nessas nossas terras do sertão. Eu, Mariana Kaoos, acredito em fadas!
Uma escola localizada no bairro de Jardim Vergueiro, na capital de São Paulo, foi bastante criticada após enviar um comunicado aos pais pedindo que as alunas fossem para a apresentação de Natal com os cabelos lisos soltos, para fazer com que o evento “ficasse ainda mais bonito”.
Para mostrar como deveria ser o penteado, foi usada uma foto da atriz mirim Larissa Manoela, famosa por papéis em novelas infantis como ‘Carrossel’, no SBT. Na trama, a personagem Maria Joaquina xingava constantemente o colega de classe Cirilo (Jean Paulo Campos), que era negro, pobre e apaixonado pela menina.
Críticas
Algumas pessoas ligadas a alunos da escola, a Associação Cedro do Líbano de Proteção à Infância, divulgaram o comunicado na internet. A imagem foi publicada também pela página Levante Negro, onde chegou a quase 15 mil compartilhamentos.
Os internautas ficaram revoltados com o pedido e acusaram a escola de racismo, afirmando que ela estaria ainda destruindo a autoestima de meninas com cabelos cacheados ou crespos. “Só um detalhe irônico, ainda usaram a Maria Joaquina como modelo, personagem que, se eu me lembro bem, é racista”, disse o internauta Diego Vince.
“Esse ‘padrão’ é exatamente o que vai fazer muitas meninas se sentirem mal por não conseguirem puxar o cabelo da forma que a professora PRECONCEITUOSA E INTELECTUALMENTE ATRASADA quer”, disse outra usuária. “Sério que tem gente defendendo isso e achando que fazer chapinha na criança é uma solução?”, reclamou Fábio Marques.
Por Gilmar Dantas – Especial para o Blog do Rodrigo Ferraz
Desta vez, mais de quarenta eventos compõem a programação cultural de Vitória da Conquista, com destaque para as festas X-Cania #2 e Aviões Privilege.Confira a agenda da semana:
Dia 19/11 – quinta
Evento: Tudo Acaba em Blues
Atrações: Ronaldo Costa, Fabio Sharel e Marlua
Local: Cervejaria Mata Branca – Rua Oscar Silva, 07 – Candeias
Horário: 19h
Classificação: ★★
Evento: Novembro Negro – Cine Diversidade
Atrações: filme “Relatos Selvajes”, com comentário de Afonso Silvestre
Sabe o que tá na hora de acabar? Essa espetacularização das tragédias e essa discussão, vazia e infundada, sobre qual é a pior ou por qual vale a pena se mobilizar. Brigar em redes sociais, se revoltar pela manifestação livre de cada um acerca dos últimos acontecimentos não vai, mas não vai mesmo alterar em absolutamente nada todo o estrago feito até agora.
Temos dezenas de mortos em Paris por um ataque terrorista e temos um ecossistema ameaçado no Brasil. Porque quem morreu no meio disso tudo foi a natureza e foram os seres humanos. Tiveram jogos de poder, manipulação, interferência da mídia (o quarto poder que nos rege mundialmente), dados, fatos não revelados. Tiveram cidades, empresas, governos, nações e países envolvidos, dos pés à cabeça, nas duas tragédias. E sabe o que a nossa revolta nas redes sociais significa diante disso tudo? Absolutamente nada. É engraçado como, em meio a duas tragédias extremamente dolorosas queremos ser os protagonistas do momento através de um discurso aparentemente preocupado, mas profundamente egocêntrico.
É para se consternar, não é? É. E é também para sentir, aliás, é também para imaginar como as vítimas das duas situações estão se sentindo nesse instante. Porque se a gente sair um pouco das redes sociais e realmente, no duro, de verdade mesmo, tentar imaginar como essas vítimas estão se sentindo, aí a gente vai perceber o quão somos pequenos diante da complexidade da situação e o quanto de nada vai adiantar a nossa fala, o nosso sofativismo.
Então assim, vamos parar de brigar uns com os outros e começar a pensar em maneiras de contribuir para solucionar, ou ao menos, ajudar os envolvidos nas tragédias? Bom, em relação aos ataques de Paris é um pouco mais difícil e eu não sei de que maneira poderíamos intervir. No entanto, já tá rolando uma campanha aqui em Vitória da Conquista para ajudar as vítimas em Minas Gerais. A meta é conseguir enviar mil galões de água para lá. Mais precisamente a Governador Valadares que já decretou estado de calamidade pública por falta de água potável.
