Opinião: Minoria Acéfala

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Por Marcísio Bahia

marA reflexão estética e artística esteve por um longo tempo condenada a uma existência marginal e precária na nossa filosofia ocidental. A produção estética exige uma capacidade cognitiva artística que seria por princípio superior ao conhecimento científico, inclusive o filosófico. O ponto de vista estético-artístico está seguramente no mesmo patamar daquela que se realiza do ponto de vista filosófico e ético-religioso.

O floreado no parágrafo acima é para cutucar um pensamento que está latente no meio da sociedade, em particular, da sociedade Conquistense. Em respeito a uma cidade que carrega prestígio internacional como referência e celeiro cultural,fica muito triste constatar que a classe estudantil, principalmente do Ensino Médio e do Universo Universitário, está apresentando interesses anômalos, de péssimo gosto musical, comportamental, extraindo das mais esdrúxulas formas de lazer e entretenimento a explícita maneira de ver e construir o mundo.

Aos desafortunados de condições de frequentar uma boa escola de nível médio ou Superior ainda possa ser que perdoemos comportamentos, gostos e interesses de péssimo nível de linguagem, som, imagem e intenções, porém para os privilegiados de oportunidades de ensino de qualidade e acesso ao conhecimento esse perdão aparece carregado de críticas e frustação, ao observamos uma sociedade pífia, desorientada, não entendendo que é condição inegável dessa elite estudantil estabelecer um nível de comportamento e visão que garanta a permanência de Vitória da Conquista como destaque artístico, social e cultural do interior do País.

O percentual de universitários bobalhões, colocando músicas e dançando ao som de interpretações de gosto pra lá de duvidoso, ainda émuito pequeno em relação à massadiscente que respeita o templo de conhecimento e oportunidades, porém fica a pergunta do porque todo aquele que tem péssimo gosto musical sempre convive com esse interesse de incomodar o ouvido alheio com sua demonstração de total falta de civilidade e respeito para com os seus pares sociais? Por que a maioria universitária interessada em elevar o nível não interfere e contrapõe, de forma organizada, para sanar esse desnível cultural dentro o próprio meio acadêmico?



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