Por Mariana Kaoos
Nós, integrantes da comunidade jornalística de Vitória da Conquista, tivemos na noite de ontem, 17, a triste notícia do falecimento do nosso querido e mestre Pinheiro, empreendedor e dono do jornal A Semana. No velório, ocorrido na Maçonaria Fraternidade Conquistense, diversos jornalistas estiveram presentes, consternados com o acontecimento. Bia Oliveira, Guilherme Barbosa, Dirceu Góes, João Melo, Lú Macário, Rodrigo Ferraz.
Quieta e observadora, percebi que todos, além do choro e da homenagem, tinham em comum uma série de histórias e estórias, vividas ao longo de todos esses anos, com Pinheiro. Ouvi atenta o casos de Bia, durante muitos anos editora chefe do jornal, sobre as pirraças, as risadas, as dificuldades de se manter um impresso em Vitória da Conquista e a desvalorização gradual dos poderes públicos e privados com o mesmo, paralelo ao surgimento e consolidação de outros meios de comunicação, principalmente sites e blogs. Muito amiga de Pinheiro, Bia não chorava, pelo contrário. Ela sorria e sua fala possuía um quê de celebração, gratidão, exaltação pelas experiências adquiridas ao lado do amigo.
Já Lú Macário, de lágrimas nos olhos e visivelmente abalada, pôs-se a falar de como foi Pinheiro a primeira pessoa a abrir as portas para ela, há dez anos, quando chegou à cidade e precisava se inserir no mercado de trabalho. Na época, o jornal A Semana era o grande jornal de Vitória da Conquista e região e trabalhar nele era um ótimo requisito para qualquer jornalista ter no currículo. Todos disputavam espaço na redação.
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