Do Blog Transitar
É um número estarrecedor: 5 mortes de ocupantes de motocicletas somente no mês de Maio, entre eles uma criança de quatro anos de idade, uma preocupante média de 1, 25 por semana. Este levantamento do Blog considera apenas os casos ocorridos no perímetro urbano de Vitória da Conquista.
O índice, altíssimo, retrata uma realidade que deve ser refletida: O que estaria por trás de todos esses acidentes fatais? Imprudência ou despreparo?
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, é dever dos órgãos de trânsito promover a chamada educação para o trânsito. Infelizmente, é raro se observar as entidades promovendo ações que estejam inseridas na vida das pessoas, levando-lhes conscientização para a coerente utilização das vias e veículos. Trata-se contudo de uma opção por políticas públicas de segurança e saúde, planos de governo a longo prazo que invistam na formação adequada dos elementos do trânsito. Culpar quem morreu talvez não seja justo, visto que é bem possível que aquele que se acidentou, não tenha recebido um preparo ideal para o exercício da condução de uma motocicleta, por exemplo o caso do garotinho de quatro anos, carona de uma cinquentinha que circulava na direita de um veículo de grande porte.
No caso mais recente, ocorrido neste domingo (31), um motociclista de 47 anos se chocou contra um poste de iluminação e teve morte instantânea na Avenida Juracy Magalhães.
Dr. Alan Augusto Santos Vieira, médico do tráfego atuante em Vitória da Conquista, defende a educação associada a fiscalização como viés de prevenção dos acidentes de trânsito. “Somente a lei pode evitar que o cidadão circule sem o respeito a si mesmo e ao próximo.” Segundo o especialista as vítimas de acidentes de tráfego superlotam as UTIs dos hospitais. “Isso também é uma questão de consciência, atitudes de direção defensiva. Isso é uma questão de responsabilidade. E se a pessoa não tiver consciência só a ordem pública poderá modificar essa realidade” aponta.
