A família de Marcelo Tosta, de 37 anos, cobra justiça pela morte do ex-dançarino, após o crime que completa dois meses nesta sexta-feira (3). Ele foi morto a tiros na casa de shows Coliseu do Forró, em Salvador, durante show da banda Vingadora, em 3 de dezembro de 2016. O guarda municipal Naílton Adorno do Espírito Santo foi preso e outro guarda, Ricardo Luiz Silva da Fonseca, que pode ser o autor do disparo, é procurado pela polícia pelo crime.
Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), Ricardo ainda não se apresentou à polícia. Já a Guarda Municipal informou que ele estava de férias desde dezembro e ainda não se apresentou na corporação até esta sexta-feira. Ricardo tirou férias no mês de dezembro, referente ao ano de trabalho de 2016, e pediu adiantamento das férias em janeiro deste ano, alegando que iria fazer um curso. A guarda ainda afirma que aguarda decisão da Justiça sobre o crime.
A irmã da vítima, Bianca Tosta, diz que a família espera a prisão do suspeito para que ele possa responder pelo crime. “A nossa expectativa é de que o assassino seja encontrado que ele responda pelo crime bárbaro e cruel que ele fez”, afirma.
Bianca diz não ter confirmação do motivo da briga que teria ocorrido entre Marcelo e os suspeitos antes do crime. “Isso está no inquérito que está em andamento. Nós (família) não estávamos lá. Segundo testemunhas, foi uma discussão porque Marcelo teria esbarrado no Adorno. Teria começado com esbarrão, com motivo banal e fútil, que o Adorno segurou e o Ricardo atirou”, conta.
“A família está sem resposta e fica aguardando. A única coisa que temos certeza é que não vamos desistir nunca. É o cumulo do absurdo. Ele só atirou porque andava armado. A Guarda alega que estava de folga, mas eles andam armados em função de ser guarda municipal”, lamenta Bianca.
Procurado
Equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, procuram pelo guarda municipal Ricardo Luiz Silva da Fonseca, 36 anos, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP).
Policiais do DHPP chegaram a ir até a casa do servidor municipal, no bairro de Pernambués, na capital, no dia 9 de dezembro, mas ele não foi encontrado. Ainda de acordo com a SSP, Ricardo é considerado foragido, já que há um mandado de prisão em aberto contra ele. Segundo a SSP, o irmão do guarda municipal que está foragido foi ouvido pela polícia e disse que Ricardo tem uma pistola Glock 380 e um carro do modelo Veloster, da Hyunday.
Testemunhas ouvidas por investigadores disseram que a arma usada no crime tem as mesmas características da pistola e um dos autores do crime fugiu em um carro igual ao de Ricardo. A secretaria da Segurança Pública acrescentou ainda que algumas testemunhas reconheceram, em foto, o guarda municipal foragido. G1 Bahia