Por Guilherme Barbosa – Estudante de jornalismo da Uesb
Há males que vem para o bem. As fracas atuações de Neymar (caçado nessa Copa, é verdade) nos últimos jogos aconteceram para mostrar que a seleção brasileira não é tão dependente do “menino da vila” quanto imaginávamos.
Muito marcado nas duas últimas partidas da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, Neymar fez atuações abaixo do que esperávamos dele. Desse modo, os jogadores convocados pelo paternalista Felipão tiveram que se superar para chegar à sua 11ª semifinal de Copa do Mundo. Na base da superação, dá!
Além de não ter mais a qualidade de Neymar, o Brasil não poderá convocar outro jogador, já que o regulamento só permite que um jogador seja convocado para o lugar de um atleta lesionado com o mínimo de 24 horas de antecedência ao jogo de estreia na Copa, sendo assim, o desfalque é também numérico. Na Copa deste ano, outras seleções ficaram com 22 jogadores por causa de contusões de um dos 23 convocados. A Holanda perdeu o volante De Jong e Camarões ficou sem o atacante Eto’o. O adversário da semifinal, a Alemanha, perdeu o zagueiro Mustafi além de Portugal que ficou desfalcado do lateral Coentrão. Sim, vai ser mais difícil, mas ainda dá pra alcançar o hexa aqui no Brasil.
Sobre Brasil e Alemanha – De acordo com informações que o editor do jornal Lance!, Rafael Bullara (um dos grandes profissionais que a atividade jornalística me permitiu conhecer), divulgou em seu blog, Brasil e Alemanha são as seleções que tiveram mais jogos em Copas do Mundo, mais vitórias, mais gols, mais finais, semifinais e quartas de final. Ambas as seleções acumulam oito títulos de Copa do Mundo.
Sendo assim, a Alemanha deve ser temida pela qualidade e pelo histórico que tem, não pela ausência de Neymar. O time alemão tem um time muito bem armado pelo treinador Joachim Löw e tem jogadores como Bastian Schweinsteiger, Mario Götze e André Schürrle que balançaram as redes da Seleção Brasileira no último encontro, quando os alemães venceram os brasileiros por 3 a 2, em um amistoso disputado em Stuttgart, no dia 10 de agosto de 2011, quando Mano Menezes era o comandante técnico da Seleção. Neuer, Lahm, Hummels, Kroos, Müller, Boateng, Klose, Julio César, Daniel Alves, Ramires, Fernandinho, Luiz Gustavo e Fred também participaram desse último encontro.
Já que estamos lembrando o passado, vamos frisar que até agora foram 21 partidas entre Brasil e Alemanha, com 12 vitórias brasileiras, quatro derrotas e cinco empates. Em Copas do Mundo, um único encontro e quando ele terminou, o Brasil sagrou-se pentacampeão do mundo. Jogando em terras brasileiras, outra vantagem verde e amarela: em oito jogos (sete amistosos e um pelo Mundialito FIFA, em 1980) o Brasil venceu quatro e empatou os outros quatro jogos.
Na Copa 2014, os alemães acumulam quatro vitórias e um empate. Foram 10 gols marcados e três sofridos (dois contra Gana e um contra a Argélia). A Seleção Brasileira tem uma campanha composta por três vitórias, dois empates, 10 gols pró (mesmo número alcançado pelo ataque alemão) e quatro contra (a única partida em que o Brasil não sofreu gols foi no empate por 0 a 0 com o México). São campanhas parecidas. A classificação é alcançável, mas prepare o coração para mais um teste na terça-feira!
