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Por Celso Rios
Em todo Nordeste a chegada do mês de junho traz um clima todo animado deixando o povo ainda mais alegre. As ruas se colorem com bandeirolas e enfeites, as barracas são montadas e começam as vendas de iguarias típicas, os fogos atraem a criançada e o forró é o ritmo da vez.
Em toda Bahia crescem o número de pessoas que recorrem às academias de dança para aprenderem novos passos ou aprimorarem ainda mais a forma de dançar. E em Vitória da Conquista não é diferente, muitos alunos já estão afiados para os festejos juninos que já estão bem próximos.
O professor e coreógrafo Warley Brasil, com experiência de mais de 20 anos como dançarino, é o responsável por comandar uma turma de alunos em uma das academias de Vitória da Conquista.
“Sou professor de swing baiano, tomei aulas de forró e comecei a dar aulas também deste ritmo, já participei em apresentações no palco com as bandas Calcinha Preta, Rasta chinela, Forró Mais Eu e Forró Balancear. Há oito anos que resolvi não fazer mais parte de apresentações de shows e me dedicar somente ao ensino em eventos e academias, explicou o coreógrafo.
Confira o vídeo da aula e a galeria de fotos
Warley já fez turnê inclusive em países como EUA e Holanda. Além de professor de dança, ele concilia seu tempo com a faculdade de Educação Física e a profissão de instrumentador cirúrgico. Também se tornou recentemente representante da Zumba internacional, podendo usar o nome do estilo de dança em suas novas aulas que devem se iniciar após o São João.
De acordo com Brasil, não existe dificuldades que impeçam as pessoas de aprenderem qualquer que sejam os ritmos, basta apenas se ter motivação.
“É diferente ser dançarino de palco e professor, e isso se traduz também quando ensino uma coreografia para quem é dançarino e para pessoas que ainda não tem noção dos passos e do ritmo, que estão chegando agora. É preciso se ter jogo de cintura”, declarou o professor.
Apesar da complexidade de alguns estilos até do próprio forró, Warley, não considera nenhum estilo tão difícil de ser aprendido desde que se tenha dedicação e acima de tudo prazer no que se faz.
“Eu creio que a dança está dentro de todo mundo, basta você querer, assim como os outros tipos de ginástica. A prova disso tudo sou eu que continuo sendo um eterno aluno. Sempre estou aprendendo a cada dia mais, se vou a um show ou evento tento olhar e tirar o que de melhor exista ali. Eu acho que a gente nunca sabe de tudo sempre estamos aprendendo e somos capazes, basta tentar”, analisou Brasil.
Aproveitando essa grande procura, o professor fará inclusive um projeto em algumas cidades mineiras para essa época de festejos juninos.
Os Alunos Douglas Dantas, 31 anos e Paula Cristina, 20 anos, consideram a dança um hobby e uma possibilidade de se aprimorar mais os passos e fazer bonito nesse São João.
“Dançar é sempre bom e nessa época é inevitável não dançar um ‘forrózinho’, então aprimoramos ainda mais nossos passos e pondo eles em prática já no São João. Já vou para Ribeirão do Largo, terra de minha mãe, para aproveitar e dançar muito”, disse Douglas. Mesmo pensamento compartilhado por Paula que ainda não tem destino certo para passar as festa juninas. “Eu faço as aulas por gostar muito principalmente desta época e do forró, e também para não chegar numa festa e ficar toda acanhada sem saber dançar”, explicou Paula.
A verdade é que não importa se junto ou separado o importante é que muitos querem nesse período é “forrozear”.
