Exemplo para Conquista? Cavalos de fralda fazem sucesso em cidade brasileira

novo horizonte

Há algo de novo no ar em Paquetá no Rio de Janeiro. É o cheiro, muito mais agradável. Desde o dia 1º de janeiro de 2017, uma lei determina o uso obrigatório de uma fralda muito mais que tamanho GG, o chamado fraldão, em todos os cavalos que puxam charretes na Ilha, que fica na Baía de Guanabara, no Rio.

Além de encantar turistas, o meio de transporte é usado pelos moradores como táxi (é proibida a circulação de carros ou qualquer veículo com motor em Paquetá). E a quantidade de fezes produzidas pelos animais chega a 250 quilos por dia.

Agora as charretes precisam ser equipadas com arreios que se prendem na parte traseira e no rabo dos cavalos, onde ficam pendurados cestos que servem de vaso sanitário.

A medida deverá ser adotada em Vitória da Conquista nos próximos meses

“Os charreteiros só podem trabalhar se os cavalos estiverem usando os fraldões. Se for flagrado sem, fica parado”, explica Fernando Feliz da Silva, chefe de controle de dados da administração regional de Paquetá. “Antes, os locais nobres da ilha ficavam sempre sujos quando eles faziam o roteiro turístico”, acrescenta.

A cada duas vezes que os animais defecam, o fraldão é esvaziado num dos quatro contêineres espalhados pela Ilha. “A gente ainda está se adaptando, mas vai funcionar ainda melhor. Antes, as pessoas desciam da barca já fechando o nariz. Para melhorar ainda mais, a gente vai usar um desinfetante para amenizar o forte odor acumulado nos cestos”, explica Jorge Rosas, presidente da Associação dos Charreteiros de Paquetá.

Quando um contêiner fica cheio, os resíduos são levados, de barca, para o Rio, onde são encaminhados a um aterro sanitário.

Animais reclamam da fralda

O uso do fraldão não é original de Paquetá. Em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, as charretes que circulam em torno do Museu Imperial já usam o acessório.

O objetivo, além de contribuir para a limpeza da cidade, é atrair mais turistas, que junto com garis e moradores, agradecem.

Quem não gostou muito da novidade foram os cavalos. “O bicho ainda reclama. A gente tenta esvaziar sempre a fralda para não ficar muito pesado para eles. Mas com o tempo, podemos adequar o modelo, quem sabe um menor, que incomode menos”, planeja José Batista de Oliveira, charreteiro há 27 anos na ilha.



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