Bahia: Médium Divaldo Franco recebe Comenda Dois de Julho na ALBA

´tex encomendas

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Assembleia Legislativa homenageou ontem o médium baiano Divaldo Franco com sua maior honraria: a Comenda Dois de Julho, uma proposta conjunta dos líderes do Governo e do PT, Zé Neto e Rosemberg Pinto, respectivamente. A homenagem acontece no “momento em que a política precisa absorver das religiões seus princípios e conceitos humanistas e humanitários”, disse Zé Neto. “Neste instante de tanta dor na política, necessitamos apreender a humanização pregada pelas religiões e traduzida nos ensinamentos de Divaldo Franco’, completou Rosemberg Pinto.

Em uma concorrida sessão especial, o médium e escritor baiano admitiu receber a honraria com “grande emoção. Considerando meus poucos méritos, aceito-a como um estímulo para prosseguir na tarefa abraçada de servir ao meu próximo”, disse Franco, que foi prestigiado por todas as religiões: católica, protestante, de origem africana, todas estiveram representadas. Para Divaldo Franco, isto significa “um grande passo em favor da solidariedade humana.

As religiões devem unir-se pelos pontos comuns, que nos funde. No que discrepamos, devemos repeitar-nos dentro do princípio da diversidade de pensamento”.

AMOR

“Crer diferente não nos afasta, nos aproxima na construção de um mundo melhor”, declarou padre Manoel, da Igreja Ascensão do Senhor, para quem a união dos que creem é defendida pela Igreja Católica desde o Concílio Vaticano II. O padre colocou-se ao lado “de toda a sociedade” na “veneração” ao trabalho, à seriedade e à obra social de Divaldo Franco e em favor do diálogo inter-religioso. Posição semelhante tem o pastor protestante Djalma Torres, da Igreja de Antioquia: “Não há lugar para fundamentalismos e exclusivismos, mas sim para a convivência”, defende ele, que há mais de 30 anos “milita no movimento ecumênico e contra a intolerância religiosa, de gênero ou raça”.

O mesmo princípio é defendido pela iakekerê (mãe pequena) do terreiro Ilê Axé Oxumaré. Maria Bispo pondera que “vivemos um momento único, um verdadeiro festejar da paz, do respeito e dos direitos humanos. A preocupação de um é a preocupação de todos”, disse, completando que “não há lugar para separatismo, mas sim para a unidade na adversidade”. E o que importa mesmo é que “todas as religiões se unem pelo amor”, como ressalta o presidente da Federação Espírita Brasileira, Jorge Godinho Nery. E Divaldo Franco, “como cidadão do mundo,é um exemplo do amor e da crença na imortalidade da alma que permeia todas as religiões”.

Natural de Feira de Santana, Divaldo Franco está com 88 anos e segue reconhecido como um dos maiores médiuns e divulgador da doutrina espírita. Atualmente, em sua obra social, atende diariamente a cerca de três mil crianças, adolescentes e jovens de famílias de baixa renda, por dia, em regime de semi-internato e externato. Já recebeu mais de 600 homenagens mundo afora, de instituições culturais, sociais, religiosas, políticas e governamentais. Publicou 255 livros, com mais de oito milhões de exemplares, psicografando 211 Autores Espirituais. Alguns dos seus títulos foram traduzidos em 17 idiomas, incluindo albanês, catalão, dinamarquês, holandês, húngaro, norueguês, polonês, tcheco, turco, russo, sueco e sistema Braille. Há 17 biografias suas escritas por diversos autores.

Divaldo Franco fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção em 1947. Em 1952, fundou em Salvador a Mansão do Caminho, hoje “um admirável complexo educacional com 83.000 m2 e 52 edificações” que atende a diversas atividades socioeducacionais. A Mansão é basicamente mantida com a venda dos livros mediúnicos e das fitas gravadas nas palestras, seminários, entrevistas e mensagens por Divaldo”.



Bahia, Política

Comentário(s)