Ruy Medeiros: Brinde

Por Ruy Medeiros

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O negro forro, transformado em capitão-mor da Conquista do Sertão da Ressaca, João Gonçalves da Costa, iniciou seu arruado de casas baixas, de barro batido e cobertura de palha. Isso deve ter ocorrido em 1780, ou pouco antes, pois o ouvidor Thomé Couceiro de Abreu já menciona aquele valente que vivia com sua gente arretirado do litoral, em 1781.

Desde 1720, o governo (Vasco Cesar de Menezes) já queria a necessidade de um arraial a meio caminho da costa e do sertão distante, conforme pensava Pedro Barbosa Leal, que o imaginara.

O aglomerado de casebres ocupou sítio interessante: próximo do riacho da Vitória (rio Verruga), em local alto (observe a hoje Praça Tancredo Neves a partir da rua Ernesto Dantas para sentir melhor o local escolhido). Um outeiro, diria anos depois Maximiliano de Wied Neuwied. Mas ali havia argila, pedra, madeira, cipós, taquara, tabúa, tudo aquilo que é necessário para construção do abrigo rude, que é a casa de enchimento. Lugar com água e bom para defesa.


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Ruy Medeiros: A Demolição

Por Ruy Medeiros
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Há alguns anos, na cidade de Camaçari, foi dada a ordem: demolir! Agentes da ordem e do dinheiro (seriam a mesma coisa) mandaram não poupar nenhuma veleidade de sonho ou resistência.

O tratorista baixou a lâmina e movimentou sua máquina. De repente olhou mais atentamente: havia pessoas e seus casebres, último reduto a que se recolheu a necessidade de abrigo. Olhou novamente. E olhou. Viu gente, angustia e necessidade.

Dentro do motorista cresceu humanidade. Ele chorou. Desceu do trator e chorou. Entre a ordem, mulheres e homens com sonho pobre de abrigar-se em quase casebres, ele abandonou a ordem, mesmo sabendo que comprometeria seu emprego-subsistência. Havia uma verdade maior a respeitar, ele o entendeu.

Hoje, vejo repetir-se a primeira parte da história de Camaçari, mas não vejo a máquina parar. Vejo ordem repugnante e demolição. Ouço mesmo a ordem. Mas percebo sobretudo sofrimento, não apenas pela perda de algo, que era abrigo relevante, uma última trincheira, mas sofrimento intenso de vítima. E decepção quanto à autoria, sua ordem e seu poder.

Aí a civilização parou. Mas o que é civilização?


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Finalmente reeditada obra poética de Camilo de Jesus Lima

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Obra Poética (2 Volumes) de Camillo de Jesus Lima

Lançamento: Dia – 11 de setembro

Hora – 19:00 h

Local – Câmara Municipal de Vitória da Conquista

Por Ruy Medeiros

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Camilo de Jesus Lima nasceu em Caetité, Bahia, em 9 de setembro de 1912, e faleceu em 28 de fevereiro de 1975, em Itapetinga, Bahia.

Camilo foi grande poeta, autor de boa crítica literária, de crônicas, de romance (inédito). Em 1942, ganhou, com o livro “Poemas”, o prêmio Raul de Leoni, da Academia Carioca de Letras.

O poeta evoluiu de uma poesia intimista (em que o sentimento de saudade predomina amplamente) para a poesia social mais afirmativa dentre os poetas baianos contemporâneos, especialmente os versos publicados em jornais locais, muitos dos quais reunidos em “Cantigas da Tarde Nevoenta” e as “Trevas da Noite estão passando” (este em colaboração com Laudionor Brasil).

Sua prosa foi publicada em vários jornais e revistas, algumas de circulação nacional, como é o caso de Vamos Ler, O Malho, e Leitura (esta, importante publicação cultural editada no Rio de Janeiro).


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Senhores, tirem sua máscara

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Por Ruy Medeiros

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Era o ano de 1990, os senhores lembram-se disso por que se tornou data odiosa para os senhores: ano de aprovação de uma lei que, dentre outras coisa, diz assegurar às crianças e aos adolescentes “todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade”. Dizia e diz a mesma lei que é “dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, aoesporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar”.

