Por Luiz Frederico
Conheci Rodrigo Ferraz Cunha quando ele ainda não exercia a atividade jornalística utilizando este dom que lhe é muito peculiar, que é o de saber se comunicar e comunicar bem, de forma direta e precisa, utilizando da palavra escrita. Rodrigo, à época era apelidado por uns amigos de “Rodriguets”, fazia cobertura fotográfica de eventos da agenda cultural conquistense, iniciando por festas, shows e a night nos bares e baladas de Vitória da Conquista, em seguida, passou a cobrir também com registros fotográficos, como free-lancer, eventos diversos: inaugurações empresariais, lançamento de livros, coquetéis, peças de teatro, etc. O resultado de seu trabalho a gente conhecia ali, publicado num site – e em algumas ocasiões em revistas – a imagem devidamente enquadrada que, até então, revelava pouco de quem estava por trás das lentes.
Mas se a imagem, por si só não era reveladora do perfil de seu fotógrafo, para quem o conhecia pessoalmente era fácil notar que Rodrigo observava, em qualquer canto onde estivesse, muito mais do que pudesse ser enquadrado. Ele não precisava dizer nada ou até dizendo pouco – é cuidadoso com sua discrição, e isso é fundamental para a credibilidade que ele conquistou – a gente podia notar que ele estava atento aos bastidores. Faltava então, essa versão escrita, para conhecimento público, do que Rodrigo registrava através de imagens.