Por *Ivan Cordeiro
“Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. (Lucas 2.11)
O nascimento de Jesus irrompena história como um acontecimento surreal. Um Deus que se faz menino, que se limita a realidade humana, que resolve viver o sofrimento de milhares de homens e mulheres. Jesus é o anúncio de Deus ao mundo de que uma nova vida é possível mesmo em meio ao caos, ao sofrimento e às injustiças. Jesus carrega em si a possibilidade de uma existência livre das prisões de um mundo que é perverso.
O mundo em que vivemos destrói a vida. Jesus reinventa a existência. Começa pela simplicidade de seu nascimento. Sem pompas, sem grandezas, sem o alto custo de uma vida glamorosa. Quem tem consciência de sua missão no mundo não se distrai com as grandezas dessa vida. A vida de Jesus é vida para todos e mais ainda para quem sofre. É alívio para os cansados e sobrecarregados.
O Deus que cuidou de Jesus numa manjedoura está disposto a cuidar de todos aqueles que são ultrajados por um sistema que marginaliza o fraco, o pobre, o doente. Não há Estado paternalista o suficiente que consiga cuidar dos seus cidadãos. Não há governo que abrace completamente o seu povo, sempre existirá um excedente às margens. Sempre existirá aquele que padece, que sofre.
