Em entrevista, Deputado Fabrício Falcão destaca que agora seria o candidato ao TCM


Em entrevista concedida ao site Bahia Notícias o deputado Fabrício Falcão falou sobre as articulações para se manter na disputa ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), cuja inscrição está em vias de ser aberta pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) após o Carnaval.

“Eu sempre nutri admiração pelo TCM. Defendendo, como parlamentar, sua manutenção como instrumento essencial para o aperfeiçoamento da administração pública municipal”, destacou o deputado, que tem formação em Gestão Pública. Confira alguns trechos da entrevista:

O senhor é um deputado de 4º mandato e com uma trajetória política consolidada por ter sido vereador duas vezes em Vitória da Conquista. Como surgiu o desejo de ser conselheiro do TCM? Em que momento aconteceu essa virada de chave?

Se a gente somar tudo, tenho seis mandatos consecutivos, contando os dois de vereador em Vitória da Conquista, cidade tão importante e que eu amo, e os quatro de deputado. Acho que agora posso dar a minha contribuição em uma outra área na qual também tenho experiência. Sou técnico em contabilidade e estudioso da área. Tenho conhecimento sobre o funcionamento e a gestão dos orçamentos públicos municipais. Antes mesmo de ser deputado, acompanhava e até assessorava prefeitos sobre prestação de contas, de modo que estou preparado para esse novo desafio para o qual já tenho me colocado há algum tempo. A função de conselheiro é técnica, de analisar contas das prefeituras, das câmaras de vereadores e também das empresas públicas municipais, mas a experiência política que tenho, e o relacionamento político construído ao longo da minha trajetória como homem público, também podem ajudar nas minhas decisões, a interpretar melhor os cenários e a agir de forma equilibrada.

Em 2021, o senhor retirou sua candidatura para apoiar o ex-deputado Nelson Pelegrino. Em 2023, novamente, o senhor se colocou na disputa, mas retrocedeu em favor da ex-primeira dama, Aline Peixoto. Em 2024, o senhor pretende retirar a sua candidatura para apoiar o deputado Paulo Rangel (PT) que, hoje, reúne mais condições?

Olha, eu tive uma conversa com o então governador Rui Costa (PT), que me chamou para dialogar e pediu que eu retirasse o meu nome em apoio ao então deputado federal Pelegrino, grande nome da política e hoje excelente conselheiro. Então, meu nome foi colocado para a próxima vaga. Mas aí veio a candidatura da senhora Aline Peixoto, e fui chamado novamente para sair da disputa. Tive uma conversa respeitosa com a senhora Aline, com o já ex-governador Rui Costa, e retirei o meu nome. Hoje, inclusive, tenho o orgulho de dizer que apoiei uma mulher que era íntegra e que tem feito um grande trabalho como conselheira, sendo elogiada por todos. Desta vez, pretendo manter a minha candidatura. Acho o deputado Paulo Rangel uma grande figura, um amigo querido. Mas há um acordo de que agora eu seria o candidato ao TCM. Se houver uma disputa, isso faz parte do jogo democrático, é salutar.

Esse acordo foi feito com o aval do governador Jerônimo Rodrigues (PT)?

O governador, que tem sido uma liderança compreensiva, honrada e que tem buscado ajudar todos os partidos da base a crescer, sabe desse entendimento e dialogou com o PCdoB. Ele reconhece que o PCdoB, que, embora esteja ao lado desse projeto encabeçado pelo PT na Bahia desde 2006, ou seja, desde a primeira hora, nunca indicou nenhum filiado para uma das cortes de conta e que está na hora de isso ocorrer. Não servimos apenas para apoiar, mas também para ser apoiados, e o governador tem essa sensibilidade com todos da base. Mas se por acaso houver uma disputa com duas candidaturas da base, eu seguirei ao lado do governo, do governador, pois não sou um candidato contra ninguém. Será uma disputa no âmbito da Assembleia, a quem cabe fazer essa indicação ao tribunal. Aliás, o governador tem respeitado essa prerrogativa da Casa desde o início, demonstrando ser, mais uma vez, uma liderança com grande espírito público.

Existe alguma dívida do governo com o PCdoB, no quesito TCM?

Quando eu retirei o meu nome em favor da senhora Aline, teve uma conversa do governador Jerônimo Rodrigues com o PCdoB, com o então presidente do partido na Bahia, Davidson Magalhães, e com outras pessoas da direção do partido. Ali, foi discutida a possibilidade de indicação do meu nome para essa vaga de agora, e o governador achou isso correto. Agora, estou lutando para isso de forma tranquila e serena e com a consciência tranquila de que a minha candidatura não afronta e nem desrespeita ninguém.

A entrevista na íntegra você confere no site Bahia Notícias



Bahia, Destaques, Entrevistas, Política

Comentário(s)