Por Mariana Kaoos
Alô alô amantes da algazarra e das folias brejeiras! Agora é hora de alegria, vamos sorrir e cantar. Do mundo não se leva nada, vamos sorrir e cantar! Venho hoje vos falar de uma notícia quente feito lava de vulcão: Adivinha quem voltou? Isso mesmo, o queridinho da galera. O meu, o seu, o nosso Putetê.
Oh, ele mesmo, a fonte primária dos divertimentos e deleites mil da cultura conquistense. Ele que fez história em noites descaradas, despertando paixões, arrancando sorrisos da moçada, gerando suor, proporcionando momentos de luxúria nas pistas de dança mais badaladas de todos os tempos. Dessa vez, a produção orgasmatica do evento resolveu juntar seus anéis de água, fogo, ar, terra e coração e, num ímpeto lascivo, colocou a boca no trombone e anunciou: Segurem suas marimbas que O Putetê está de volta!
Bom, para quem não participou dos tempos áureos em que O Putetê era o maior burburinho da cidade, aqui vai um pouco de sua história, contada por Maria Eduarda Carvalho, a Duda, uma das idealizadoras da festa: “O Putetê começou de uma vontade da gente fazer uma festa onde pudéssemos explorar elementos como a diversão e o deboche. Na época tínhamos um site cultural, intitulado O Rebucetê, que já caminhava nessa vertente de um jornalismo genuinamente brasileiro permeado de analises críticas, sarcasmos e poesia. Com isso a gente criou a primeira festa em setembro de 2012. Fizemos mais algumas edições sempre com temas diferentes (lembro do Putetê brega e o de ressaca de carnaval que foram deliciosos), com referencias musicais e estéticas. A construção foi muito orgânica, deste a escolha dos djs, até a sua concepção ideológica”.
As festas aconteciam num desbunde só. A maioria das edições foram no Viela Sebo Café que, na época, era o melhor e mais charmoso ponto de encontro da moçada sedenta por cultura de qualidade. Eu sei que na maioria das vezes, quando relembramos de momentos passados, temos a mania de colocar aquele velho e passional olhar apaixonado e comparar com o tempo presente, sempre exaltando o que se foi. Mas, de modo bem realista, houve uma profusão cultural na cidade entre os anos de 2010 a 2013.
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