Por Juraci Santana
Hoje (quarta-feira), pela manhã, estudantes secundaristas e universitários bloquearam um trecho do Terminal da Lauro de Freitas em protesto contra o aumento da tarifa do serviço de transporte coletivo de Vitória da Conquista. Agora, o valor passa a ser R$ 2,40, um aumento de pouco mais de 14%.
Os manifestantes gritavam por passe livre para estudantes, reforma do terminal de ônibus, além da redução tarifa. Porém, a Prefeitura Municipal garante que não voltará atrás. Em entrevista concedida a nossa equipe, o secretário de Mobilidade Urbana de Vitória da Conquista, Luis Alberto Sellmann, informou que não há nenhuma possibilidade de redução do valor atual da tarifa. De acordo com o secretário, o novo valor foi aprovado por ampla maioria do Conselho Municipal de Transporte, formado, inclusive, por representantes do movimento estudantil. “Nós sempre mantivemos um diálogo aberto, o Conselho Municipal tem representatividade tanto de estudantes secundaristas e universitários. O Conselho discutiu com muita propriedade esse reajuste tarifário”, defendeu Sellmann.
Depois de mais de três anos sem reajuste, a Prefeitura subiu o valor da tarifa em R$ 0,30. Segundo o secretário, seria impossível não haver esse reajuste, pois o aumento reflete na qualidade do serviço oferecido. “Hoje, nosso sistema de transporte é moderno, com acréscimo de veículos, com adaptação de ônibus equipados com elevadores para cadeiras de rodas, nós temos uma idade média da frota de 06 anos para menos de dois anos. Além disso, nós implantamos a integração tarifária. Claro que precisamos estar atentos e ouvir a população caso a mesma tenha algum anseio. Mas o reajuste tarifário é importante para mantermos a qualidade do nosso sistema”, garante.
Apesar de muitos passageiros reclamarem do alto valor da passagem frente à qualidade do serviço oferecido, o secretário garante que o novo valor está até abaixo da qualidade do serviço oferecido : “É importante saber que o custo do passageiro depois de 3 anos e quatro meses se reajuste é maior que o valor da tarifa atual. Se fôssemos levar em conta todos os custos e repassar ao consumidor, o valor seria R$ 2,53, porém a prefeitura está subsidiando o restante com a suspensão, por um ano, da cobrança da Taxa de Gerenciamento feita às empresas operadoras do sistema”.
Perguntado se, mesmo com as manifestações que ocorreram, hoje – e provavelmente se estenderão -, a Prefeitura manterá a tarifa, o secretário foi categórico: “Impossível voltar, pois, no país, ninguém demorou três anos e quatro meses para fazer reajuste. E fazer a revogação do aumento da tarifa seria diminuir a qualidade do serviço”.
