O mês de junho trouxe boas notícias para Romário Alves, jovem conquistense de apenas 25 anos celebrados nessa última quinta-feira (17). O paciente participou do primeiro transplante renal do Sudoeste da Bahia, realizado no IBR Hospital, e recebeu como presente a alta para casa no seu aniversário.
Há exato um ano na fila de espera, concorrendo ao rim com cerca de mil baianos – segundo dados da SESAB – Romário recebeu o órgão de um doador falecido do Ceará e está prestes a realizar mais um desejo: “beber água, a sede aperta até o coração”. Renal crônico, ele convivia com as limitações da diálise, três vezes por semana. “Parecia que eu tinha setenta anos e voltei para os quinze depois do transplante. A palavra é superação. Minha vez chegou e torço para acontecer com os amigos que fiz na clínica, não desistam”, completa com entusiasmo.
Referência na medicina de alta complexidade em Vitória da Conquista e região, o IBR está habilitado pela “Política Estadual de Incentivo ao Transplante” para procedimentos renais e cardíacos, realizados através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Coordenadora do Programa de Transplante Renal, Dra. Maria Tereza Barcia, não esconde sua satisfação, ao falar da importância do início das atividades na unidade. “A nossa proposta é o cuidado integral seguindo todos os critérios do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). O novo serviço traz comodidade para o paciente renal, sem a necessidade de longas viagens, próximo da família e, o melhor, de profissionais que conhecem a sua história. Sem dúvida, é uma grande conquista”, destaca a médica nefrologista.
Para fomentar a iniciativa, o Hospital acreditado com excelência (ONA nível três), conta com a atuação da Comissão para Transplantes – grupo multidisciplinar, composto por médicos, enfermeiros, técnicos, assistente social e psicóloga.
Ao longo de todo período, pré e pós-operatório, além de Dra Maria Tereza, três nefrologistas, estiveram presentes de plantão – Luanna Emanuelle, Igor Alvim e Saulo Rangel. A equipe responsável pelo procedimento cirúrgico, com duração média de quatro horas, teve a participação de dois urologistas, Leandro Dórea e Marcos Moura; do angiologista Nerio Ferraz e da anestesista Mylena Mota.
“Ver o esforço de quase dois anos de planejamento até a realização do primeiro transplante é muito gratificante. É um conjunto de fatores que levam ao resultado satisfatório, mas trabalho em equipe é o maior segredo. Todos estavam alinhados no mesmo propósito, uma vida melhor para Romário”, enfatiza Dr. Dórea, coordenador da Urologia do IBR Hospital.
