Time do Vitória da Conquista vai apostar em melhor estrutura; ‘Toca do Bode’ será ampliada

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Vitor Villar – Jornal A Tarde

Dizer que a 'Toca do Bode' só tem um campo não é força de expressão. "Hoje, é só um gramado. Não tem banheiro, cobertura, nada... Se você quiser sentar lá, tem que ser no chão", diz Ederlane Amorim, presidente do Conquista. Foto: Blog do Rodrigo Ferraz
Dizer que a ‘Toca do Bode’ só tem um campo não é força de expressão. “Hoje, é só um gramado. Não tem banheiro, cobertura, nada… Se você quiser sentar lá, tem que ser no chão”, diz Ederlane Amorim, presidente do Conquista. Foto: Blog do Rodrigo Ferraz

Os próximos meses não serão tão vazios assim para o Vitória da Conquista. O clube do sudoeste baiano quer aproveitar a folga forçada no calendário – só voltará a jogar em setembro, na Copa Governador – para obter triunfos fora dos gramados.

O Bode colocará em prática nesse período um acordo, firmado no final de março com quatro construtoras da cidade, para ampliar o seu local de treinos, a ‘Toca do Bode’. No espaço, onde existe apenas um gramado, serão construídos mais dois campos, vestiários e uma sala para almoxarifado. O clube também pretende murar o CT e montar arquibancada.

O custo da obra, segundo o presidente  Ederlane Amorim, é de R$ 200 mil, totalmente pagos pelas construtoras. “Fechamos esse acordo graças ao jogo com o Palmeiras (pela Copa do Brasil). A gente teria dificuldade de fazer isso com recursos do clube. Por amizade, buscamos esses parceiros”, explicou. Em contrapartida aos investimentos, as empresas podem ter placas de publicidade nos jogos e no centro de treinamentos.

Dizer que a ‘Toca do Bode’ só tem um campo não é força de expressão. “Hoje, é só um gramado. Não tem banheiro, cobertura, nada… Se você quiser sentar lá, tem que ser no chão”, diz Ederlane. “Os atletas se trocam na própria sede do clube e vão de ônibus até o campo. Depois, voltam para se trocar novamente. É complicado”.

Com a expansão, o clube pretende unir a equipe principal à base, que hoje treina em diversos lugares. “O único campo que temos fica para o profissional, porque ele não aguentaria a base treinando lá também”, lamenta Ederlane.

Projeto maior

As reformas fazem parte de um projeto idealizado pelo clube em 2009, mas que o Bode pena em tornar realidade. Além do que será feito agora, o objetivo para o futuro é ter residências para base e profissional, além de fisioterapia e academia.

O problema é que o projeto custa cerca de R$ 6 milhões, algo ainda longe da realidade do clube: “Começamos a idealizá-lo depois que adquirimos o terreno. Tentamos fazer uma parceria com o Ministério do Esporte e atrair recursos por meio da lei de incentivo fiscal, mas não conseguimos. Daí, fizemos o único campo com o que tínhamos”, contou o presidente. “O que vamos fazer agora faz parte daquele projeto. Não dá para fazer tudo, mas dá para fazer uma partezinha. É um passo”.

Execução

As obras devem começar ainda esse mês: as construtoras pediram 15 dias para fazer o orçamento. O Bode, por enquanto, prepara o terreno. O Conquista já iniciou as instalações de energia e de água, única parte que ficou por conta do clube, ao custo de  R$ 40 mil.

“Isso é dinheiro que o clube arrecadou com o que foi feito nesse ano, principalmente a Copa do Brasil. A gente não pode negar que foram quatro meses muito bons para nossa realidade”, reflete Ederlane.

O terreno da Toca do Bode, que tem 10 mil hectares (cerca de 100 mil m²), fica na BA-265, estrada que liga Conquista a Barra do Choça. A área fica a 13 km da sede do clube.

O terreno foi adquirido em 2009, após a campanha quase vitoriosa no Baianão do ano anterior. Custou ao clube R$ 100 mil: “Depois do campeonato de 2008, vendemos Tatu e Rafael da Granja. Além disso, tivemos 13 jogos em casa naquele ano, todos com boa bilheteria”,  disse Ederlane, explicando a fonte do recurso.

“Coincidentemente, agora tivemos outra boa campanha e vamos investir na estrutura. Tudo aqui tem sido assim: a cada boa temporada, a gente consegue ampliar alguma coisa”.



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