Por Valdir Barbosa
Fiz-me de novo, novo, nesta terra onde tudo há. Sim, porque enlevado, até mesmo, nas memórias de um tempo que já vai bem longe, aqui aportei, nesta quinta, mirando a sexta, no berço de um sonho que me fez esperto. Sempre envolto nas raízes desta terra doce, no tempero do sal do rincão serrano, vivendo grandes conquistas, tanto no ontem de passado que não volta, como no hoje, berço de futuro que virá do mesmo jeito, assim espero, capazes registrar em meu intimo emoções próprias de quem vive intensamente, voltei com motivo. Não poderia deixar de vir, posto assim procedi na esteira de convite fascinante.
Vadinho, o Barreto, me intima para integrar plêiade soberana. Janio, o Arapiranga, iluminado poeta, e ele, vibrariam as cordas da viola e garganta, num espaço digno de privilegiados. Seria, como disse Herzem, na sua Resenha, uma quinta na sexta e ouvindo a voz inimitável do radialista incomum, completei no meu pensar: Quintas de maio, na sexta de Novembro. Então voei de lá para cá. Saí do meu canto soteropolitano e mergulhei nas terras do tem fim, posto aqui tem gente, muita gente, a fim de tudo, com respeito ao mais que Amado. Vim para viver a sublime doçura de uma noite clara, no fulgor inebriante dos poetas.
Reportaram-me ditos poetas haver reverberado a presença do Delegado Escritor no seu espaço, na verdade mero rábula, caso dissessem Delegado Advogado, no canto tão somente deles. De toda sorte finalmente me pus, como fizeram tantos, maiores do que eu, no elenco dos assistentes de um show digno das plateias mais seletas do mundo.