As origens de Erasmo Carlos como artista remontam ao rock’n’roll que era feito por gente como Chuck Berry, Little Richard e Elvis Presley nos Estados Unidos, ainda nos anos 50, e que impressionavam os adolescentes brasileiros por meio do cinema – inclusive o garoto Erasmo Esteves, nascido no Rio de Janeiro em 1941. Extraindo os elementos essenciais desse gênero musical, Erasmo ajudou a moldar o que no Brasil seria chamado de “iê-iê-iê”. Amplamente divulgado na televisão em meados dos anos 60, por meio do programa “Jovem Guarda”, esse ritmo teria participação decisiva na afirmação de uma nascente cultura de massa direcionada especialmente ao público jovem no Brasil.

Em vez de apenas continuar a criar versões de sucessos estrangeiros, como se fazia então, Erasmo e Roberto resolveram investir na composição de canções próprias. A partir daí, a dupla compôs em torno de 500 músicas, regravadas por um heterogêneo time de artistas, que inclui desde a dupla sertaneja Bruno & Marrone até Chico Buarque. Em plena forma aos 72 anos, Erasmo abrirá a programação do Natal da Cidade, na noite do próximo dia 18, na Praça Barão do Rio Branco. O artista consegue, com incrível autenticidade, mostrar-se ainda como o velho roqueiro “tremendão” de “Quero que vá tudo pro inferno” (dele e de Roberto) e “Vem quente que eu estou fervendo” (composta por Carlos Imperial).

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