Coluna- Opinião: A eleição de Trump e as mudanças no mundo

Por *Vilmar Rocha

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Acordamos na manhã de quarta-feira com a notícia de que Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos. Ele será 45º a ocupar o cargo e o sucessor de Barack Obama. O resultado contrariou todas as pesquisas de intenção de voto e gerou uma um sentimento de incerteza em todo o globo. Prova dessa incerteza foi a avalanche de queda na maioria das bolsas de valores do mundo.

Esse sentimento foi alimentado pela vitória de um candidato que manteve um discurso de intolerância durante toda a campanha. Era claramente observada a socialização típica de um magnata, novato na política, que é avesso às minorias.

A xenofobia esteve sempre em foco com ideias do tipo da construção de muros na fronteira com o México e falta de simpatia pelos latinos (a propósito, quem quer ir pra Disney?); a intolerância religiosa se mostrou aparente quando ele disse que expulsaria os muçulmanos dos EUA e o conservadorismo esteve em pauta com a insinuação acerca de revogar a lei que proíbe o abordo no país.

O republicano prometeu renovar o sonho americano, dobrar o crescimento da economia e reestabelecer os postos de trabalho e, por conta disso, foi eleito pelo que foi chamado de maioria silenciosa e teve os votos nos estados tradicionalmente democratas. Na economia, pretende que ela seja mais internalista do que externalista, ou seja, vai de forma contrário ao que conhecimentos como globalização. Os chineses estão na mira!

Amigos podem virar desafetos e antigos desafetos dos americanos são hoje potenciais amigos. Um exemplo claro é a relação que Trump tem com Putin, presidente da Rússia. Na Europa, a maioria dos governantes está cautelosa e simpaticamente mal-humorada.

No Brasil, o nosso presidente e ministro das relações exteriores parabenizaram a vitória e foram simpáticos ao resultado das eleições. Não poderia ser diferente, talvez pelo medo da proposta econômica de Trump ou pelo fato do partido de Temer ter essa característica de correr para o lado de quem ganha. Tem cheiro de governo, o PMDB está lá, mesmo que por movimentos conspiratórios.

Diante desse novo cenário mundial, especialistas dizem que é o fim do mundo do jeito que conhecemos hoje. Talvez a idade contemporânea esteja e esvaindo e já possamos pensar em um novo nome para essa era, o qual entro em parafusos em imaginar um título contextualizado.

Apossando-me da máxima popular, mais do que nunca, precisamos pensar que a esperança é a última que morre, ou melhor, ela há de viver ad aeternum!

*Vilmar Rocha é licenciado em Letras pela Uneb e professor de português, como idioma vernáculo e inglês, como língua adicional. É especialista em Ensino de Línguas Mediado Por Computador pela UFMG e Mestrando em Letras: Cultura, Educação e Linguagens na Uesb. Também é Administrador e Especialista em Gestão Empresarial. Já trabalhou na gestão de contratos e desenvolveu projetos socioambientais.



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