Por Elen Vila Nova
Peço licença aqui, ao amigo leitor desta coluna, para publicar um texto essencialmente pessoal. Espero, contudo, que possa servir de reflexão para tantas pessoas que, assim como eu, tenham – ou ainda têm – testemunhado o sofrimento cada vez mais comum de pacientes afetados por doenças que degeneram o corpo, a memória, a consciência e a percepção do próprio ser e do mundo.
Esta semana a família Vila Nova se despediu de uma de suas figuras mais importantes e sustentadoras do nosso equilíbrio e força.
A perda física foi esta semana, mas a perda lenta e gradativa da presença desta figura em nossas vidas diárias já havia começado há muitos anos.
Obrigada, tia Cira. Obrigada por ter sido e ainda ser nossa Cira. Meu amor, e minha despedida: Era uma mulher forte. Daquelas que intitulamos matriarca. Na
ausência da nossa matriarca- mor, vó Lola, era ela quem ditava as normas, as ordens, as maneiras. Causava respeito, talvez até medo.