Com a lei, que mudava o caráter da política simplesmente repressiva e buscava por fim às FEBEMS da ditadura militar, atualizando a democracia burguesa no Brasil, em relação a crianças e adolescentes, os senhores nunca concordaram. O boicote à lei foi a medida que os senhores adotaram e por isso combateram os Conselhos Tutelares, nada fizeram pelo direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer, odiaram cada unidade de atendimento.

Era de sua obrigação, senhores, fazer cumprir a lei. Preferiram descumprí-la: nada de casas de acolhimento, nada de local para receber o adolescente apreendido, nada de lugares adequados para aplicação de medidas sócio – educativas. Passaram a divulgar que não havia qualquer punição prevista em lei contra adolescente que praticasse ato infracional, mentindo, mentindo sempre, para testar (?) a máxima da propaganda goebeliana segundo o qual uma mentira muito repetida vira verdade. Não vira, transforma-se em crime.


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Olhar sobre a serra do Piripiri, por Ruy Medeiros

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Por Ruy Medeiros (Para Valter Rocha, que ama e conhece a serra)

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 O nome é tupi, embora a terra tenha sido Kamakã-Mongoyó: Piripiri significa junco. Na região há alguns juncos: Tabúa, taquara, taquarinha, criciúma. Piripiri é como se fosse muito junco, juncal, ou muita taquara, taquaral. Em língua tupi a repetição do substantivo dá-lhe o significado de aumentativo, multiplicação, maior frequência. Uma extensão de piri é piripiri. A palavra piripiri foi incorporada à língua portuguesa com os dois significados: o de junco, taquara, tabúa ou o de brejo. Em alguns lugares persiste apenas o significado de brejo com vegetação de um dos tipos de junco ( tabúa, principalmente), para a palavra piripiri. Ocorreu, assim, u’a  metonímia ( no sentido diacrônico, como o termo é aplicado para indicar mudança de significado da palavra pela semântica histórica) (1).

Em nossa região há vários sítios com o nome de piripiri. O sítio da cidade de Planalto chamava-se Piripiri Grande; há o Piripirizinho ou Piripiri Pequeno na encosta noroeste da serra do Piripiri; há outro Piripiri em Iguá, e outros mais. Enfim, há muitos sítios que derivaram seu nome de um piripiri, isto é, de um brejo, com tabúa geralmente.

A serra do Piripiri é, no dizer de Alfredo José Porto Domingues, um monadnock alongado, que é remanescente ( “testemunho”) de uma superfície mais antiga (2). É que todo o planalto da Conquista representa uma superfície de erosão e seus monadnocks  “testemunham” de certa forma como era a superfície anterior (3).

A vegetação ora é simplesmente uma vegetação rasteira (gramas, Sianinha, Palito-de-doutor, musgos, etc), ora de pequeno porte (Cambui,  Araça-mirim, Azedinha, etc), arbustiva, ou composta de espécies presentes em Mata-de-Cipó ou em  “Carrasco”.  A parte de Mata de Cipó ou a de carrasco é vegetação decídua ou parcialmente decídua. A principal formação está no  “Poço Escuro”, próximo da  crista da serra, nascente do rio Verruga até parte do vale. Aí está a vegetação de maior porte da serra.


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Luís Fernandes, Taberneiro da História, despediu-se

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Por Ruy Medeiros

Foto: Arquivo - Secom PMVC
Foto: Arquivo – Secom PMVC

Com tanta tristeza no mundo, ainda vem esta: a morte de Luís Fernandes. Veio assim de vez, assustando, trazendo profundo sentimento de perda, sensação do incompreensível. As pessoas contavam ainda continuar ouvindo sua conversa amiga e bem humorada e ler textos novos na sua Taberna da História. Imaginavam, como ocorreu com sua revista dedicada aos cem anos do jornalismo conquistense e com outra dedicada ao ensino em nossa terra, Luís entregando seu texto (já pronto, mas não editado) sobre o esporte em Vitória da Conquista. Muitos já torciam para ver a edição, bem ilustrada, de seu trabalho.

Sei com que dedicação e entusiasmo Luís saia catando pessoas para entrevistar, debruçava sobre velhos jornais e colhia informações. Ultimamente, estava valendo-se da tecnologia: munido de scaner bastão passava-o por sobre páginas e mais páginas dos
jornais conquistenses de ontem, ao invés do procedimento anterior de copiar a mão notícias e mais notícias.

As vezes parava o passeio do scaner para ler qualquer outra nota que atraísse. E comentava, perguntava se A ou B ainda viviam
ou como poderia contatá-los.