E aí, menos brigas em redes sociais e mais galões de água? O que acham da ideia? Sim? Então maravilha. Se você quiser mais informações de como contribuir, pode ligar para esse número aqui: (77) 99961-1420. Se você já entendeu tudo e quer doar, esses são os lugares que estão recolhendo os galões de água: Casa do Computador (pracinha do Gil), Igreja B. Getsêmani (centro), Comunidade Cristã (Av. Campo Grande) e Igreja Agape (Presidente Vargas). A palavra do momento é SOLIDARIEDADE!
Chego e constato: Teatro não se explica, teatro é ato:
E para alegria dos amantes das artes cênicas, uma novidade: Essa semana vai rolar peça (e das boas) aqui na cidade. Mais precisamente na terça e quarta feira dessa semana, dias 17 e 18 de novembro de 2015. Em plena primavera.
Inspirada na trajetória profissional do nosso querido dramaturgo Roberto de Abreu, a peça se intitula Klaxon Em Flor: Ser Tal e Qual, Somente Ser e tem como principal objetivo levar ao público uma reflexão existencialista sobre quem somos, o que é e qual o papel do artista e da arte na nossa atual sociedade. O elenco que compõe a peça é de peso: Cristiano Martins de Macedo, Gabriela Pereira de Souza, Gisleide Souza, João Félix e Talita ST e os ingressos já estão à venda, num precinho camarada e popular. Sabe quanto? Apenas dez reais a inteira e cinco reais a meia.
Klaxon em Flor será exibida nos dois dias às 19 horas, lá no Teatro Carlos Jehovah. Bom, não preciso nem dizer aqui o porquê devemos ir e ocupar e reconhecer e aplaudir uma peça da região que homenageia um nome cultural importantíssimo também da região, ou preciso? Como você, caro leitor, é esperto, acredito que já tenha matado a charada sobre o fazer reverberar o que é nosso. Então, amanhã e depois, nos vemos lá, cheios de orgulho e curiosidade.
Amar e mudar as coisas me interessa mais:
Que Belchior é um grande compositor e interprete do nosso universo musical popular a gente já sabe. E que ele merece ser homenageado, repaginado e cantado através de outros artistas também. Então, já tendo constatado esses dois pontos, passemos ao terceiro. Nessa quinta feira deliciosa de primavera, dia 19 de novembro, vai rolar o Hotel Mambembe em Belchior Elétrico.
A ideia foi do músico Eurí Meira que, no último dia 28 de outubro, apresentou pela primeira vez ao público conquistense esse show, lá no bar Aquarius. Como a empreitada foi um sucesso (já era de se esperar) e, como muita gente não pode ir, ela ocorrerá novamente agora. Lá no nosso Teatro Municipal Carlos Jehovah, a partir das 19 horas e 30 minutos. Eu sei que você vai sorrir quando eu falar o valor dos ingressos, então sorria desde já: a inteira é dez e a meia é cinco. Isso mesmo! Com um precinho desses e com a qualidade do projeto, não tem nem como não ir. Além de Euri, Ítalo Silva, Eric Lopo, Kayque Donato e Saulo Silva estarão presentes, lindos e viscerais, tocando Belchior a mil por hora. Então, vamos nessa?
Aonde me levar a minha voz eu vou:
E a programação para essa quinta-feira não para. Quem também se apresentará no próximo 19 de novembro, é a cantora Larissa Caldeira. Acompanhada dos músicos Igor Barros, Rafael Gomes e Davi Brandão, Larissa montou um repertório vasto e bacana, ou, como já se sabe através das redes sociais, um repertório de A a Rock n Roll. Não dá para ficar de fora, neh? Pois é, não dá mesmo. O show será no Café Society, a partir das 21 horas (dá para sair de Belchior Elétrico e ir correndo para lá). A entrada, ou melhor, o couvert artístico estará num valor de oito reais e cinquenta centavos. Não acompanhei os ensaios, mas, sem sombra de duvidas, tenho certeza de que será uma apresentação daquelas de deixar a gente babando, extasiados pelo instante preciso. E digo isso porque a qualidade dos músicos envolvidos é enorme. Sendo assim, assim sendo, essa quinta é dia de não ficar parado. Correr aqui e ali, se movimentar, consumir cultura das boas. E ai, eu, vocês nós dois, todos juntos no Café?
