Fotos: Adusb
Do Blog do Rodrigo Ferraz
O governo do presidente, Michel Temer (PMDB), já conseguiu aprovar em dezembro do ano passado a contenção dos investimentos em saúde e educação por 20 anos com a PEC 241/55, e na última quarta-feira, dia 22 março, aprovou no Congresso Nacional com um projeto de lei de 1998, do então presidente Fernando Henrique Cardoso, o trabalho terceirizado para qualquer tipo de atividade. A próxima reforma na pauta do governo é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, que propõe a alteração do regime de aposentadorias e benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Desde que foi enviada ao Congresso, no final de 2016, a Reforma da Previdência tem provocado manifestações pelo Brasil, inclusive em Vitória da Conquista, e a última delas, dia 15 de março, levou milhares de pessoas às ruas contra a reformulação proposta, demonstrando que não será fácil desmontar a previdência pública.
Em meio aos argumentos contrários e favoráveis à PEC 287, surgiram na internet e também nas demais mídias (rádio, TV, jornal) informações verdadeiras, exageradas e mentirosas. Para esclarecer algumas das muitas dúvidas, Marcos Tavares, professor do Curso de Economia da UESB e pesquisador do Núcleo de Estudos sobre Trabalho, Política e Sociedade NETPS/UESB, é o convidado do blog Rodrigo Ferraz.
Para Tavares, essa reforma representa “uma ruptura com o pacto social consagrado na Constituição Federal de 1988 (CF 1988)” e que tem por objetivo beneficiar o sistema financeiro e prejudicar os trabalhadores e as trabalhadoras. Quanto ao possível recuo do governo Federal, ao retirar os servidores estaduais e municipais da proposta, ele é enfático: “Não passa de uma manobra! Não muda nada, ou quase nada! O governo quer dividir os trabalhadores”.
O Brasil precisa mesmo fazer uma Reforma da Previdência?
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