Penso, por isso tudo, que Luís era um misto de jornalista investigativo e historiador. Mas, sobretudo, amigo. Sei, de ciência própria, como era querido no local do trabalho, por seus colegas, e no Curso de Direito, por todos. Amado pelos familiares não há dúvida.


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Pedral por Ruy Medeiros

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Por Ruy Medeiros

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José Fernandes Pedral Sampaio que, ontem, 16.09.2014, faleceu aos 89 anos de idade, é natural de Vitória da Conquista. Filho de Sifredo Pedral Sampaio e Maria Fernandes Pedral Sampaio, neto do Coronel Gugé (que marcou a República Velha em Conquista), José Pedral formou-se engenheiro civil pela Escola Politécnica (Bahia), na turma de 11 de novembro de 1949. Foi casado com Maria Lícia e, enviuvando-se, contraiu matrimônio com sua cunhada, Maria Zilda, que deixa viúva. José Pedral não teve filhos biológicos, mas o tem afetivo na pessoa de Paulo, médico, seu sobrinho de quem cuidou desde criança.

Pedral prestou serviços públicos na área do SESP e, depois, na condição de engenheiro civil, do Departamento Nacional de Estradas e Rodagem. Mas o que mais marcou sua vida (apesar de orgulhar-se de seu desempenho na profissão, especialmente como engenheiro do DNER, hoje DNIT), foi sua vocação política. Desde cedo, foi atraído pelas lides político-partidárias, pois militou politicamente entre os jovens universitários de seu tempo.

Em Vitória da Conquista, participou de campanhas eleitorais memoráveis. Candidato a Prefeito Municipal em 1958, acenando idéias novas para a administração, perdeu eleições para Gerson Gusmão Sales, que já havia sido Prefeito. Nas eleições de 1962 para Prefeito, consegue vitória urna a urna. No entanto, a brutalidade do Golpe Militar de 01 de abril de 1964 cassou-lhe o mandato e suspendeu-lhe os direitos políticos por dez anos. Apesar disso, continuou referência para seus correligionários e outros, que foram organizando institucionalmente a luta contra o regime militar, em Vitória da Conquista.


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TJ – Bahia, o difícil caminho da pacificação


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Por Ruy Medeiros

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O Tribunal de Justiça da Bahia parece estar fadado à desunião e ao lamento. Antes, sob forte e decisivo controle de Antonio Carlos Magalhães (que chegou a dizer que exercia o controle externo dessa Corte), passou por período posterior marcado pela esperança de que ganharia autonomia e convivência democrática. Mas a substituição da hegemonia de ACM pela de um grupo, que alcançou alguns avanços, não foi suficiente para democratizar o Tribunal e alcançar a pacificação entre seus desembargadores. Desgastadas, as sucessivas administrações passaram a sentir o constrangimento de ver desembargadores frequentando páginas e colunas de jornal, envolvidos em notícias que não honram o judiciário. E, no entanto, muitos dos seus integrantes não viveram sequer o momento de controle de ACM e da ruptura.

As últimas eleições para escolha de dirigentes do TJ-Ba foram marcadas por teimosa esperança. Afinal, ex-gestores encontravam-se respondendo a graves denúncias junto ao Conselho Nacional de Justiça, que deverá dizer se as acusações procedem ou não procedem. É aguardar.

A poeira da eleição dos novos gestores mal assentou e ocorre o lamentável incidente entre uma produtiva Desembargadora e o Presidente do TJ-Ba, no qual foram depositados anseios de abertura e de normalização de práticas administrativas, tão esperadas. E é de esperar-se que não sejam malogradas.


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Japy Gondim Ávila, exemplo de tenacidade; confira uma homenagem do advogado e historiador Ruy Medeiros

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Por Ruy Medeiros

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Ontem, em Ituaçu, faleceu o advogado Japy Gondim Ávila, Py.

A cegueira não foi empecilho para que Py estudasse, concorresse a difícil vestibular à Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, onde teve a alegria de colar grau em Ciências Jurídicas e Sociais (Bacharelado em Direito). Seus estudos foram difíceis, não por limitação que não fosse a cegueira. Japy precisava recorrer aos volumosos livros em Código Braile, que muitas vezes encomendava, quando o Instituto de Cegos da Bahia não os possuía ou não podia confeccioná-los. Vi-o algumas vezes confeccionando livros, em Braile, a partir de outros nesse Código. Era duro dar conta do Curso de Direito e a situação ofereceu dificuldade suplementar quando a consciência do estado pelo qual passava nosso país determinou que ele passasse a combater a ditadura militar.

