Em reunião da Comissão, Deputado Herzem Gusmão é contra a tentativa de controle da mídia

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Foto: Divulgação
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O deputado Herzem Gusmão (PMDB) participou na manhã de hoje da Audiência Conjunta com as Comissões de Combate ao Racismo e de Direitos Humanos e Segurança da Assembleia Legislativa. Integrante da mesa de debate, em que se tratava do papel e intervenção da mídia no processo de enfrentamento à violência, o parlamentar defendeu a democratização da mídia.

“Por coincidência, recebi um trabalho do jornalista  e professor Aurélio José da  Silva. Ele questiona se a violência é caso de mídia, polícia ou de política? Entendo que existem alguns exageros na  forma como os meios de comunicação mostram a notícia, no entanto, não é motivo para que se coloquem marcos regulatórios, que exista um controle da mídia, como foi cogitado durante a sessão. Se fizermos uma pesquisa de credibilidade, sabemos que a mídia está bem situada junto a nação brasileira”,  ressaltou Herzem, que, citando  o ministro Celso de Melo, afirmou: Não cabe ao Estado nenhuma censura sobre a palavra, mesmo que seja em tom sarcástico, duro ou contundente, mas desde que a liberdade de expressão seja com responsabilidade”, acrescentou.

Durante o encontro, Herzem, que é defensor intransigente da liberdade de imprensa, também falou sobre a democratização da mídia e citou  como referência a Universidade do Sudoeste do Estado, em Vitória da Conquista, que é única na Bahia por possuir uma emissora de rádio e uma de televisão. “Quando falo em democratizar a mídia, penso que, assim como os partidos políticos têm acesso as emissoras de forma gratuita, os sindicatos, a OAB, assim como outros órgãos e entidades, devem ter acesso à programação, a fim de enriquecer o debate, e não o patrulhamento que o PT quer desenvolver junto a imprensa, incomodados quando são criticados. Portanto, sou contrário a qualquer  tentativa de controlar os meios de comunicação, modelo que  o PT vem pregando, e defendeu hoje abertamente  e com clareza  que vão continuar trabalhando para tentar controlar a mídia”, disse.

Com relação à desigualdade e discriminação, o deputado defende que já está impregnado na sociedade brasileira e isenta a culpa da mídia. “Tudo recai ao Estado. Durante o encontro, a defensora disse que os presos ficam à disposição da mídia , mas a culpa é do Estado que pode evitar.  Eu ouvi também sobre as abordagens policiais. Os meios de comunicação não têm culpa. Cabe ao Estado reparar uma abordagem equivocada”, atribuindo ainda que a mídia também é democrática. “É de livre escolha comprar ou não um jornal, uma revista, assim como com um controle em mãos, apenas com um clique, é possível mudar o canal da televisão ou rádio”, finalizou.



Bahia, Política, Vitória da Conquista

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