Crônica: Retrocesso Social

banco do povo

Por Marcísio Bahia

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Toda vez que um policial esbofeteia a cara de um inocente, você que alimenta ideias radicais, preconceituosas e vazias se torna a base da culpa do sistema retroagir no tempo. Esse modismo de denegrir, com baixarias, as bases que alicerçam uma sociedade, mancha a imagem das nossas instituições. Lutamos pela liberdade de expressão, porém, tem de se ter muita responsabilidade para se expressar publicamente, principalmente em meios tão democráticos como as redes sociais.

Esse negócio de achincalhar, sem limites, pessoas que ocupam cargos executivos, legislativos, e até membros do judiciário representa a “total falta de esculhambação”, como certa época ironizava o meu querido menestrel Elomar Figueira. A falta de respeito com o que está instituído representa que os avanços sociais correm sério perigo de ruir de vez. Basta ver os posts dos imbecis que se acham no direito de denegrir a imagem de quem foi eleito por voto popular, e depois de eleito representa a vontade da maioria. Quando se lança pedras é a vidraça de todos nós que racha, que se espatifa.

Você que posta suas revoltas através da rede mostra seu nível, a depender da qualidade do que está escrito, da ideia exposta. Lutar pelos seus direitos e pelas suas ideias é legítimo, desde que você não perca a noção, o equilíbrio, e não fira de morte os preceitos democráticos de liberdade com responsabilidade.

De tanto alguns imbecis profanarem o estado de direito ao pedirem a volta do regime ditatorial, algumas alas mais à direita resolveram voltar aos Anos de Chumbo e descer o cassetete na cabeça de professores; disparar tiros de borracha na face de inocentes que apenas estão lutando pelos direitos da categoria e são tratados com tanta selvageria pela instituição polícia, aquela que é paga para zelar pela nossa integridade.

Os últimos acontecimentos, principalmente no Paraná, representam um recuo perigoso do sistema social em direção a velhas práticas. E você que se acha no direito de apoiar qualquer tipo de radicalismo é, sem dúvida, o maior culpado e o maior incentivador da volta da barbárie. Nota-se que deve ter estado ausente quando estávamos nas ruas lutando pela liberdade de expressão que, você, infantilmente, não sabe exercê-la.



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