Japy após inscrição na OAB-Ba passou a atuar especialmente em Ituaçu e Barra da Estiva (Chapada Diamantina Meridional) e, cultor de ciências e artes, promoveu “semanas de cultura”.

Não deixou de militar politicamente, continuando a luta pela redemocratização do Brasil.

É autor de um dos poucos livros de gerontologia publicados no Brasil.


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50 anos do Golpe Militar: entrevista com o historiador e advogado Ruy Medeiros

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Na última semana foi lembrado o aniversário de 50 anos do Golpe Militar, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região conversou com o advogado e historiador Ruy Medeiros sobre os principais fatos ligados ao período, e também sobre sua experiência como militante durante o regime. Confira a entrevista que o Blog do Rodrigo Ferraz reproduz abaixo:

01 – Como a ditadura militar influenciou a atual conjuntura política brasileira?

Quando se fala na influência na atual conjuntura, nós devemos examinar, sobretudo, a herança que o regime militar deixou para o Brasil quando ele foi suplantado. Que herança foi essa? Ele nos deixou com uma economia fortemente desnacionalizada, uma inflação elevadíssima, maior do que a que estava no governo João Goulart; um endividamento externo enorme; e uma sociedade em que os direitos sociais como a saúde não existiam.

Não conseguiram manter um sistema de saúde tão expansivo quanto o sistema atual, ao contrário disso, relegavam o direito à saúde expressamente para aqueles que tinham carteira assinada e o cartão do chamado Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), enquanto o restante da população era tratada como se fosse mendiga do ponto de vista da saúde.

A educação presenciou uma transformação natural do ensino, com um padrão e diretrizes educacionais que não tinham assim um caráter popular e democrático. Durante a época da ditadura houve os ensaios de uma politica de alfabetização, principalmente da alfabetização de adultos pelo MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), em que as pessoas eram alfabetizadas e pouco tempo depois não sabiam operar os instrumentos que adquiriram, como s instrumentos de leitura, saber somar, dividir, multiplicar, etc.. Então, o ensino superior era bastante modelado por ideias apenas tecnocráticas.


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Sinistra Lembrança, Ato Farsante

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Leio que pretendem reeditar, 50 anos após, “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.

Não repito a tão citada frase de Marx sobre fatos que só na aparência se repetem: tragédia e farsa.

No entanto não posso deixar de fazer algumas perguntas sobre o cortejo que se anuncia.

Com Deus? Que Deus? O Deus de uma sociedade autoritária, criado para introjetar medo nas consciências e justificar torturas, exclusão, banimento e morte? Percebeu-se (e muitos crentes depois sentiram-se ludibriados) que aquele deus da marcha programada por golpistas era exatamente o que determinava não conviver, pois queria a separação; não dialogar, pois desejava a imposição de voz única; não respeitar a integridade física ou moral, pois ansiava torturar. Mas milhares de imagens, manipuladas, em vários lugares falavam em deus, na salvação da cultura ocidental cristã e da família.

Na Bahia, bem me lembro, o Padre Peyton e a primeira dama, com gente da TFP desfilando. Milhares de pessoas aos quais certa imprensa, IBAB, IPES, Cruzada Anticomunista, etc, exaustivamente buscavam condicionar o mais escondido escaninho da consciência, ali estavam crentes que preparavam o reino de Deus e a defesa da família: “a família que reza unida, permanece unida”, diziam. Unida, como, se a fome separava seus membros, cada um migrando, indo para longe à procura do pão?


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Terceiro Forum do Pensamento Crítico debaterá a ditadura militar e sua herança

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Por Ruy Medeiros

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Não estarei presente ao III Forum do Pensamento Crítico, que será realizado de 24 a 28 de março de 2014, em Salvador. Fico sentido em não poder assistir ao evento.

O tema do III fórum é fundamental: Autoritarismo e Democracia no Brasil e na Bahia de 1964 a 2014. São 50 anos da implantação da ditadura militar e 30 anos das Diretas já que o ano de 2014 marca.

