Texto de Hélio Gusmão filho
Será cremado, hoje pela manhã, em Vila Velha/ES, o corpo da querida amiga/irmã Silvinha Maria Fernandes.
Não consegui quase dormir noite passada, pois desde que recebi (ontem a tarde), por mensagem de sua filha, Alinne Rangel, a notícia do falecimento de SILVINHA, fiquei profundamente chocado e com a cabeça a mil, não mais conseguindo afirmação.
Durante a noite, me veio muitas lembranças da minha ligação com SILVINHA. Eu a conheci, nos idos dos anos 80, através da nossa articulação política e social nas movimentações de luta, em Vitória da Conquista (interligadas com o mundo), impulsionados na certeza de que um Outro Mundo será possível. Passamos a harmonizar, mais ainda, nossa amizade quando nos tornamos colegas do curso de História da Universidade Estadual do Sudoeste (UESB) e, dessa realidade, foi que insurgimos mais ainda para lutarmos por aquilo que acreditávamos. Quantas viagens feitas em conjunto (e até mesmo com grupos de pessoas, para participarmos de grandes eventos históricos e políticos), quantos prazeres (badalações) curtidos (bar de Bilau foi um grande marco desses prazeres), quantos estudos sedimentados e quanta alegria no forjar da nossa amizade. Há muito ela deixou Vitória da Conquista, indo morar em Vila Velha, só que essa saída nunca afetou a nossa amizade, pelo contrário, mesmo estando longe, conseguimos ficar mais perto (ainda mais em tempos de redes sociais e, principalmente, ZAP), pois “falávamos” com maior frequência. Tristeza foi a sua última vinda aqui e (mesmo marcando diversas vezes), pelo fato de não ter podido ir ao encontro dela, tê-la visto, mas quando ela retornou à Vila Velha, tínhamos combinado que eu iria lá visita-la e estava prevendo que aconteceria em março vindouro, após o carnaval, sendo agora agendado esse encontro somente no Paraíso.
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