Opinião: O Mercado Imobiliário de Vitória da Conquista

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Por José Maria Caires – Conquista Pode Voar Mais Alto

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Uma das indagações e dúvidas, que mais surgem nos investidores e curiosos em Vitória da Conquista é se as construções de prédios residenciais e comerciais, já não se constituem uma bolha imobiliária.

A princípio, sem um estudo mais detalhado, nos parece que sim. E realmente a oferta de apartamentos em nossa cidade tem crescido muito e diria até que além da possibilidade e da demanda atual, mas vamos num breve espaço de tempo ver a reversão dessa tendência.

Em 2000 a população de Vitória da Conquista era de 262.585 levamos dez para aumentar o número de habitantes para 306.866. Enquanto crescemos 44.281 numa década, em apenas 4 anos esse número foi elevado para 340.199, segundo dados e estimativa do IBGE, crescemos neste quadriênio 10,86%.

Se fôssemos considerar um crescimento natural, baseado apenas nas estatísticas históricas, nos próximos dez anos chegaríamos numa população de 444.048 pessoas aproximadamente 100.000 pessoas a mais em nossa cidade.

Acontece que Vitória da Conquista, não cresce em projeção aritmética. Com a vinda dos cursos universitários, destacando sobretudo os cursos de medicina, que além da Uesb, ganhamos agora mais cem vagas na Faculdade Santo Agostinho, em agosto vindouro a Universidade Federal implantará o terceiro curso na cidade e já em fase de implantação na Fainor, será a quarta instituição de ensino superior a criar o curso.

Além do crescimento na oferta de cursos de terceiro grau; com a implantação do abastecimento de água com a barragem do Catolés e a construção do novo aeroporto, nossa cidade crescerá em projeção geométrica, levantamentos realistas apontam que em 2024 nossa cidade chegará aos 490.000 habitantes e para criar condições de habitação para esse acréscimo de moradores, precisaremos de 37.500 apartamentos, se considerarmos uma família média de quatro pessoas por habitação.



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2 responses to “Opinião: O Mercado Imobiliário de Vitória da Conquista

  1. Cabe destacar dois pontos no crescimento imobiliário de Vitória da Conquista: as casas do programa Minha Casa Minha Vida e os condomínios de alto padrão lançados nos últimos dois anos.
    O Minha Casa Minha Vida arrefeceu o mercado imobiliário de baixa renda, tanto aluguel quanto construção civil. O valor dos aluguéis entre a população pobre e de classe média baixa diminui e influi sobre o mercado de locação como um todo, talvez com exceção das locações de alto padrão.
    Já os condomínios de alto padrão são alicerçados em financiamentos de longo prazo e vistos pelos seus adquirentes como investimentos, pois grande parte deles já possuem residência “dentro do anel viário”. Ocorre que estes terrenos em condomínio tem uma série de condições que restringem seu uso, um custo de manutenção maior (valor de condomínio crescente, IPTU e outras taxas internas) e forçam a edificação de residências, o que, um investidor, não pretende fazer.

  2. Tudo bem, até aí, Zé tem razão.
    Mas o problema não se limita só ao numero maior de casas do que de gente. Pensar assim é apenas uma visão parcial do caso.
    A bolha imobiliária também diz respeito ao alto valor das casas. Grande parte da população ganha – em média – de até 1200 reais. Isso, para um financiamento residencial limita o teto no valor de até uns 80mil para a compra de um imóvel.

    Onde se acha uma casa de 80 mil na cidade?

    Casas da Urbis I, por exemplo, com planta ainda original, são vendidas por, pelo menos 200 mil (!)

    Casebres antigos, como uma que se encontra na Rua dos Andrades chegam a cobrar um milhão (UM MILHÂO).

    Bem, tenho pouco a argumentar sobre o assunto, mas faltou ao articulista um olhar sobre esse ângulo também.

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