O assovio que faz chover:
Se a programação para a quinta feira é das melhores, o que dizer da de sexta? Porque olha, nós somos abençoados de residir numa terra tão fértil, musicalmente falando. Aqui os nossos artistas tem iniciativa própria e vão atrás, pensam, produzem, sentem, vivem, respiram cultura e, o que é o melhor, oferecem ela pra gente, amantes apaixonados pelo que é bom. E, nos entendendo como amantes apaixonados pelo que é bom, é obvio que iremos prestigiar o show Canta Dois.
Se você não sabe o que é isso, calma que te explico: Canta Dois é o mais novo projeto de Evandro Correia e Marlua Sousa. É isso mesmo, Brasil. Pai e filha, ambos com qualidade sonora inigualáveis, se apresentando juntos. Agora, dia 20 de novembro. Lá, no Teatro Carlos Jehovah. No horário delícia das vinte horas. O show terá como convidado especial o músico Nelson Angelo, parceiro e amigo de Evandro.
O valor dos ingressos ainda não foram divulgados (pelo menos não nas redes sociais), mas a gente já sabe que será algo acessível a todos nós e que ele é só um detalhe. Porque, ainda que o show custasse um milhão de reais, valeria apena irmos por se tratar de Evandro e de Marlua. Nessa sexta, Canta Dois e cantamos todos nós?
500 graus de puro fogo santo e poder:
Olha, se tem uma festa que anda dando o que falar nas noites conquistenses é a X-cania. Eu sou meio suspeita para dizer alguma coisa, porque adoro festa de pista, com djs tocando músicas genuinamente brasileira, e inclusive já quero mais. E pelo visto não só eu. O evento, no facebook, já conta com um número bacana de pessoas confirmadas e as publicações não param.
Não param e provavelmente não vão parar até a noite dessa sexta-feira, 20 de novembro. Digo até sexta porque é nela que vai rolar a segunda edição da festa. Intitulada X-cania Apresenta: Pepeca em Chamas, o evento será no mesmo bat local, Ice Drink, no mesmo bat horário, às 20 horas.
A novidade para essa edição é o dialogo dos djs residentes, com novos nomes do cenário musical conquistense. Quem abre a noite da X-cania será Monick Ferraz, uma das produtoras do My Anaconda Dont (gravem esse nome que, em breve, ele dará muito o que falar). Na sequência, Paulinha Chernobyl entra com um set muito rico em ritmos latinos. Logo depois dela, é a vez de Lola Sem Sulfato, personagem, aliás, o lado feminino do artista André Ottero. Fechando a noite, o duelo dos djs residentes, Pedro e Bino, não poderia faltar, tampouco o set bombástico de @garotaclínica, nome artístico de Maria Eduarda Carvalho que, além de dj, é também a designer gráfica da festa.
Uma jovem estudante que estava desaparecida há quase duas semanas foi achada morta em Extrema (MG) na noite da terça-feira (3). A polícia acredita que Larissa Gonçalves de Souza, 21 anos, foi morta a mando de um comerciante que estaria envolvido com o namorado da jovem.
A participação do namorado no crime ainda é investigada. A morte de Larissa foi encomendada por R$ 1 mil e motivada por ciúmes que o comerciante José Roberto Freire, de 35 anos, sentia da estudante, afirma a polícia.
O corpo da jovem foi achado na Serra do Lopo, ponto turístico da cidade, jogado de uma ribanceira de cerca de 30 metros. Um caseiro de um sítio próximo encontrou o corpo já em estado de decomposição depois de sentir um cheiro muito forte vindo do local.
A Polícia Civil acredita que Larissa foi morta com requintes de crueldade. “Ela estava com o corpo amarrado. Os punhos estavam amarrados aos tornozelos com fios elétricos. Pelos sinais, tudo indica que ela foi amarrada em vida. A cabeça foi toda envolta com uma fita adesiva e o corpo foi encontrado dentro de uma sacola de transporte. Ela apresentava várias manchas roxas pelo corpo, tinha fraturas na mandíbula em dois locais e também fratura no osso do pescoço, o que sinaliza que pode ter havido um estrangulamento”, contou ao G1 a legista Tatiana de Matos.