Sétima Arte em Destaque: Caminhos da Floresta

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Sabe quando você cria uma grande expectativa em torno de um filme, fica maravilhado com seu trailer, e quanto finalmente vai assistir , você se decepciona com o mesmo e ver que o filme não era aquilo tudo que você imaginava? Bem foi o que aconteceu comigo ao assistir Caminhos da Floresta.

Depois do fenomenal sucesso Chicago (ganhador de seis prêmios da Academia®, incluindo o de Melhor Filme), o diretor Rob Marshall e a Disney trazem essa adaptação da Brodway de 1987 Stephen Sondheim  , mescla vários personagens dos contos de fada em uma só história , um elenco maravilhoso encabeçado pela Dama do cinema moderno Meryl Streep , um tema  bastante interessante , tinham tudo pra dar certo , mas que infelizmente não deu em vários aspectos.

Assim como na peça, “Caminhos da Floresta” reúne Chapeuzinho Vermelho (Lilla Crawford), Rapunzel (MckenzieMauzy), João do Pé de Feijão (Daniel Huttlestone), Cinderela (Anna Kendrick) em uma fábula. O ponto de interseção dessas histórias é o casal formado pelo Padeiro (James Corden) e sua esposa (Emily Blunt). Para escapar de uma maldição lançada pela Bruxa Malvada (Meryl Streep), eles precisam reunir uma vaca branca como leite, um sapatinho dourado, fios de cabelo da cor do milho e uma capa vermelha como sangue.

A ideia de juntar várias histórias foi bem interessante, mas acho que não foi bem aproveitada. Eu adoro musicais, mas esse deixou a desejar, achei as músicas bem repetitivas e cansativas, no decorrer das canções as cenas não mudam, ficava apenas focado em quem estava cantando, pareceu que queriam apenas enrolar pra dar o tempo do filme sendo que poderiam ter dado sequencia em algumas das histórias, mais efeitos . e se perderam. Algumas histórias ficaram “sem final”, outras com um final sem sentido.

Igualmente irregular é o trabalho do diretor Rob Marshall, o que parece ser uma constante na sua filmografia (exceção feita a Chicago). Até mesmo nos aspectos visuais essa irregularidade está presente. Se o design de produção é bastante eficiente, na criação do interior da floresta, castelos, o mesmo esmero é visto nos efeitos visuais ou maquiagens. Algumas caracterizações funcionam, como a da Bruxa Malvada, em outros casos aprecem algobde uma forma bemdesleixada , como no caso do Lobo.

Outrodefeito  constante está nas atuações. Logico queMeryl Streep  soberana como sempre faz jus a mais uma indicação ao Oscar e  rouba todas as cenas em que aparece ,ela aqui faz uma versão da Gothel de Enrolados a mãe de Rapunzel   Chris Pine surge encantadoramente , como o mulherengo e galanteador  Encantado. Infelizmente, Billy Magnussen, que interpreta seu irmão, não consegue se manter à altura.. E se Anna Kendricknão está muito bem como  Cinderela, o mesmo vale para as atrizes  de Mackenzie Mauzy   e Lilla Crawford  como Rapunzel e Chapeuzinho vermelho . E, mais uma vez, Johnny Depp parece emprestar a persona de Jack Sparrow para outro personagem, abola da vez é uma versão sem graça do Lobo Mau . Emily Blunt e James Corden tem boa química e demonstram grande entrosamento em seus duetos, apesar de sofrerem com um dos piores plot points que não são poucos.

Mesmo com esses problemas, não chega a ser um desastre completo. Claro que está longe de outras obras semelhantes,como “Encantada” . Esperava bem mais de Caminhos da Floresta.



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