A versão apresentada por Adriel Montenegro dos Santos, 21 anos, que confessou ter matado a ex-namorada Andreza Victória Santana Paixão, 15, no dia 17 de abril deste ano, em Nova Brasília de Itapuã, em Salvador, tem algumas discordâncias com o que foi apurado pela polícia. O jovem, que é filho de um policial militar, procurou o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na manhã desta segunda-feira (25), cinco meses após o homicídio, e confessou ter atirado na garota, porém, alegou legítima defesa e tiro acidental.
1. Visita
Segundo a família da estudante, ela estava no Colégio Rotary, na Ladeira do Abaeté, onde cursava a 8ª série, quando encontrou com Adriel. O jovem teria ido até a escola e pedido à ex-namorada para terem uma conversa. Em seguida, os dois foram até a casa dele, em Nova Brasília de Itapuã, onde ela foi assassinada.
No depoimento desta segunda, Adriel disse para a polícia que foi Andreza quem o procurou. Segundo a delegada Rosimar Malafaia, o jovem contou que estava indo fazer a barba quando a ex apareceu. “Ele disse que estava passando do quarto para o banheiro quando viu a jovem sentada no sofá da sala. Ele fez a barba e, quando saiu novamente do banheiro, ela estava com a arma dele, um revólver calibre 38, nas mãos”, contou a delegada, que ouviu Adriel por cerca de três horas.