Algumas questões serão debatidas: o que possibilitou o autoritarismo em 1964 no Brasil? Como a ditadura civil militar redesenhou o Brasil e quais suas repercussões no futuro de nosso país? Como a ditadura civil militar redesenhou a Bahia e quais suas repercussões no futura desse Estado? Quais as heranças culturais e comunicatórias da ditadura militar no Brasil? E na Bahia? Como foi realizada a transição do autoritarismo para a Democracia no Brasil e na Bahia? Dentre outras.


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Novo Juiz do Tribunal Regional Eleitoral: Ruy Medeiros defende Maurício Vasconcelos

Por Ruy Medeiros

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Não deve demorar o preenchimento da vaga destinada a advogado do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia.

A Presidenta da República escolherá, dentre os indicados em lista sêxtupla pelo Tribunal de Justiça do Estado, o advogado que preencherá a vaga de juiz junto ao TRE.

O nome do Advogado Maurício Vasconcelos compõe a lista sêxtupla. Trata-se de nome que tem honrado a advocacia e que, em outra oportunidade, compôs o Tribunal Regional, onde atuou com lisura e competência.

Não temos dúvida de que Maurício Vasconcelos merece nosso apoio e que a consagração de seu nome pela Presidente da República atenderá o desejo de significativos setores da advocacia em nossa Bahia.


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Conquista: morre funcionária pública irmã do advogado Ruy Medeiros

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IVANISE_MEDEIROS_02Faleceu na tarde de hoje (segunda-feira), vítima de complicações após ter sido submetida a uma cirurgia, a servidora pública Ivanise Medeiros. Funcionária de carreira da Secretaria Municipal de Educação de Vitória da Conquista, Ivanise era divorciada e mãe de dois filhos.

Nascida numa das famílias mais tradicionais de Conquista, ela era filha do saudoso casal Tenente Alberto Medeiros e dona Antonieta e irmã do Advogado Ruy Medeiros. Com informações de Esaú Mendes (Blog Baião de Dois).


Vitória da Conquista

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Ruy Medeiros escreve: Igreja de Nossa Senhora da Saúde e Glória (Vila de São Felipe, Tremedal)

Por Ruy Medeiros

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O templo dedicado a Nossa Senhora da Saúde e Glória, localizado na sede da Vila de São Felipe, foi completamente restaurado, mantidas as características originais, e reintegre à comunidade no dia de sábado (10.01.2014) com procissão, missa solene oficiada pelo padre Gabriel Fantinati, prestação de contas do dinheiro arrecado para o restauro, e fala de Doutor Ubirajara Brito, filho daquela localidade do município de Tremedal, que enfatizou a importância do prédio para a preservação da memória e para a história.

Trata-se da segunda grande obra de intervenção conservacionista de referido templo, pois em 1948 o Sr. Belizário Ferraz de Oliveira (Zazai), com seus próprios recursos, consertou aquele prédio religioso, onde se encontram sepultados seus pais.

A comissão que coordenou os trabalhos de coleta de recursos, por diversos meios, trabalhou com afinco e muito zelo. Tendo conseguido cerca de 287.000.00, fez o que pouquíssimos conseguiriam fazer com os recursos arrecadados.


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Uma página da crônica conquistense: O Jornal “Belo – Campo”

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Por Ruy Medeiros

Napoleão Ferraz, em sua fazenda Chapada da Cacimba, resolveu edificar uma cidade, em 1907. Dizia ele, em relato enviado à Biblioteca Nacional, que conseguira “fundar um grande burgo que descansa n’uma vasta Planície do Município de Conquista”. Fundara o povoado de Belo Campo, no distrito que, em 1920, aparece com aquele nome. Somente em 1962, o distrito tornou-se município com sede na cidade de Belo Campo.

Belo Campo, ainda pequeno povoado, teve seu jornal precocemente em 1913, com o nome do “burgo” de Napoleão Ferraz Belo – Campo. Embora a criação do jornal fosse obra de Napoleão e de seu irmão, Cícero Ferraz, este último aparece como seu diretor e proprietário.

Desconfiava-se que do acervo da Biblioteca Nacional constasse coleção do jornal “Bello – Campo”, pois quem, como Napoleão, tivera o cuidado de relatar a criação do povoado, em documento guardado naquela Biblioteca, a fim de que pudesse “mais tarde ter algum valor no que respeita a parte histórica d’esta partícula do grande território Brasileiro”, não deixaria de enviar para ali também o jornal do “burgo”.


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