Morte súbita em Conquista: Para delegado, Jair Lagoa agiu de ‘má fé’

paula fernandes

Por Celino Souza

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O indiciamento do empresário Jair de Jesus Silva, presidente do grupo Jair Lagoa, por estelionato, esta semana, é apenas uma ponta do imenso iceberg envolvendo o esquema “Morte Súbita”, considerado ilícito pela Justiça Federal.

Conforme declarações do delegado de Polícia Civil, Ney Brito, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Vitória da Conquista, “Jair Lagoa agiu de má fé ao fazer que cheques entregues como forma de pagamentos fossem devolvidos”.

Os cheques foram sustados, não tinham fundos ou eram devolvidos por divergências nas assinaturas. Não foram poucos, para desespero de cientes que formam filas no Procon e nos cartórios de Protesto de Títulos.

Em sua defesa, perante o delegado, Jair Lagoa teria argumentado que a culpa do não cumprimento dos pagamentos “foi em consequência de uma determinação da Justiça Federal, que interrompeu a comercialização dos consórcios “morte súbita”.

CHEQUES DE TERCEIROS

O delegado afirmou que “alguns dos cheques em questão eram de clientes ou pessoas que colocaram suas motocicletas para serem vendidas em suas lojas”, o que desmonta o argumento pífio, orquestrado pela defesa.

A dificuldade inicial é alcançar os beneficiários, nos últimos meses, das “benesses” ofertadas pelo grupo a gerentes, demais funcionários e familiares do acusado, já que parte desse montante e imóveis em Conquista e Livramento de Nossa Senhora estariam pulverizados em contas de terceiros, os chamados “laranjas”.

SAQUES

Até o momento, nem a defesa, nem a assessoria de imprensa do acusado se manifestou. Ambos devem fazer em tempo hábil para mitigar o impacto dessa nova fase da operação.

Uma vez que as saídas estão cercadas pela lei, só restará a Justiça aliviar a angústia de mais de 15 mil clientes supostamente lesados. Aos que não preferiram esperar o alcance da lei, restou o desespero imediato.
Em 31 de julho, alguns credores fizeram um “arrastão” nas duas lojas do grupo, levando utensílios, móveis, peças, produtos eletrônicos, dentre outros.

Na época, testemunhas relataram que várias caminhonetes pararam em frente aos estabelecimentos e foram carregadas e, nem mesmo o depósito de Jair Lagoa, no Centro Industrial foi poupado. Tudo foi carregado. Como consequência, imediatamente após o ocorrido, os estabelecimentos foram fechados e os funcionários se dispersaram.



Polícia, Vitória da Conquista

Comentário(s)


One response to “Morte súbita em Conquista: Para delegado, Jair Lagoa agiu de ‘má fé’

  1. A s pessaos no desespero, por que sabe que a justiça pouca coisa vai fazer. infelizmente estamos no Brasil se fosse um país com uma lei mais rigida ele ficaria muitos anos preso, talvez envelhecesse na prisão. Ele usou de má fé já sabia que morte súbita estava proibido. As outras empresas não comercializava mais nessa modalidade. Ele paga fiança e fica tudo bem. Eita “bRASIL”

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