*Por Gilmar Dantas
“When there’s no future
How can there be sin”
(Sex Pistols – God Save the Queen)
Este é o primeiro texto deste novo espaço destinado à cultura dentro do Blog do Rodrigo Ferraz, que deverá sair sempre às segundas (com cobertura de eventos) e às quartas (com o anúncio da agenda cultural da cidade), mas que também trará novidades da música (e de outras artes) do Brasil e do mundo.
Pra começar, nada melhor do que narrar uma noite em dois espaços emblemáticos da cultura conquistense: o Manifesto e o Underground. Ambos trouxeram duas programações muito interessantes na última sexta, o que acabou dividindo o público e, alguns mais dispostos, como este que vos escreve, tentaram aproveitar ao máximo os dois eventos.
O Manifesto estreou o projeto Sextas de Peso, com a produção do jovem Rafael Leandro. O cartaz anunciava três bandas, de diferentes estilos, mas com uma característica em comum: o potencial de descer a mão nos instrumentos e fazer um barulhão. Pensei logo: este vai ser o verdadeiro teste de tolerância dos vizinhos e fiquei até preocupado. Pra felicidade de todos, o espaço se saiu muito bem e o fato da porta da sala estar fechada segurou bastante o som. Ficaremos agradecidos caso os responsáveis coloquem um ar condicionado ali porque o calor estava de matar. Fui o primeiro a chegar e consegui assistir aos três shows: Nem Tosco Todo e As Crianças Sem Futuro, Imperfect Souls (MG) e Social Freak. Mais uma vez o rock aproxima distâncias e pessoas. Conversei com Michel, baterista da atração convidada da noite, e ele me disse que é a primeira vez que o grupo, na ativa desde 2005 e natural da cidade Muzambinho, se apresenta fora do seu estado. Fico muito feliz em ver Conquista exercendo seu papel natural de protagonista e portal de entrada do Nordeste.