
Por A.J. Oliveira – Revista Gambiarra
Fotos: Rafael Flores – Revista Gambiarra
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Tem bastante sentido comparar o Polentinha do Arrocha aos Mamonas Assassinas. Calma, puristas: melodicamente, as duas bandas realmente não têm nada a ver. Mas assim como a trupe liderada pelo vocalista Dinho, os cinco rapazes de Vitória da Conquista não se valem só da música para conquistar o público. É só assistir ao clipe de “Poderosa” ou ao de “Inhê Inhê Inhê Chororô” para entender porque o Polentinha atrai a atenção até de quem nunca foi muito fã de arrocha.
Pouco antes da sua apresentação na Expo Rasta Show 2014, no último semana, a banda se encontrou com a equipe da Revista Gambiarra. O vocalista Patrick Oliver falou das origens do Polentinha, do sucesso atual e dos planos para o futuro. Confira:
A.J.: Vocês sentem que mudou alguma coisa no cenário cultural da cidade depois do sucesso do Polentinha?
Patrick: A gente criou um novo ritmo, um novo segmento musical juntando o arrocha com o funk ostentação, junto com o brega, que Miro também mesclou nessa parada. Casamos isso aí e criamos um novo segmento. Graças a Deus o povo abraçou, então acho que a gente mudou um pouco o cenário musical daqui da cidade, que curtia muito o forró, como o sertanejo universitário, e agora curte o arrocha arrochadeira, que é o estilo da Polentinha.
A.J.: Vocês acreditam que têm influenciado novas bandas?
Patrick: Rapaz, até pelas cópias, são 17 cópias da Polentinha aí, então é uma influência muito grande. Porém, a arrochadeira já tem muito tempo de estrada, com Dan Ventura, que é o pai da arrochadeira, veio aí o segmento do Kuarto de Empregada. E a Polentinha veio para somar e acrescentar mais ainda nesse cenário musical.
A.J.: A música de vocês tem tido um alcance muito grande em meio a todo tipo de público – até as crianças. Sabendo disso, há uma preocupação maior com a postura de vocês no palco, as letras e esse tipo de coisa?
Patrick: Essa parte da animação é mais pelo meu parceiro Mirosmar, que tem mais assim, um tino. Não que eu não seja, mas ele é um cara mais comédia, que transmite essa alegria para as crianças. Acho que o Mirosmar pode explicar isso melhor.
Mirosmar: É, eu sou um pouquinho mais cômico. Ave Maria, quem não me vê? Não tem como não me ver! Não tem como com essa roupa!

Foto: Rafael Flores
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