Os rodoviários de Vitória da Conquista marcacam uma série de três paralisações para esta sexta-feira (8). A primeira ocorreu no início da manhã. Novas paralisações estão previstas para o longo do dia: das 11h às 13h e das 19h às 21h.
Segundo o presidente local do Sindicato dos Rodoviários, Álvaro Souza, os ônibus não saíram das garagens entre 5h e 8h em protesto contra a suspensão do plano de saúde em decorrência da falta de repasse das empresas para as operadoras. Além disso, o sindicato reivindica que um projeto de lei, que será votado na Câmara de Vereadores, inclua rodoviários e população nos incentivos provindos do Imposto Sobre Serviços (ISS).
De acordo com o Sindicato, as duas empresas que operam o transporte de ônibus na cidade – Cidade Verde e Vitória – estão em débito com a operadora do plano de sáude. Os rodoviários do município conquistaram o plano em março deste ano.
Souza diz que o plano de saúde bloqueou o acesso dos funcionários da empresa Cidade Verde 15 dias após o início dos serviços, por falta de pagamento. Já sobre a empresa Vitória, Souza conta que o plano de saúde foi bloqueado há sete dias, também por falta de pagamento, sendo que o valor de repasse referente aos dois últimos meses foi descontado do salário dos funcionários.
O gerente responsável pela empresa Vitória, Cláudio Vinícius, confirmou atrasos e disse que posicionamento sobre a paralisação será emitido à imprensa ao longo do dia. Já a empresa Cidade Verde, por meio da assessoria, afirmou que a responsabilidade pelo bloqueio do plano é do próprio sindicato.
Conforme a Cidade Verde, a operadora de saúde teria firmado com a entidade um acordo informando que concederia o plano aos funcionários, caso houvesse uma adesão de, no mínimo, 90% dos servidores. Entretanto, menos de 80% dos funcionários, segundo a Cidade Verde, aderiram. Mesmo com a adesão inferior à prevista, a Cidade Verde diz que a operadora de saúde encaminhou boleto para a empresa cobrando o valor referente a uma adesão de 100%. Por esse motivo, a empresa de ônibus disse que não descontou o dinheiro dos funcionários, nem encaminhou pagamento para o plano.
Conforme a Cidade Verde, o valor acordado entre a empresa e o sindicato foi de pagar 25% do plano de saúde para cobradores e 20% para demais funcionários. “Por estarem as negociações ainda em andamento, não há razões para greves e paralisações como a ocorrida hoje”, informa a empresa, por meio de nota.
“Mais uma vez, o sindicato paralisa o serviço público de transporte, causa transtornos aos cidadãos e trabalhadores da cidade, sem observância da Lei e da Justiça, fazendo dessa barganha extremamente prejudicial à população, algo rotineiro e desrespeitando assim o direito de ir e vir de milhares de cidadãos. Nunca é demais lembrar que apesar das sérias dificuldades, a empresa tem cumprido com todas as suas obrigações e mantido a qualidade do serviço essencial que presta”, completa nota. Fonte: G1
